Em algumas missões religiosas comandadas pelos jesuítas, buscavam a colheita destas usando o trabalho indígena, onde estes eram forçados a entrar na mata e extraí-las num período de seis meses, o que iniciou um processo de escravização indígena.
As especiarias denominadas drogas do sertão eram: cravo, canela, pimenta, urucum, castanha e baunilha. Para a transferência das especiarias a Portugal, os jesuítas utilizavam a foz do rio Amazonas para contrabandeá-las, uma vez que já eram bastante conhecidas e de alto custo. Para combater este tipo de contrabando, Francisco Caldeira Castelo Branco, em 1616, construiu o Forte do Presépio.
Portugal decide afastar a Igreja do Estado, fazendo com que esta perdesse o controle sobre a comercialização das especiarias, o que tornou o Amazonas prisioneiro de Portugal, já que não podia comercializar seus produtos a outros.
Os índios começaram a resistir ao trabalho forçado imposto pelos portugueses e estes como forma de solucionar o problema começaram a catequizá-los para que se convertessem, se tornassem dóceis e iniciassem um processo de troca de serviço, onde os padres ensinavam aos índios o cultivo e os índios os ensinavam a coletar todos os produtos do Amazonas de forma correta.
Conforme as drogas do sertão foram se tornando conhecidas o interesse de colonos estrangeiros aumentava. Estes colonos então começaram a chegar ao território e por meio da escravização indígena iniciaram um processo de colheita das especiarias, o que fez com que Portugal proibisse a entrada desses no território sem o acompanhamento de um missionário.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
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