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sábado, 17 de outubro de 2009
Santa Catarina
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Economia de Santa Catarina
Atividade pesqueira em Santa Catarina
A economia de Santa Catarina é diversificada, no território são desenvolvidas atividades econômicas no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária, pesca, turismo. Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do país.
Indústria
O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal- mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.
Extrativismo
Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de papel.
Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.
Agricultura
Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.
Pecuária
Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.
Pesca
A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.
O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.
Turismo
A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.
Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina
Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação de serviços 33,9%.
Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.
Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:
Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.
Indústria
O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal- mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.
Extrativismo
Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de papel.
Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.
Agricultura
Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.
Pecuária
Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.
Pesca
A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.
O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.
Turismo
A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.
Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina
Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação de serviços 33,9%.
Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.
Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:
Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Aspectos naturais de Santa Catarina
Paisagem litorânea de Santa Catarina
Conheça as características fundamentais dos elementos naturais contidos na paisagem do Estado de Santa Catarina.
Relevo
A superfície do território estadual consiste em um dos mais ondulados (acidentado) do país, no entanto, nas proximidades do litoral configura as planícies, chamadas de Planície Costeira, as serras se encontram situadas entre o Planalto e a Planície.
O ponto mais alto de Santa Catarina possui 1.822 metros de altitude, denominado de Morro da Igreja na Serra da Anta Gorda.
O que predomina no relevo do Estado são terras planas e altas, originando o Planalto Ocidental.
Tipos de relevo: serras, morros, planaltos e picos.
Planície Costeira: serras litorâneas.
Serras Litorâneas: Serra Geral, Pico do Iqueririm (1.616 metros), Morro do Cambirela (950 m), Morro do Spitzkopf (950 m), Serra do Tabuleiro, Serra do Tijucas, Serra do Itajaí e Serra do Jaraguá.
Planalto Ocidental: Morro da Igreja (1.822 m), Serra da Moema, Serra do Mirador, Serra dos Faxinais, Planalto de Lajes, Planalto de São Joaquim e Serra do Espigão.
Clima
O clima predominante em Santa Catarina é o subtropical, dessa forma, apresenta temperaturas amenas, essas podem variar entre 13º e 25ºC, os índices pluviométricos são relativamente elevados e bem distribuídos no decorrer do ano.
Diferentemente dos outros Estados brasileiros nos quais são percebidas basicamente duas estações do ano, em Santa Catarina é possível distinguir as quatro estações, constituídas por verões quentes e invernos rigorosos, os pontos mais elevados atingem até 1.810 metros, lugar onde ocorre precipitação de neves.
Vegetação
- Floresta Tropical Atlântica: esse tipo de vegetação é encontrado nas planícies costeiras, além de encostas e serras, é constituída de árvores de grande porte.
- Vegetação Litorânea: composta por mangues.
- Floresta Subtropical: formada a partir de vegetação rasteira.
- Floresta das Araucárias: constituída por pinheiros em maior número, no entanto, existem ainda canelas, cedros, erva-mate e xaxim.
- Campos: basicamente formados por gramíneas.
Hidrografia
No território de Santa Catarina existem duas bacias principais, Bacia do Sudeste e a Bacia do Uruguai.
Os rios que fazem parte da Bacia do Sudeste lançam suas águas diretamente no mar, desse modo os rios que fazem parte são: Araranguá, Cubatão, Itajaí-Açú e Itapocu.
Já a Bacia do Rio Uruguai é constituída por vários rios, como o Canoas, Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, Peixe e Peperi-Guaçu.
Relevo
A superfície do território estadual consiste em um dos mais ondulados (acidentado) do país, no entanto, nas proximidades do litoral configura as planícies, chamadas de Planície Costeira, as serras se encontram situadas entre o Planalto e a Planície.
O ponto mais alto de Santa Catarina possui 1.822 metros de altitude, denominado de Morro da Igreja na Serra da Anta Gorda.
O que predomina no relevo do Estado são terras planas e altas, originando o Planalto Ocidental.
Tipos de relevo: serras, morros, planaltos e picos.
Planície Costeira: serras litorâneas.
Serras Litorâneas: Serra Geral, Pico do Iqueririm (1.616 metros), Morro do Cambirela (950 m), Morro do Spitzkopf (950 m), Serra do Tabuleiro, Serra do Tijucas, Serra do Itajaí e Serra do Jaraguá.
Planalto Ocidental: Morro da Igreja (1.822 m), Serra da Moema, Serra do Mirador, Serra dos Faxinais, Planalto de Lajes, Planalto de São Joaquim e Serra do Espigão.
Clima
O clima predominante em Santa Catarina é o subtropical, dessa forma, apresenta temperaturas amenas, essas podem variar entre 13º e 25ºC, os índices pluviométricos são relativamente elevados e bem distribuídos no decorrer do ano.
Diferentemente dos outros Estados brasileiros nos quais são percebidas basicamente duas estações do ano, em Santa Catarina é possível distinguir as quatro estações, constituídas por verões quentes e invernos rigorosos, os pontos mais elevados atingem até 1.810 metros, lugar onde ocorre precipitação de neves.
Vegetação
- Floresta Tropical Atlântica: esse tipo de vegetação é encontrado nas planícies costeiras, além de encostas e serras, é constituída de árvores de grande porte.
- Vegetação Litorânea: composta por mangues.
- Floresta Subtropical: formada a partir de vegetação rasteira.
- Floresta das Araucárias: constituída por pinheiros em maior número, no entanto, existem ainda canelas, cedros, erva-mate e xaxim.
- Campos: basicamente formados por gramíneas.
Hidrografia
No território de Santa Catarina existem duas bacias principais, Bacia do Sudeste e a Bacia do Uruguai.
Os rios que fazem parte da Bacia do Sudeste lançam suas águas diretamente no mar, desse modo os rios que fazem parte são: Araranguá, Cubatão, Itajaí-Açú e Itapocu.
Já a Bacia do Rio Uruguai é constituída por vários rios, como o Canoas, Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, Peixe e Peperi-Guaçu.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Aspectos da população de Santa Catarina
Manifestação cultural de Santa Catarina
Santa Catarina possui uma densidade demográfica estimada em 62,53 habitantes por cada quilômetro quadrado. A população total do Estado é 5,9 milhões de habitantes, desse número, cerca de 40,63% das pessoas vivem no campo e 59,37% habitam os centros urbanos.
No ranking dos Estados mais populosos, Santa Catarina ocupa 11º lugar, correspondendo a 3,15% de toda população do país. O contingente populacional é dividido por sexo, resultando o seguinte dado: o número de homens é 2.669.311 e mulheres 2. 687.049.
Dados gerais
Crescimento demográfico: 1,9% ao ano.
Acesso à água tratada: 83,6%.
Acesso à rede de esgoto: 74,6%.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,863
Etnias
A população de Santa Catarina tem sua origem a partir de várias nacionalidades, estima-se que essa tenha sofrido a influência de pelo menos 50 etnias distintas, embora as que predominam são respectivamente descendentes de portugueses, alemães, italianos, além de eslavos e poloneses. A população de Santa Catarina é formada por 88,1% de pessoas brancas, os pardos representam 9%, negros 2,7% e índios 0,2%.
No ranking dos Estados mais populosos, Santa Catarina ocupa 11º lugar, correspondendo a 3,15% de toda população do país. O contingente populacional é dividido por sexo, resultando o seguinte dado: o número de homens é 2.669.311 e mulheres 2. 687.049.
Dados gerais
Crescimento demográfico: 1,9% ao ano.
Acesso à água tratada: 83,6%.
Acesso à rede de esgoto: 74,6%.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,863
Etnias
A população de Santa Catarina tem sua origem a partir de várias nacionalidades, estima-se que essa tenha sofrido a influência de pelo menos 50 etnias distintas, embora as que predominam são respectivamente descendentes de portugueses, alemães, italianos, além de eslavos e poloneses. A população de Santa Catarina é formada por 88,1% de pessoas brancas, os pardos representam 9%, negros 2,7% e índios 0,2%.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Sergipe
Aspectos naturais de Sergipe
Paisagem de Sergipe.
O estado de Sergipe é o menor em extensão territorial entre todas as unidades da Federação. Nesse estado são percebidas diferentes paisagens, resultado direto de suas características relacionadas ao relevo, clima, vegetação e hidrografia. A seguir, os principais aspectos naturais do estado:
Relevo
A topografia do território sergipano é relativamente plana. Também são encontradas áreas restritas de relevo modestamente ondulado, o que resulta em uma altitude que não ultrapassa os 300 metros. As planícies estão presentes ao norte do estado, e a noroeste se encontram os planaltos.
