Sociedade na República Velha

Durante o período de 1890 a 1930 o Brasil viveu o período da história denominado República Velha. Embora o país tenha crescido em alguns pontos, começado seu processo de industrialização e dado seus primeiros passos para a modernização de sua economia, a política oligárquica representou um sério empecilho para o desenvolvimento da moral, cidadania e democracia.

A população cresceu de pouco mais de 14 milhões de habitantes para mais de 33 milhões. Os trabalhadores desse período, em grande parte imigrantes, tinham precárias condições de trabalho, sendo que suas manifestações e greves contra estas condições eram consideradas casos de polícia. Os trabalhadores deste período da história brasileira tinham uma jornada de trabalho extremamente longa, não havia férias, aposentadoria ou descanso semanal remunerado.

Pouco a pouco os trabalhadores começaram a se organizar e a criar associações de auxílio mútuo. A maior greve destes trabalhadores ocorreu em São Paulo, em 1917, envolvendo cerca de 45 000 pessoas, paralisando a cidade por vários dias. Em virtude do início da industrialização brasileira, a classe operária cresceu grandemente, formando a base da sociedade na República Velha.

Em linhas gerais, os setores da sociedade que tinham maior importância eram as oligarquias rurais e alguns empresários ligados às indústrias. A burguesia urbana passou a se impor mais e a garantir uma maior participação nas decisões. Outros setores que merecem destaque são os intelectuais, que buscavam realizar movimentos de renovação cultural e os militares, que também tinham lugar de destaque na República Velha.