Epitácio Pessoa
Embora tenha encontrado o Brasil com uma situação econômico-financeira bem melhor do que nos anos anteriores, seu governo foi um dos mais conturbados da República Velha. A princípio, por ser nordestino, Epitácio Pessoa realizou obras de infra-estrutura na região, como a construção de inúmeros açudes e de ferrovias que proporcionassem o acesso ao sertão nordestino.
Epitácio Pessoa tentou implementar uma política de controle de gastos, uma vez que a cada novo governo o Brasil se endividava mais e mais. No entanto, isso não foi possível, pois o novo presidente teve que se render aos interesses dos Estados e dos cafeicultores na política de retenção do café com o fim de manter seu preço estável.
O final de seu mandato foi marcado por sérias conturbações políticas. Enquanto os Estados de Minas Gerais e São Paulo indicavam Artur Bernardes para a sucessão presidencial, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco não concordaram e lançaram a candidatura de Nilo Peçanha, desencadeando a segunda crise política das oligarquias.
No dia 5 de julho de 1922 ocorreu uma revolta tenentista na capital federal. Os militares tinham a intenção de derrubar Epitácio Pessoa do poder e impedir a eleição de Artur Bernardes. De nada adiantou, dezesseis oficiais foram mortos, outros dois ficaram feridos.
Mesmo com as insatisfações dos outros Estados e dos militares contra a indicação de Artur Bernardes, esse foi eleito. No entanto, essas insatisfações serviram para comprovar a crise do sistema oligárquico e a mudança política que o Brasil começava a passar.
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