Clima
No estado de Sergipe, são identificados os climas do tipo: tropical quente e úmido (ocorre no litoral do estado, apresenta temperatura de 25°C e três meses de seca), tropical quente e semi-úmido (ocorre em uma área de transição entre o litoral e o sertão, a temperatura média anual é de 30°C, o período de seca abrange 4 a 6 meses) e tropical quente e semi-árido (corresponde a faixa do sertão, onde a temperatura média anual é de 40°C, o período de estiagem dura cerca de 8 meses).
Vegetação
Quanto à cobertura vegetal, há o predomínio da vegetação litorânea (coqueiros, vegetação rasteira e mangue) e caatinga no centro do estado. No passado existiam florestas (Atlântica) que foram destruídas para a ocupação urbana, agropecuária e pela extração de madeira.
Hidrografia
Sem dúvida, o principal rio do estado é o São Francisco, entretanto, existem outros que são de suma importância para o seu povo, como os rios Piauí, Sergipe, Vaza-Barris, Real e Japaratuba.
Relevo
A topografia do território sergipano é relativamente plana. Também são encontradas áreas restritas de relevo modestamente ondulado, o que resulta em uma altitude que não ultrapassa os 300 metros. As planícies estão presentes ao norte do estado, e a noroeste se encontram os planaltos.
Clima
No estado de Sergipe, são identificados os climas do tipo: tropical quente e úmido (ocorre no litoral do estado, apresenta temperatura de 25°C e três meses de seca), tropical quente e semi-úmido (ocorre em uma área de transição entre o litoral e o sertão, a temperatura média anual é de 30°C, o período de seca abrange 4 a 6 meses) e tropical quente e semi-árido (corresponde a faixa do sertão, onde a temperatura média anual é de 40°C, o período de estiagem dura cerca de 8 meses).
Vegetação
Quanto à cobertura vegetal, há o predomínio da vegetação litorânea (coqueiros, vegetação rasteira e mangue) e caatinga no centro do estado. No passado existiam florestas (Atlântica) que foram destruídas para a ocupação urbana, agropecuária e pela extração de madeira.
Hidrografia
Sem dúvida, o principal rio do estado é o São Francisco, entretanto, existem outros que são de suma importância para o seu povo, como os rios Piauí, Sergipe, Vaza-Barris, Real e Japaratuba.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Aspectos gerais da população de Sergipe
Aracaju é a cidade que abriga a maior parte da população do estado.
O Estado de Sergipe é o menor do Brasil, ocupa uma área de 21.910,348 Km2, na qual vivem cerca de 1,9 milhão de pessoas. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é de 0,742, considerado médio em desenvolvimento humano. O estado apresenta uma expectativa de vida de 70, 3 anos e possui um dos maiores índices de mortalidade infantil ( 35/ mil nasc).
Etnicamente, a população do Estado de Sergipe é constituída por brancos (30%), pardos (63%) e negros (5%).
Abaixo, alguns itens que evidenciam o poder de compra e o nível de consumo da população, além dos serviços básicos:
Domicílios com acesso à rede de esgoto: 29,03%.
Domicílios com acesso à fossa séptica: 42,87%.
Domicílios com acesso à coleta de lixo (direta): 76,48%.
Domicílios com acesso à coleta de lixo (indireta): 7,36%.
Domicílios com acesso à rede elétrica: 98,44%.
Domicílios com acesso à rede telefônica: 75,67%.
Existência de bens duráveis nos domicílios.
Fogão: 97,91%.
Filtro de água: 45,65%.
Geladeira: 85,75%.
Freezer: 7,30%.
Máquina de lavar roupas: 16,22%.
Rádio: 83,89%.
Televisores: 93,74%.
Computador: 16,34%.
Computador com acesso à internet: 12,27%.
Domicílios que não possuem internet: 83,12%.
Etnicamente, a população do Estado de Sergipe é constituída por brancos (30%), pardos (63%) e negros (5%).
Abaixo, alguns itens que evidenciam o poder de compra e o nível de consumo da população, além dos serviços básicos:
Domicílios com acesso à rede de esgoto: 29,03%.
Domicílios com acesso à fossa séptica: 42,87%.
Domicílios com acesso à coleta de lixo (direta): 76,48%.
Domicílios com acesso à coleta de lixo (indireta): 7,36%.
Domicílios com acesso à rede elétrica: 98,44%.
Domicílios com acesso à rede telefônica: 75,67%.
Existência de bens duráveis nos domicílios.
Fogão: 97,91%.
Filtro de água: 45,65%.
Geladeira: 85,75%.
Freezer: 7,30%.
Máquina de lavar roupas: 16,22%.
Rádio: 83,89%.
Televisores: 93,74%.
Computador: 16,34%.
Computador com acesso à internet: 12,27%.
Domicílios que não possuem internet: 83,12%.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
A economia do Estado de Sergipe
Artesanato em uma cidade de Sergipe.
O Estado de Sergipe tem sua economia vinculada principalmente à produção de cana-de-açúcar. A pecuária, especialmente a produção de gado, exerce pouca expressão. Entretanto, a economia sergipana não se resume somente nos itens citados acima. A mesma também é constituída por atividades do seguimento extrativista e industrial.
Agricultura
Dentre as diversas culturas desenvolvidas no Estado de Sergipe, as que mais se destacam são: laranja, coco e cana-de-açúcar. Além da produção de fumo, algodão, mandioca (agreste), maracujá, tangerina, limão e milho, também são desenvolvidas policulturas, como feijão, arroz, amendoim, inhame, batata-doce, melancia e abóbora.
Pecuária
Possui um rebanho bovino de 1 milhão de cabeças, incluindo ainda 207, 2 mil cabeças de cabritos e cabras; nas proximidades da capital (Aracaju) são realizadas criações de aves.
Extrativismo
O seguimento extrativista em Sergipe tem se intensificado, especialmente na produção de petróleo e gás natural. Existem outras jazidas minerais, de onde são extraídos mármore, potássio, calcário, sal-gema, granito, halita, silvinita, carnalita, enxofre, dolomita, cobre, areia e argila.
Indústria
Apesar da atividade industrial não ser tão difundida no Estado, a mesma também contribui na composição do PIB (Produto Interno Bruto) de Sergipe. A concentração industrial se encontra em sete distritos industriais, localizados em cidades como Aracaju, Socorro, Estância, Própria, Boquim, Itabaiana e Carmópolis. As principais indústrias estão ligadas às atividades dos ramos têxteis, alimentícios, petroquímico, além do setor mobiliário, gráfico e produção de variados bens de consumo (vestuário, bebidas, entre muitos outros).
Agricultura
Dentre as diversas culturas desenvolvidas no Estado de Sergipe, as que mais se destacam são: laranja, coco e cana-de-açúcar. Além da produção de fumo, algodão, mandioca (agreste), maracujá, tangerina, limão e milho, também são desenvolvidas policulturas, como feijão, arroz, amendoim, inhame, batata-doce, melancia e abóbora.
Pecuária
Possui um rebanho bovino de 1 milhão de cabeças, incluindo ainda 207, 2 mil cabeças de cabritos e cabras; nas proximidades da capital (Aracaju) são realizadas criações de aves.
Extrativismo
O seguimento extrativista em Sergipe tem se intensificado, especialmente na produção de petróleo e gás natural. Existem outras jazidas minerais, de onde são extraídos mármore, potássio, calcário, sal-gema, granito, halita, silvinita, carnalita, enxofre, dolomita, cobre, areia e argila.
Indústria
Apesar da atividade industrial não ser tão difundida no Estado, a mesma também contribui na composição do PIB (Produto Interno Bruto) de Sergipe. A concentração industrial se encontra em sete distritos industriais, localizados em cidades como Aracaju, Socorro, Estância, Própria, Boquim, Itabaiana e Carmópolis. As principais indústrias estão ligadas às atividades dos ramos têxteis, alimentícios, petroquímico, além do setor mobiliário, gráfico e produção de variados bens de consumo (vestuário, bebidas, entre muitos outros).
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Serra Pelada
A grande extensão territorial do Brasil proporciona várias vantagens, entre elas é a possibilidade de possuir riquezas naturais, tanto na superfície terrestre como no subsolo. O país ficou marcado pela grande quantidade de ouro encontrado durante os séculos XVII e XVIII. Após esse período, acreditava-se que não haveria mais nenhuma grande jazida de ouro no país. No entanto, em 1980 surgiu a Serra Pelada.
Serra Pelada é uma região localizada no Estado do Pará. Na década de 1980, essa área foi invadida por milhares de pessoas em busca do enriquecimento rápido através do ouro. Em razão da grande concentração de garimpeiros, a região atraiu também lavradores, médicos, motoristas, padres, engenheiros, entre outros. No entanto, com o objetivo de evitar possíveis confusões, foi proibida a entrada de mulheres e bebidas nos garimpos. O major do Exército, Sebastião Curió, era o responsável pela organização no garimpo.
