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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Reflorestamento com Eucalipto no Brasil

As questões relacionadas à preservação do meio ambiente vêm se tornando uma preocupação crescente na sociedade mundial desde pelo menos a década de 1970 com a intensificação dos debates internacionais sobre estas questões. Essa tomada de consciência esta ligada à constatação de que o homem depende intimamente de um ambiente saudável que garanta condições adequadas à manutenção da vida em diversos níveis no presente e no futuro.

No começo do século XX, o Serviço Florestal empreendido pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF), - que foi um dos primeiros projetos de reflorestamento desenvolvidos no Brasil encarregou o cientista/agrônomo Edmundo Navarro de Andrade a pesquisar qual a espécie vegetal que melhor se adaptaria ao meio ambiente e às exigências da empresa, visando dar provisão as suas necessidades de combustível – para mover as locomotivas – e também de dormentes para o assentamento de trilhos ao longo de suas linhas férreas.

Como o avanço do café estava acabando com as reservas florestais e a madeira necessária às locomotivas e as vias permanentes estavam ficando cada vez mais distantes, o reflorestamento tornou-se relevante. Diante disso, o engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade iniciou o cultivo de eucalipto, em 1903, em Jundiaí, seguido de outros projetos, os quais resultaram em Hortos Florestais como o de Aimorés em Bauru, Bebedouro, Bela Vista em Iperó, Boa Sorte em Restinga, Brasília em Cabrália, Córrego Rico em Jaboticabal, Descalvado, Camaquã em Ipeúna, Guarani em Pradópolis, Loreto em Araras, São Carlos, Sumaré, Mogi Mirim, Tatu em Limeira, e Rio Claro.

As pesquisas de Navarro no Serviço Florestal desta empresa particular tornaram-se bastante conhecidas já em sua época, devido a grande eficiência e valor de seus resultados. De fato, Navarro se tornou uma personalidade bastante conhecida nacional e internacionalmente. Acumulou diversas homenagens no Brasil e no exterior, devido as suas pesquisas de aclimatação e utilidade de Eucalyptos (gênero vegetal que escolheu como sendo o melhor para a finalidade de seu trabalho), tornou-se membro da Academia Paulista de Letras em 1939, secretário dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comercio do Governo de São Paulo em 1930, entre outros cargos importantes. Publicou mais de uma dezena de livros sobre seus estudos que se fossem traduzidos do português, fariam dele a maior autoridade em eucaliptos no mundo.

O Brasil possui atualmente cerca de 6 milhões de hectares em área reflorestada com eucaliptos que são destinadas à produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica e de ferroligas, para produção de celulose, papel, painéis de madeira e outros subprodutos, como tecido sintético, cápsulas de remédios, produtos de limpeza, alimentícios, perfumes e medicamentos. Numa proteção racional às florestas nativas, cresce a cada dia o uso da madeira sólida proveniente dessas plantações florestais. Embora muitas vezes criticadas pela opinião pública como uma ameaça às florestas naturais, as florestas plantadas de Eucalyptus e Pinus cumprem na verdade um papel de compensação, fornecendo a matéria-prima que de outra forma seria obtida das florestas naturais. Além disso, os eucaliptos são árvores de crescimento rápido, de alta rotatividade natural e comercial, pois possuem diversas aplicações e utilidades, assim como já havia notado Navarro de Andrade a décadas atrás.

Em um país que fez e ainda faz pouco caso com as suas florestas naturais, o trabalho de uma empresa particular para sanar suas necessidades foi de um exemplo sem igual no Brasil e merece sua atenção e pesquisas históricas.
Por Amilson Barbosa
Colunista Brasil Escola

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