A soja em uma lavoura
Já no início do século XX, passou a ser comercializada e produzida pelos EUA, a partir daí essa leguminosa se expandiu mundialmente, ocupando um lugar de destaque dentro do mercado Agrobusiness (agronegócios) no mundo.
No Brasil, a soja foi introduzida pelos japoneses imigrantes que a trouxeram em 1908, mas o Brasil estava com a produção rural voltada para produção cafeeira, e então a soja não ocupou espaço.
O desenvolvimento efetivo da soja só ocorreu na década de 70, impulsionada pela indústria de óleo, e as necessidades impostas pelo mercado mundial que já iniciara o período do processo de globalização.
A produção de soja no Brasil, não é tradicionalmente um produto de interesse interno, mas uma imposição determinada por grupos externos que ditam o que nós devemos ou não produzir.
O Centro-Oeste surgiu como uma nova opção produtiva da soja, a partir da década de 70, quando houve uma mecanização na agricultura, o cerrado antes visto como um solo pobre, agora ganha um novo olhar, pois surgiram insumos que corrigiram as alterações ou as deficiências de substâncias, tornando o solo apto à prática da agricultura. Outro motivo favorável para a expansão da soja foi o relevo mais plano.
O Centro-Oeste hoje é a segundo maior produtor de soja do país, ocupa uma condição geopolítica que favorece a produção. A produção de soja tem alcançado a cada ano, índices de produções cada vez mais elevados, decorrentes da inserção constante de tecnologia que ignora as questões de solo e climas.
No Brasil existe um importante centro de pesquisa agropecuária EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária) que desenvolveu a condição de adaptação da soja no cerrado, sem contar os milhares de pesquisas voltadas ao desenvolvimento da agropecuária, como por exemplo, o desenvolvimento de sementes imunes à pragas, adaptadas ao clima, geração de plantas mais produtivas, são muitas as pesquisas em andamento e concluídas.
Na década de 90, a soja ocupou o lugar de principal produto agrícola, apesar de ocasionalmente ocorrer quedas no valor, mas isso não tem impedido que os produtores deixem de cultivá-la.
Atualmente a soja se expandiu até o sul do Maranhão e do Pará, mostrando, com isso, que a produção monocultora da soja saiu do sul e sudeste, migrou para o centro-oeste e agora inicia um novo ciclo em outras áreas.
É inegável que a soja seja geradora de riqueza, mas tais riquezas encontram-se concentradas nas mãos de poucos.
Deve-se levar em consideração que esse tipo de produção provoca sérios problemas ambientais como: perca de solos, retirada da vegetação original, poluição dos solos e das águas, extinção das nascentes, morte de animais silvestres que consomem cereais com substâncias químicas entre outros.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
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