Rapidamente a área se tornou no maior garimpo a céu aberto do mundo. Toneladas de ouro foram retiradas de Serra Pelada, esse fato fez com que todos pensassem que as jazidas de ouro seriam capazes de enriquecer os garimpeiros. Porém, a maioria dos garimpeiros não conseguiu enriquecer, e o que é pior, muitos morreram durante o trabalho.
As condições de trabalho eram muito precárias, calor intenso, utilização de escadas danificadas, barrancos altamente perigosos, poeira de monóxido de ferro no ar - que era inalada pelos trabalhadores, mesmo sendo prejudicial aos pulmões. Mas apesar de todos esses fatores, os garimpeiros trabalhavam dia e noite na esperança de “bamburrar” - expressão relacionada ao fato de enriquecer.
Garimpeiros a procura do ouro em Serra Pelada
Serra Pelada é uma região localizada no Estado do Pará. Na década de 1980, essa área foi invadida por milhares de pessoas em busca do enriquecimento rápido através do ouro. Em razão da grande concentração de garimpeiros, a região atraiu também lavradores, médicos, motoristas, padres, engenheiros, entre outros. No entanto, com o objetivo de evitar possíveis confusões, foi proibida a entrada de mulheres e bebidas nos garimpos. O major do Exército, Sebastião Curió, era o responsável pela organização no garimpo.
Rapidamente a área se tornou no maior garimpo a céu aberto do mundo. Toneladas de ouro foram retiradas de Serra Pelada, esse fato fez com que todos pensassem que as jazidas de ouro seriam capazes de enriquecer os garimpeiros. Porém, a maioria dos garimpeiros não conseguiu enriquecer, e o que é pior, muitos morreram durante o trabalho.
As condições de trabalho eram muito precárias, calor intenso, utilização de escadas danificadas, barrancos altamente perigosos, poeira de monóxido de ferro no ar - que era inalada pelos trabalhadores, mesmo sendo prejudicial aos pulmões. Mas apesar de todos esses fatores, os garimpeiros trabalhavam dia e noite na esperança de “bamburrar” - expressão relacionada ao fato de enriquecer.
Garimpeiros a procura do ouro em Serra Pelada
A produção aurífera em Serra Pelada decresceu e, em 1992, ocorreu a paralisação da extração de ouro na região. A grande cratera aberta para a retirada do ouro transformou-se num enorme lago. A Companhia Vale do Rio Doce recebeu uma indenização de 59 milhões do Governo Federal, pois tinha direitos sobre as jazidas de ouro, que foram invadidas por milhares de garimpeiros.
Em 2002, o Congresso Nacional aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução de suas atividades em uma área próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente, 10.000 garimpeiros foram atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A disputa de interesses políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários conflitos. O clima na região continua tenso, vários assassinatos ocorrem pela busca do ouro.
Em 2002, o Congresso Nacional aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução de suas atividades em uma área próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente, 10.000 garimpeiros foram atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A disputa de interesses políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários conflitos. O clima na região continua tenso, vários assassinatos ocorrem pela busca do ouro.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Significado das Estrelas
As estrelas da bandeira brasileira têm significados.
A bandeira do Brasil foi implantada em 19 de novembro de 1889, a idéia da bandeira atual foi elaborada pelo professor Raimundo Teixeira Mendes que contou também com a participação do Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis e quem realizou a confecção do desenho foi o pintor Décio Vilares.
Quanto às estrelas dispostas na bandeira brasileira elas não são uniformes e cada uma possui um significado. Cada estrela presente na Bandeira representa um Estado brasileiro, além disso, todas possuem a mesma configuração, todas têm cinco pontas. Outro item que difere uma estrela da outra é quanto ao tamanho, existem cinco distintos.
A distribuição das estrelas na bandeira brasileira foi feita a partir das características do céu do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889.
A estrela Spica se encontra acima da faixa que expressa “Ordem e Progresso” e representa o Estado do Pará, esse no ano de 1889 correspondia ao maior território acima do paralelo do Equador. O Distrito Federal é representado pela estrela do tipo sigma do Octante.
Quanto às estrelas dispostas na bandeira brasileira elas não são uniformes e cada uma possui um significado. Cada estrela presente na Bandeira representa um Estado brasileiro, além disso, todas possuem a mesma configuração, todas têm cinco pontas. Outro item que difere uma estrela da outra é quanto ao tamanho, existem cinco distintos.
A distribuição das estrelas na bandeira brasileira foi feita a partir das características do céu do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889.
A estrela Spica se encontra acima da faixa que expressa “Ordem e Progresso” e representa o Estado do Pará, esse no ano de 1889 correspondia ao maior território acima do paralelo do Equador. O Distrito Federal é representado pela estrela do tipo sigma do Octante.
Estados | Significado |
ACRE | Gama da Hidra Fêmea |
AMAPÁ | Beta do Cão Maior |
AMAZONAS | Procyon (Alfa do Cão Menor) |
PARÁ | Spica (Alfa de Virgem) |
MARANHÃO | Beta do Escorpião |
PIAUÍ | Antares (Alfa do Escorpião) |
CEARÁ | Epsilon do Escorpião |
RIO GRANDE DO NORTE | Lambda do Escorpião |
PARAÍBA | Capa do Escorpião |
PERNAMBUCO | Mu do Escorpião |
ALAGOAS | Teta do Escorpião |
SERGIPE | Iota do Escorpião |
BAHIA | Gama do Cruzeiro do Sul |
ESPÍRITO SANTO | Epsilon do Cruzeiro do Sul |
RIO DE JANEIRO | Beta do Cruzeiro do Sul |
SÃO PAULO | Alfa do Cruzeiro do Sul |
PARANÁ | Gama do Triângulo Austral |
SANTA CATARINA | Beta do Triângulo Austral |
RIO GRANDE DO SUL | Alfa do Triângulo Austral |
MINAS GERAIS | Delta do Cruzeiro do Sul |
GOIÁS | Canopus (Alfa de Argus) |
MATO GROSSO | Sirius (Alfa do Cão Maior) |
MATO GROSSO DO SUL | Alphard (Alfa da Hidra Fêmea) |
RONDÔNIA | Gama do Cão Maior |
RORAIMA | Delta do Cão Maior |
TOCANTINS | Epsilon do Cão Maior |
BRASILIA (DF) | Sigma do Oitante |
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
terça-feira, 13 de outubro de 2009
O turismo na Região Sul
Cataratas do Iguaçu, a maior atração turística do Sul
A Região Sul possui uma variedade de lindas paisagens naturais, além disso, sua composição arquitetônica, herdada dos imigrantes lá estabelecidos, cria uma verdadeira atração turística, uma vez que foge da realidade dos outros estados e regiões.
Outros atrativos são as tradicionais festas nas colônias européias, como danças, culinária e todas as formas de manifestações culturais preservadas pelos imigrantes europeus.
No entanto, a natureza é o que mais encanta, nesse sentido o sul tem muito a oferecer, a seguir alguns dos pontos turísticos naturais mais conhecidos e visitados.
- Parque Nacional do Iguaçu, no qual está localizado as Cataratas do Iguaçu, considerada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
- Balneário Camboriú
- Parque Nacional de Aparados da Serra
- Ruínas Jesuítico-Guaranis
A seguir, de forma sintetizada e regionalizada, a apresentação dos pontos turísticos dos três estados que compõe a Região Sul.
Paraná
Ilhas dos Currais
Parque Nacional do Superagui
Rio Nhundiaquara
Ilha do Itacolomi
Salto Parati
Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso
Curitiba, uma cidade planejada.
Cataratas do Iguaçu
Rio Grande do Sul
Cânion do Itaimbenzinho
Cânion Malacara
Cânion Faxinalzinho
Cânion Fortaleza
Parque Nacional da Serra Geral
Porto Alegre, uma cidade moderna.
Praia da Solidão
Praia do Arroio Teixeira
Praia do Balneário Mostardense
Praia Nacional da Lagoa do Peixe
Santa Catarina
Florianópolis
Encantos do Sul Catarinense
Praia do Buraco
Praia de Zimbros
Praia do Canto-Grande
Praia do Esteleiro
Praia de Perequê
Praia do Araçá
Praia do Cardoso
Praia do Mariscal
Morro da Igreja
Rio Sete Quedas
Cascatas Véu da Noiva
Serra do Corvo Branco
Cachoeira do Avencal Pedra Furada
Outros atrativos são as tradicionais festas nas colônias européias, como danças, culinária e todas as formas de manifestações culturais preservadas pelos imigrantes europeus.
No entanto, a natureza é o que mais encanta, nesse sentido o sul tem muito a oferecer, a seguir alguns dos pontos turísticos naturais mais conhecidos e visitados.
- Parque Nacional do Iguaçu, no qual está localizado as Cataratas do Iguaçu, considerada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
- Balneário Camboriú
- Parque Nacional de Aparados da Serra
- Ruínas Jesuítico-Guaranis
A seguir, de forma sintetizada e regionalizada, a apresentação dos pontos turísticos dos três estados que compõe a Região Sul.
Paraná
Ilhas dos Currais
Parque Nacional do Superagui
Rio Nhundiaquara
Ilha do Itacolomi
Salto Parati
Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso
Curitiba, uma cidade planejada.
Cataratas do Iguaçu
Rio Grande do Sul
Cânion do Itaimbenzinho
Cânion Malacara
Cânion Faxinalzinho
Cânion Fortaleza
Parque Nacional da Serra Geral
Porto Alegre, uma cidade moderna.
Praia da Solidão
Praia do Arroio Teixeira
Praia do Balneário Mostardense
Praia Nacional da Lagoa do Peixe
Santa Catarina
Florianópolis
Encantos do Sul Catarinense
Praia do Buraco
Praia de Zimbros
Praia do Canto-Grande
Praia do Esteleiro
Praia de Perequê
Praia do Araçá
Praia do Cardoso
Praia do Mariscal
Morro da Igreja
Rio Sete Quedas
Cascatas Véu da Noiva
Serra do Corvo Branco
Cachoeira do Avencal Pedra Furada
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
O Turismo no Brasil
O Brasil possui um enorme potencial turístico devido as mais belas paisagens naturais.
Outra alteração nesse seguimento foi o aumento do número de brasileiros que fizeram turismo no exterior, o aumento do fluxo de brasileiros foi propiciado, principalmente, pela estabilidade econômica do país, pelo baixo valor do dólar, isso no início dos anos 90, porque depois o valor do dólar superou a moeda brasileira e determinou uma queda no fluxo de brasileiros para fora do país.
O turismo tem um altíssimo potencial econômico, social, cultural e ambiental, esses itens são elementos extremamente ligados ao turismo, pois estabelecem reciprocidade entre os elementos.
O turismo é, principalmente, grande gerador de receita, é social por gerar grande número de postos de trabalho direto e indireto, cultural porque preserva a identidade do lugar, como monumentos históricos, e ambiental por aliar renda e preservação, um exemplo disso é o ecoturismo que só existe com a preservação do meio-ambiente.
O turismo tem a capacidade de organizar o espaço geográfico, devido à necessidade de oferecer condições do andamento da atividade, como por exemplo, as infra-estruturas necessárias: hotéis, rodovias, meios de comunicação entre outros.
Em suma, o Brasil ainda tem muito que desenvolver, pois a “indústria” do turismo pode ser mais rentável que o setor industrial e rural e menos degradante, no mundo, esse é uma nova tendência econômica.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Telecomunicação
Para um país com as dimensões do Brasil, as telecomunicações são de fundamental importância. Considerando-se ainda que, no momento atual, os fluxos de comunicação a longa distância são responsáveis por uma enorme circulação de informações, concluindo-se que país algum do globo pode prescindir de um eficiente sistema de serviços de transmissão de dados.
No Brasil, o setor esteve monopolizado pela Telebrás entre 1972 e 1998, quando ocorreu sua privatização, num processo muito polêmico. Afinal, o modelo seguido pelo país não restringiu a participação estrangeira nem tampouco fixou um limite de ações por comprador. Ou seja, a forma como se deu a venda pode resultar na substituição do monopólio estatal pelo privado.
Um outro aspecto que chama atenção refere-se ao fato de as grandes empresas estrangeiras que adquiriram o controle da Telebrás operarem em parceria com fornecedores, também estrangeiros, de equipamentos. Com isso, é grande a possibilidade de estas empresas passarem a vender para as novas concessionárias, em detrimento dos fornecedores nacionais.
Por outro lado, a abertura do monopólio parecia algo inevitável, dado o volume de investimentos necessários à manutenção do setor. Convém mencionar que o ramo de telecomunicações se renova a uma velocidade muito grande, o que obriga a uma permanente aplicação de recursos, tanto tecnológicos como financeiros. Uma vez que a Telebrás não poderia realizar os investimentos necessários, a venda de suas operadoras de telefonia tornou-se imprescindível.
Além disso, é importante recordar que, à época das privatizações, o governo federal guiava-se pelo neoliberalismo, segundo o qual a ação do Estado deve restringir-se a atividades essenciais, nas áreas de saúde, educação, segurança pública, entre outras.
No Brasil, o setor esteve monopolizado pela Telebrás entre 1972 e 1998, quando ocorreu sua privatização, num processo muito polêmico. Afinal, o modelo seguido pelo país não restringiu a participação estrangeira nem tampouco fixou um limite de ações por comprador. Ou seja, a forma como se deu a venda pode resultar na substituição do monopólio estatal pelo privado.
Um outro aspecto que chama atenção refere-se ao fato de as grandes empresas estrangeiras que adquiriram o controle da Telebrás operarem em parceria com fornecedores, também estrangeiros, de equipamentos. Com isso, é grande a possibilidade de estas empresas passarem a vender para as novas concessionárias, em detrimento dos fornecedores nacionais.
Por outro lado, a abertura do monopólio parecia algo inevitável, dado o volume de investimentos necessários à manutenção do setor. Convém mencionar que o ramo de telecomunicações se renova a uma velocidade muito grande, o que obriga a uma permanente aplicação de recursos, tanto tecnológicos como financeiros. Uma vez que a Telebrás não poderia realizar os investimentos necessários, a venda de suas operadoras de telefonia tornou-se imprescindível.
Além disso, é importante recordar que, à época das privatizações, o governo federal guiava-se pelo neoliberalismo, segundo o qual a ação do Estado deve restringir-se a atividades essenciais, nas áreas de saúde, educação, segurança pública, entre outras.
Terremotos no Brasil
Principais focos de tremores no Brasil
Os terremotos ocorrem basicamente por tectonismo e vulcanismo. O primeiro se desenvolve a partir do encontro de placas tectônicas e/ou litosféricas, dessa forma a força exercida na colisão provoca uma tensão nas bordas das placas.
Quando a energia se concentra em um alto nível e não suporta reprimir as forças acumuladas internamente, ocorre a emissão de energia e essa libera uma grande força até atingir a superfície em forma de abalos sísmicos ou terremotos, ou seja, a terra “balança”.
Já os terremotos provocados por vulcanismo têm sua formação por meio das atividades vulcânicas, ao liberar energias contidas no interior da Terra em forma de lava a energia liberada é tão grande, que além das “explosões” chamadas de erupção, provocam abalos sísmicos ou terremotos.
As áreas mais propícias a terremotos se encontram em regiões localizadas na periferia das placas tectônicas, um exemplo disso é o encontro da placa de Nazca com a Sul-americana no oeste da América do Sul, além do Japão que convive efetivamente com esse fenômeno, pois seu território está localizado em uma região repleta de encontros de placas.
Os terremotos podem ser medidos, isso é possível através do sismômetro e de outros equipamentos modernos, a medida usada para avaliar o tremor é a Escala Richter, criada pelo Sismólogo Norte-americano Charles Francis Richter, essa escala varia de 0 a 9 graus, correspondente a quantidade de energia expelida. Em um ano são registrados aproximadamente 300 mil tremores no planeta.
No Brasil Existe Terremoto
Durante muito tempo acreditava-se que no Brasil não ocorria terremotos, no entanto, essa afirmação é um tanto quanto precipitada. Se comparar os abalos sísmicos ocorridos nos Andes com os ocorridos no Brasil, os do Brasil podem ser classificados como modestos, embora a quantidade de abalos sejam muitas e com escalas acima de 5,0 graus, não ignorando a possibilidade de tremores mais intensos, uma vez que o planeta é dinâmico e está em constante transformação.
Foram muitos os terremotos ocorridos no Brasil no decorrer da história, com destaque para o Ceará, em 1980 / mb=5,2, João Câmara (RN) 1986 / mb=5,1.
Em outros casos os tremores tiveram proporções maiores como no Mato Grosso 1955/mb=6,6, Espírito Santo 1955/mb=6,3 e Amazonas 1983/mb=5,5, essas regiões não eram habitadas.
Os abalos sísmicos podem emergir a qualquer instante e lugar, dessa forma não se deve descartar a possibilidade de ocorrer tremores com grandes conseqüências em algum centro urbano brasileiro.
A pouca incidência de terremotos no Brasil é proveniente de sua localização no centro da placa Sul-americana.
No fim de 2007, mais precisamente em 9 de dezembro desse ano, na cidade mineira de Itacarambi ocorreu um terremoto, o abalo derrubou 76 casas, condenou várias outras, e levou a óbito uma criança.
Esse abalo foi um dos maiores ocorridos no Brasil e o primeiro com vítima fatal. O tremor teve intensidade de 4,9 graus na escala Richter, segundo o Professor Lucas Vieira Barros da Universidade de Brasília, os tremores ocorriam desde maio.
A explicação não é definitiva, mas é provável que o agente causador seja uma falha geológica, localizada a 5 quilômetros abaixo da superfície.
Quando a energia se concentra em um alto nível e não suporta reprimir as forças acumuladas internamente, ocorre a emissão de energia e essa libera uma grande força até atingir a superfície em forma de abalos sísmicos ou terremotos, ou seja, a terra “balança”.
Já os terremotos provocados por vulcanismo têm sua formação por meio das atividades vulcânicas, ao liberar energias contidas no interior da Terra em forma de lava a energia liberada é tão grande, que além das “explosões” chamadas de erupção, provocam abalos sísmicos ou terremotos.
As áreas mais propícias a terremotos se encontram em regiões localizadas na periferia das placas tectônicas, um exemplo disso é o encontro da placa de Nazca com a Sul-americana no oeste da América do Sul, além do Japão que convive efetivamente com esse fenômeno, pois seu território está localizado em uma região repleta de encontros de placas.
Os terremotos podem ser medidos, isso é possível através do sismômetro e de outros equipamentos modernos, a medida usada para avaliar o tremor é a Escala Richter, criada pelo Sismólogo Norte-americano Charles Francis Richter, essa escala varia de 0 a 9 graus, correspondente a quantidade de energia expelida. Em um ano são registrados aproximadamente 300 mil tremores no planeta.
No Brasil Existe Terremoto
Durante muito tempo acreditava-se que no Brasil não ocorria terremotos, no entanto, essa afirmação é um tanto quanto precipitada. Se comparar os abalos sísmicos ocorridos nos Andes com os ocorridos no Brasil, os do Brasil podem ser classificados como modestos, embora a quantidade de abalos sejam muitas e com escalas acima de 5,0 graus, não ignorando a possibilidade de tremores mais intensos, uma vez que o planeta é dinâmico e está em constante transformação.
Foram muitos os terremotos ocorridos no Brasil no decorrer da história, com destaque para o Ceará, em 1980 / mb=5,2, João Câmara (RN) 1986 / mb=5,1.
Em outros casos os tremores tiveram proporções maiores como no Mato Grosso 1955/mb=6,6, Espírito Santo 1955/mb=6,3 e Amazonas 1983/mb=5,5, essas regiões não eram habitadas.
Os abalos sísmicos podem emergir a qualquer instante e lugar, dessa forma não se deve descartar a possibilidade de ocorrer tremores com grandes conseqüências em algum centro urbano brasileiro.
A pouca incidência de terremotos no Brasil é proveniente de sua localização no centro da placa Sul-americana.
No fim de 2007, mais precisamente em 9 de dezembro desse ano, na cidade mineira de Itacarambi ocorreu um terremoto, o abalo derrubou 76 casas, condenou várias outras, e levou a óbito uma criança.
Esse abalo foi um dos maiores ocorridos no Brasil e o primeiro com vítima fatal. O tremor teve intensidade de 4,9 graus na escala Richter, segundo o Professor Lucas Vieira Barros da Universidade de Brasília, os tremores ocorriam desde maio.
A explicação não é definitiva, mas é provável que o agente causador seja uma falha geológica, localizada a 5 quilômetros abaixo da superfície.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Tipos de solo do Brasil
Resultado da fertilidade da terra roxa.
Solo corresponde à decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à temperatura, como o calor, além de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva e seres vivos, tais como bactérias e fungos.
O Brasil se destaca como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo.
Em razão da dimensão territorial do Brasil é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação.
No Brasil são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.
Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que detém uma tonalidade avermelhada, pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Esse é originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto.
Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.
Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste brasileiro, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses.
Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país.
O Brasil se destaca como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo.
Em razão da dimensão territorial do Brasil é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação.
No Brasil são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.
Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que detém uma tonalidade avermelhada, pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Esse é originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto.
Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.
Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste brasileiro, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses.
Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Tipos de Vegetação
Floresta Amazônica: a riqueza da fauna e flora brasileira.
As paisagens, dependendo de sua localização, apresentam características distintas. O Brasil é uma região privilegiada pela sua grande diversidade. São oito tipos principais de vegetação nativa:
Floresta Amazônica (equatorial): Sua vegetação é densa por causa dos fatores climáticos da região que é quente e úmido. A variedade da fauna e flora na região é bastante diversificada, motivo pelo qual é considerada a região mais rica em variedade do planeta.
Floresta Tropical (Mata Atlântica): Sua vegetação é menos densa predominando plantas de grande porte, recebendo influências dos ventos úmidos. Desmatada desde o século XVI, no período de colonização, existe somente 7% de área original.
Vegetação Litorânea (Mangues): Sua vegetação é bastante variada, porém típica de regiões litorâneas. São regiões alagadiças e salobras que abrigam manguezais, gramíneas e plantas rasteiras.
Campos: Sua vegetação rasteira, predominantemente formada por gramíneas herbáceas que atingem até 50 cm de altura, é utilizada na pastagem do gado. Apesar do predomínio de sua formação, pode haver variações por causa do clima, solo e relevo.
Pantanal: Sua vegetação é bastante variada, compreendendo características de florestas tropicais, cerrado, campos e caatinga. Considerado um “santuário ecológico”, possui grande diversidade, fato que pode estar ameaçado por causa do avanço das lavouras.
Caatinga: Sua vegetação típica do sertão nordestino se dá ao fator climático semi-árido. São vegetais com folhagem atrofiada, caules grossos e raízes profundas, o que as fazem resistir ao período de seca. Algumas regiões da caatinga estão em processo de desertificação por causa da degradação do solo que já é irreversível.
Mata de Araucárias: Sua vegetação é formada predominantemente por araucárias e pinheiros-do-paraná. Sofre influência do clima frio e da elevada altitude. Infelizmente, esse tipo de vegetação sofre e está ameaçado de extinção, pois a exploração de madeira está devastando a região.
Cerrado: Sua vegetação é formada por arbustos e outras plantas que se adaptaram ao clima seco e úmido que varia de acordo com a estação. Está localizado principalmente no Centro-Oeste brasileiro, mas ainda pode ser encontrado em menor escala em diversas partes do país.
Floresta Amazônica (equatorial): Sua vegetação é densa por causa dos fatores climáticos da região que é quente e úmido. A variedade da fauna e flora na região é bastante diversificada, motivo pelo qual é considerada a região mais rica em variedade do planeta.
Floresta Tropical (Mata Atlântica): Sua vegetação é menos densa predominando plantas de grande porte, recebendo influências dos ventos úmidos. Desmatada desde o século XVI, no período de colonização, existe somente 7% de área original.
Vegetação Litorânea (Mangues): Sua vegetação é bastante variada, porém típica de regiões litorâneas. São regiões alagadiças e salobras que abrigam manguezais, gramíneas e plantas rasteiras.
Campos: Sua vegetação rasteira, predominantemente formada por gramíneas herbáceas que atingem até 50 cm de altura, é utilizada na pastagem do gado. Apesar do predomínio de sua formação, pode haver variações por causa do clima, solo e relevo.
Pantanal: Sua vegetação é bastante variada, compreendendo características de florestas tropicais, cerrado, campos e caatinga. Considerado um “santuário ecológico”, possui grande diversidade, fato que pode estar ameaçado por causa do avanço das lavouras.
Caatinga: Sua vegetação típica do sertão nordestino se dá ao fator climático semi-árido. São vegetais com folhagem atrofiada, caules grossos e raízes profundas, o que as fazem resistir ao período de seca. Algumas regiões da caatinga estão em processo de desertificação por causa da degradação do solo que já é irreversível.
Mata de Araucárias: Sua vegetação é formada predominantemente por araucárias e pinheiros-do-paraná. Sofre influência do clima frio e da elevada altitude. Infelizmente, esse tipo de vegetação sofre e está ameaçado de extinção, pois a exploração de madeira está devastando a região.
Cerrado: Sua vegetação é formada por arbustos e outras plantas que se adaptaram ao clima seco e úmido que varia de acordo com a estação. Está localizado principalmente no Centro-Oeste brasileiro, mas ainda pode ser encontrado em menor escala em diversas partes do país.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
Equipe Brasil Escola
Tocantins
Aspectos naturais do Tocantins
Jalapão, paisagem natural do Tocantins.
Os ecossistemas se formam a partir da interação entre diversos elementos, tais como água, temperatura, sol, solo, ar, entre outros. À medida que esses elementos se diferenciam as configurações da paisagem se alteram.
O estado do Tocantins apresenta uma grande variedade natural, que é demonstrada a partir dos principais componentes de formação da paisagem, desse modo, os de maior destaque são: relevo, clima, vegetação e hidrografia.
Relevo
No Tocantins são encontrados basicamente três tipos de relevo: planalto, planícies e depressões. Quanto à altitude, grande parte do território não ultrapassa 500 metros acima do nível do mar.
Os planaltos são encontrados nas áreas próximas ao Araguaia-Tocantins, localizado no sul do estado, nessa região as altitudes são de 300 a 600 metros. O ponto mais alto do Tocantins se estabelece na Serra das Traíras, com 1.340 metros de altitude.
Clima
Em Tocantins o clima que predomina é o tropical, esse apresenta duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa, a primeira produz temperatura com média anual de 26ºC e a segunda 32ºC. Os índices pluviométricos durante o ano são de 1.800 mm no norte e no leste, no sul do estado o índice diminui para 1.000 mm.
Vegetação
A cobertura vegetal do Estado é composta por 90% de cerrado, esse tipo de vegetação possui árvores baixas com raízes profundas, troncos retorcidos e folhas e cascas grossas, o território é uma área de transição entre cerrado e Floresta Amazônica, essa se apresenta ao norte do Estado.
Hidrografia
O Estado faz parte dos principais potenciais hídricos do Brasil, dessa forma o território demonstra importantes rios como o Araguaia, o Tocantins, do Sono, das Balsas e Paraná, no primeiro está situada a maior ilha fluvial do mundo, denominada de Ilha do Bananal.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Transamazônica
Vários trechos da rodovia Transamazônica são intransitáveis.
A Transamazônica, ou Rodovia Transamazônica (BR-230), foi construída no decorrer do governo de Emílio Garrastazu Médici, entre os anos de 1969 e 1974. Uma obra de grande proporção que ficou conhecida como uma “obra faraônica”.
Para o desenvolvimento da obra, o governo conduziu para a região aproximadamente 4 mil homens (entre 1970 e 1973), isso com o intuito de abrir estradas e estabelecer a comunicação entre as cidades.
A execução do projeto aconteceu em um período de regime militar no Brasil, a rodovia se tornou a terceira maior do país, com 4 mil km , percorrendo os Estados da Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. A Transamazônica corta o Brasil no sentido leste-oeste, por isso é considerada uma rodovia transversal, sendo, em grande parte, não é pavimentada. Os extremos da rodovia são respectivamente em João Pessoa (Paraíba) e Lábrea (Amazonas).
O objetivo de se construir uma rodovia dessa proporção era para interligar as regiões, especialmente a região Norte, com o restante do Brasil, e povoar aquela área tão desabitada. A inauguração aconteceu no dia 30 de agosto de 1972, a intenção original era que a rodovia fosse pavimentada, ligando a região Nordeste e Norte, além do Peru e o Equador, somando 8 mil quilômetros.
Como a rodovia Transamazônica não é pavimentada, fica intransitável entre outubro e março, período que determina a época chuvosa na região. Sua construção provocou diversos problemas, entre eles o desmatamento que ocorre nas áreas próximas.
Para o desenvolvimento da obra, o governo conduziu para a região aproximadamente 4 mil homens (entre 1970 e 1973), isso com o intuito de abrir estradas e estabelecer a comunicação entre as cidades.
A execução do projeto aconteceu em um período de regime militar no Brasil, a rodovia se tornou a terceira maior do país, com 4 mil km , percorrendo os Estados da Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. A Transamazônica corta o Brasil no sentido leste-oeste, por isso é considerada uma rodovia transversal, sendo, em grande parte, não é pavimentada. Os extremos da rodovia são respectivamente em João Pessoa (Paraíba) e Lábrea (Amazonas).
O objetivo de se construir uma rodovia dessa proporção era para interligar as regiões, especialmente a região Norte, com o restante do Brasil, e povoar aquela área tão desabitada. A inauguração aconteceu no dia 30 de agosto de 1972, a intenção original era que a rodovia fosse pavimentada, ligando a região Nordeste e Norte, além do Peru e o Equador, somando 8 mil quilômetros.
Como a rodovia Transamazônica não é pavimentada, fica intransitável entre outubro e março, período que determina a época chuvosa na região. Sua construção provocou diversos problemas, entre eles o desmatamento que ocorre nas áreas próximas.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Transporte Ferroviário Brasileiro
A nossa primeira ferrovia foi construída pela Imperial Companhia de estradas de ferro, fundada pelo Visconde de Mauá, ligando o Porto de Mauá, na Baía de Guanabara, a Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis.
Tinha uma extensão de 14,5 km e bitola de i m (1854). Logo depois, outras surgiram no Nordeste, Recôncavo Baiano e, principalmente, em São Paulo, para servir à economia cafeeira, então em fraco desenvolvimento (Estrela do Café).
Eram, em geral, construídas ou financiadas por capitais ingleses que visavam somente à satisfação de seus interesses comerciais, sem o mínimo de planejamento.
Entre 1870 e 1920, vivíamos uma verdadeira “Era das ferrovias”, sendo que o crescimento médio desta era dos 6.000 km por década. Após 1920, com o advento da era do automóvel, as ferrovias entraram numa fase de estagnação, não tendo se recuperado até os dias atuais.
Atualmente, o Brasil é um país pobre em ferrovias, e que estas se encontram irregularmente distribuídas pelo território, pois enquanto a Região Sudeste concentra quase metade (47%) as ferrovias do país, as Regiões Norte e Centro-oeste, juntas, concentram apenas 8%.
Situação atual
O país possui hoje 30.000 km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3, 1 metros por km²; é bem pequena em relação aos EUA (150m/km²) e Argentina (15m/km²). Apenas 2.450 km são eletrificados. As ferrovias apresentam-se mal distribuídas e mal situadas, estando 52% localizadas na Região Sudeste.
Na Malha Sul privatizada pela América latina Logística (ALL), binacional temos um excelente desempenho das ferrovias, com 15.628 km de extensão e volume de carga de 20,7 milhões de toneladas. Os produtos mais transportados por ela são: grãos, produtos siderúrgicos, contêineres, água, vinho, pedra e cimento.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola
Tinha uma extensão de 14,5 km e bitola de i m (1854). Logo depois, outras surgiram no Nordeste, Recôncavo Baiano e, principalmente, em São Paulo, para servir à economia cafeeira, então em fraco desenvolvimento (Estrela do Café).
Eram, em geral, construídas ou financiadas por capitais ingleses que visavam somente à satisfação de seus interesses comerciais, sem o mínimo de planejamento.
Entre 1870 e 1920, vivíamos uma verdadeira “Era das ferrovias”, sendo que o crescimento médio desta era dos 6.000 km por década. Após 1920, com o advento da era do automóvel, as ferrovias entraram numa fase de estagnação, não tendo se recuperado até os dias atuais.
Atualmente, o Brasil é um país pobre em ferrovias, e que estas se encontram irregularmente distribuídas pelo território, pois enquanto a Região Sudeste concentra quase metade (47%) as ferrovias do país, as Regiões Norte e Centro-oeste, juntas, concentram apenas 8%.
Situação atual
O país possui hoje 30.000 km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3, 1 metros por km²; é bem pequena em relação aos EUA (150m/km²) e Argentina (15m/km²). Apenas 2.450 km são eletrificados. As ferrovias apresentam-se mal distribuídas e mal situadas, estando 52% localizadas na Região Sudeste.
Na Malha Sul privatizada pela América latina Logística (ALL), binacional temos um excelente desempenho das ferrovias, com 15.628 km de extensão e volume de carga de 20,7 milhões de toneladas. Os produtos mais transportados por ela são: grãos, produtos siderúrgicos, contêineres, água, vinho, pedra e cimento.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola
Transposição do Rio São Francisco, Rio São?
Já é mais do que sabido que as secas do Nordeste são periódicas e, enquanto fenômeno natural, não há como combatê-las. É um fenômeno natural e têm a sua história. No livro de Marco Antônio Villa, sobre a Morte e Vida no Sertão, nos deparamos exatamente com o quadro da seca no Norte-Nordeste do Brasil e verificasse que este problema é crônico e de longa data. A transposição do Rio São Francisco teve seu projeto estimulado várias vezes no passado e agora, sob a legenda do PT estão no início deste projeto faraônico.
Este projeto para o semi-árido esta sendo gerido de forma autoritária e nada democrática, a sociedade não deu sua opinião sobre a sua realização, o governo está o bancando e pronto a acabou! Assim como expressou Paulo Henrique Martinez: “Não se trata, aqui, de argumentar tecnicamente contra ou a favor do projeto. Trata-se de pensar as implicações políticas que ele comporta, reveladoras da cidadania em crise no país”.
Existem muitas opiniões e estudos contra e a favor deste projeto, e isso tem que ser mesmo estudado e debatido, mas o fato é que o Rio S. Francisco e a irrigação do Nordeste com suas águas é um projeto que possui sua história deste o século XIX, não apenas para sanar a sede de milhares de flagelados, mais também como fonte de desenvolvimento econômico. Isto em outros projetos (como é o caso dos açudes e poços jorrantes, por exemplo), como é conhecido, causou muita concentração fundiária, especulação imobiliária, desalojamento de pessoas em terras irrigáveis, etc. Tudo em favor dos “coronéis” do sertão que foram um dos responsáveis pela verdadeira indústria da seca.
Segundo alguns autores como no caso de João Suassuna, Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, e estudioso das secas no semi-árido, o que falta na região é vontade política, pois, segundo ele, “... os políticos, isso em regra geral, costumam fazer política com o sofrimento e a miséria do povo. As alternativas de produção existem e não são implementadas porque, na verdade, tem faltado aos administradores públicos a indispensável vontade política para definir ações estruturadoras no semi-árido. E tem faltado porque concretizá-la significa contrariar interesses, muitas vezes situados na base de apoio parlamentar do governo. É exatamente aí onde está a nossa verdadeira seca”.
No entanto, transposição do rio São Francisco evidencia, em escala nacional, a inoperância que dominou instâncias reguladoras da vida social e de governo no Brasil, ao não considerar a opinião da sociedade brasileira. Pessoas dentro do Legislativo e do Judiciário deveriam olhar esta questão com muito mais atenção, e não apenas torná-la uma questão política e econômica. As pessoas idôneas e comprometidas com a qualidade de vida e o interesse público (fora as questões ambientais que também são alvo de críticas) devem desempenhar com maior vigor e rigor seus papéis e atribuições. A sociedade brasileira deseja e espera isso de seus representantes em todas as suas esferas.
Por Amilson Barbosa
Colunista Brasil Escola
Este projeto para o semi-árido esta sendo gerido de forma autoritária e nada democrática, a sociedade não deu sua opinião sobre a sua realização, o governo está o bancando e pronto a acabou! Assim como expressou Paulo Henrique Martinez: “Não se trata, aqui, de argumentar tecnicamente contra ou a favor do projeto. Trata-se de pensar as implicações políticas que ele comporta, reveladoras da cidadania em crise no país”.
Existem muitas opiniões e estudos contra e a favor deste projeto, e isso tem que ser mesmo estudado e debatido, mas o fato é que o Rio S. Francisco e a irrigação do Nordeste com suas águas é um projeto que possui sua história deste o século XIX, não apenas para sanar a sede de milhares de flagelados, mais também como fonte de desenvolvimento econômico. Isto em outros projetos (como é o caso dos açudes e poços jorrantes, por exemplo), como é conhecido, causou muita concentração fundiária, especulação imobiliária, desalojamento de pessoas em terras irrigáveis, etc. Tudo em favor dos “coronéis” do sertão que foram um dos responsáveis pela verdadeira indústria da seca.
Segundo alguns autores como no caso de João Suassuna, Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, e estudioso das secas no semi-árido, o que falta na região é vontade política, pois, segundo ele, “... os políticos, isso em regra geral, costumam fazer política com o sofrimento e a miséria do povo. As alternativas de produção existem e não são implementadas porque, na verdade, tem faltado aos administradores públicos a indispensável vontade política para definir ações estruturadoras no semi-árido. E tem faltado porque concretizá-la significa contrariar interesses, muitas vezes situados na base de apoio parlamentar do governo. É exatamente aí onde está a nossa verdadeira seca”.
No entanto, transposição do rio São Francisco evidencia, em escala nacional, a inoperância que dominou instâncias reguladoras da vida social e de governo no Brasil, ao não considerar a opinião da sociedade brasileira. Pessoas dentro do Legislativo e do Judiciário deveriam olhar esta questão com muito mais atenção, e não apenas torná-la uma questão política e econômica. As pessoas idôneas e comprometidas com a qualidade de vida e o interesse público (fora as questões ambientais que também são alvo de críticas) devem desempenhar com maior vigor e rigor seus papéis e atribuições. A sociedade brasileira deseja e espera isso de seus representantes em todas as suas esferas.
Por Amilson Barbosa
Colunista Brasil Escola
A urbanização do Nordeste
Salvador, uma das primeiras cidades do país.
Algumas cidades nordestinas de grande expressão na região emergiram ainda no período colonial em fase inicial, das quais podemos citar: São Luiz (Maranhão), Olinda (Pernambuco), Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia). Esta última já ocupou a categoria de capital federal do país até o século XVIII, mais precisamente, até 1763. Após essa data, a cidade do Rio de Janeiro passou a ocupar tal condição.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a principal aglomeração urbana da região Nordeste é Recife. Esta cidade detém uma enorme região metropolitana, composta por 14 municípios, dos quais os de maior relevância são: Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.
Seguida por Salvador, segunda maior aglomeração urbana da região, composta por 10 municípios, dentre os quais, os principais são: Camaçari, Candeias e Itaparica. A terceira maior concentração urbana do Nordeste é a região metropolitana de Fortaleza, com 13 municípios. E logo em seguida vem a região metropolitana de Natal, formada por 8 municípios.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Urbanização
Visão de uma cidade litorânea.
Urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um país seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas cidades deve ser superior a quantidade que vive do campo.
As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância regional entre outras características.
Classificam-se em:
Municípios: São as menores divisões político- administrativas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.
Cidades: É a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.
Macrocefalia Urbana: Caracteriza-se pelo crescimento acelerado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de marginalização das pessoas que por falta de oportunidade e baixa renda residem em bairros que não possuem os serviços públicos básicos, e com isso enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas, resultando na exclusão social de todas as formas.
Metrópoles: São cidades com população absoluta superior a 1milhão de habitantes (ex: Goiânia, São Paulo).
Conurbações: È quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.
Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex.Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno).
Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.
Tecnopólos: ou Cidades ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.
Verticalização: È a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).
Segregação Espacial: È o foco do poder público as regiões onde a parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão as regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.
Cidades Formais: São cidades planejadas.
Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-estrutura suficiente.
As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância regional entre outras características.
Classificam-se em:
Municípios: São as menores divisões político- administrativas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.
Cidades: É a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.
Macrocefalia Urbana: Caracteriza-se pelo crescimento acelerado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de marginalização das pessoas que por falta de oportunidade e baixa renda residem em bairros que não possuem os serviços públicos básicos, e com isso enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas, resultando na exclusão social de todas as formas.
Metrópoles: São cidades com população absoluta superior a 1milhão de habitantes (ex: Goiânia, São Paulo).
Conurbações: È quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.
Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex.Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno).
Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.
Tecnopólos: ou Cidades ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.
Verticalização: È a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).
Segregação Espacial: È o foco do poder público as regiões onde a parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão as regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.
Cidades Formais: São cidades planejadas.
Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-estrutura suficiente.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Urbanização do Centro-Oeste
Agricultura mecanizada.
A abertura das fronteiras econômicas na Região Centro-Oeste facilitou a entrada de uma grande quantidade de migrantes, trabalhadores rurais que tinham como objetivo conseguir trabalho nas novas áreas de agricultura e pecuária.
A partir desse fato, alguns migrantes compraram e outros tomaram posse de Terras dando origem a diversas propriedades rurais de pequeno e médio porte, geralmente com poucas tecnologias, isso significa que era desenvolvida a agropecuária tradicional, mão-de-obra praticada pela família que cultivava produtos da base alimentar como o arroz, milho e feijão.
Algum tempo depois ocorreu o processo de expropriação dos pequenos e médios proprietários, o fato é explicado, pois grandes latifundiários e grupos empresariais iniciaram a compra de grandes extensões de terras promovendo a concentração fundiária.
Como conseqüência, a região hoje é uma das que apresenta grande incidência de concentração de terras no Brasil. Outro resultado desse processo foi a falta de trabalho no campo, uma vez que grandes propriedades desenvolviam pecuária extensiva e outras a produção agrícola altamente mecanizada. A escassez de emprego levou milhares de pessoas às cidades próximas, ocasionando assim o fenômeno do êxodo rural.
O processo do êxodo rural ocorrido na Região Centro-Oeste resultou em um rápido crescimento da população que ocupou os centros urbanos e até mesmo fez surgir novas cidades. A chegada intensa da população do campo nas cidades fez com que essas ficassem saturadas em relação à quantidade de pessoas, desestabilizando a estrutura urbana.
Isso significa que, ao ocupar de forma rápida áreas que até então eram desabitadas, o governo não conseguiu disponibilizar a todos os serviços públicos, com isso a população passou a enfrentar uma série de problemas de caráter de infra-estrutura como a falta de saneamento, escolas, iluminação, pavimentação, policiamento entre outros.
O crescimento de bairros marginalizados nas grandes cidades da Região Centro-Oeste acontece porque a oferta de emprego é incapaz de absorver a quantidade de mão-de-obra derivada do campo.
A partir desse fato, alguns migrantes compraram e outros tomaram posse de Terras dando origem a diversas propriedades rurais de pequeno e médio porte, geralmente com poucas tecnologias, isso significa que era desenvolvida a agropecuária tradicional, mão-de-obra praticada pela família que cultivava produtos da base alimentar como o arroz, milho e feijão.
Algum tempo depois ocorreu o processo de expropriação dos pequenos e médios proprietários, o fato é explicado, pois grandes latifundiários e grupos empresariais iniciaram a compra de grandes extensões de terras promovendo a concentração fundiária.
Como conseqüência, a região hoje é uma das que apresenta grande incidência de concentração de terras no Brasil. Outro resultado desse processo foi a falta de trabalho no campo, uma vez que grandes propriedades desenvolviam pecuária extensiva e outras a produção agrícola altamente mecanizada. A escassez de emprego levou milhares de pessoas às cidades próximas, ocasionando assim o fenômeno do êxodo rural.
O processo do êxodo rural ocorrido na Região Centro-Oeste resultou em um rápido crescimento da população que ocupou os centros urbanos e até mesmo fez surgir novas cidades. A chegada intensa da população do campo nas cidades fez com que essas ficassem saturadas em relação à quantidade de pessoas, desestabilizando a estrutura urbana.
Isso significa que, ao ocupar de forma rápida áreas que até então eram desabitadas, o governo não conseguiu disponibilizar a todos os serviços públicos, com isso a população passou a enfrentar uma série de problemas de caráter de infra-estrutura como a falta de saneamento, escolas, iluminação, pavimentação, policiamento entre outros.
O crescimento de bairros marginalizados nas grandes cidades da Região Centro-Oeste acontece porque a oferta de emprego é incapaz de absorver a quantidade de mão-de-obra derivada do campo.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Urbanização Geral
Até poucas décadas atrás, o Brasil era um país de economia agrária e população majoritariamente rural. Hoje, 8 em cada 10 brasileiros vivem em cidades A concentração de pessoas em centros urbanos traz uma série de implicações, sejam elas de ordem social, econômica ou ambiental.
O sentido mais usual, da urbanização, é o de crescimento urbano, ou seja, refere-se à expansão física da cidade, mediante o aumento do número de ruas, praças, moradias, etc. Nesse caso, ela não tem limite, a ponto de unirem-se umas às outras, num fenômeno conhecido por conurbação.
Um outro sentido atribuído à urbanização envolve o crescimento da população das cidades, acontecendo em um ritmo superior ao da população rural. É na expansão do modo de vida urbano que podemos localizar importantes elementos para a análise do processo de urbanização no momento presente.
A urbanização do século XX, foi marcada por importantes características, a começar pelo ritmo bastante acelerado de crescimento das cidades e pela sua abrangência, agora mundial. De fato, as transformações que o capitalismo promoveu em diversas sociedades nacionais contribuíram para que este processo se desencadeasse em diversas nações, mesmo naquelas onde a industrialização não foi representativa, isto é, em diversas áreas do mundo subdesenvolvido. Uma outra característica, se refere ao processo de motropolização. De fato, as metrópoles encontram-se generalizadas, embora sua presença seja mais marcante nos EUA, Japão, China, Europa Ocidental e América Latina.
As metrópoles exercem influência em praticamente todo o território nacional, promovendo a difusão de novas formas de vida, além de imprimirem mudanças na organização do espaço geográfico.
Na atualidade, de cada 100 brasileiros, aproximadamente 78 vivem em cidades. Apesar de o ritmo de urbanização estar declinando em nosso país, ainda ocorre transferência de população do meio rural para o meio urbano. Os grandes centros urbanos do Brasil convivem com uma série de problemas, tanto socioculturais como ambientais e econômicos.
- os engarrafamentos quilométricos, geradores de fumaça e ruídos que interferem na qualidade de vida;
- a volumosa produção de lixo, o que exige espaço para o seu depósito e cuidados ecológicos com o seu manejo;
- a carência de áreas verdes para o lazer e o entretenimento das pessoas;
- a especulação imobiliária que conduz a ocupações irregulares, muitas delas ocorrendo em áreas de preservação, como os fundos de vales.
Por outro lado, as metrópoles não representam apenas problemas, aparentemente insolúveis. Ao contrário, seu extraordinário dinamismo é gerador de ofertas de trabalho e de negócios, além de concentrador de recursos financeiros e de consumo. Nesse sentido, sua dinâmica também promove soluções para as dificuldades que fazem parte de seu cotidiano.
O sentido mais usual, da urbanização, é o de crescimento urbano, ou seja, refere-se à expansão física da cidade, mediante o aumento do número de ruas, praças, moradias, etc. Nesse caso, ela não tem limite, a ponto de unirem-se umas às outras, num fenômeno conhecido por conurbação.
Um outro sentido atribuído à urbanização envolve o crescimento da população das cidades, acontecendo em um ritmo superior ao da população rural. É na expansão do modo de vida urbano que podemos localizar importantes elementos para a análise do processo de urbanização no momento presente.
A urbanização do século XX, foi marcada por importantes características, a começar pelo ritmo bastante acelerado de crescimento das cidades e pela sua abrangência, agora mundial. De fato, as transformações que o capitalismo promoveu em diversas sociedades nacionais contribuíram para que este processo se desencadeasse em diversas nações, mesmo naquelas onde a industrialização não foi representativa, isto é, em diversas áreas do mundo subdesenvolvido. Uma outra característica, se refere ao processo de motropolização. De fato, as metrópoles encontram-se generalizadas, embora sua presença seja mais marcante nos EUA, Japão, China, Europa Ocidental e América Latina.
As metrópoles exercem influência em praticamente todo o território nacional, promovendo a difusão de novas formas de vida, além de imprimirem mudanças na organização do espaço geográfico.
Na atualidade, de cada 100 brasileiros, aproximadamente 78 vivem em cidades. Apesar de o ritmo de urbanização estar declinando em nosso país, ainda ocorre transferência de população do meio rural para o meio urbano. Os grandes centros urbanos do Brasil convivem com uma série de problemas, tanto socioculturais como ambientais e econômicos.
- os engarrafamentos quilométricos, geradores de fumaça e ruídos que interferem na qualidade de vida;
- a volumosa produção de lixo, o que exige espaço para o seu depósito e cuidados ecológicos com o seu manejo;
- a carência de áreas verdes para o lazer e o entretenimento das pessoas;
- a especulação imobiliária que conduz a ocupações irregulares, muitas delas ocorrendo em áreas de preservação, como os fundos de vales.
Por outro lado, as metrópoles não representam apenas problemas, aparentemente insolúveis. Ao contrário, seu extraordinário dinamismo é gerador de ofertas de trabalho e de negócios, além de concentrador de recursos financeiros e de consumo. Nesse sentido, sua dinâmica também promove soluções para as dificuldades que fazem parte de seu cotidiano.
Urbanização no Brasil
Diferente da Europa que se urbanizou a partir do século XIX com impulsos da revolução industrial, o Brasil começou seu processo de urbanização no século XX de forma rápida por causa das migrações internas e externas que contribuíram para a integração do mercado de trabalho.
O rápido crescimento urbano é visto desde 1920, quando a taxa de urbanização era de 16%. Em 1940 a taxa de urbanização atingiu 31%, em 1960 subiu para 45% e em 2005 já atingia 85%, mostrando claramente a superpopulação dos territórios.
Na década de 90, o Sudeste já era 88% urbanizado, o Centro-Oeste 81%, Sul 74,1%, Nordeste 60,6% e o Norte 57,8%.
O rápido crescimento populacional nas cidades não foi acompanhado pelo crescimento industrial, esse fato gerou o desemprego e criou o subemprego (ou desemprego disfarçado), situações agravadas pela tecnologia importada que eliminou pessoas de seus trabalhos substituindo-as pelos sistemas tecnológicos. As pessoas tiveram que se integrar às atividades remuneradas incertas e não regulamentadas em lei, o que consiste o subemprego, como vendedores ambulantes, bóias frias, flanelinhas, engraxates e outras funções não menos importantes que os grandes cargos, mas que constituem a camada marginal do sistema econômico.
Desta forma, os migrantes que vieram em busca de trabalho foram surpreendidos pela forte urbanização que superou o processo industrial, pois o estado não teve renda suficiente para industrializar rapidamente as cidades.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
O rápido crescimento urbano é visto desde 1920, quando a taxa de urbanização era de 16%. Em 1940 a taxa de urbanização atingiu 31%, em 1960 subiu para 45% e em 2005 já atingia 85%, mostrando claramente a superpopulação dos territórios.
Na década de 90, o Sudeste já era 88% urbanizado, o Centro-Oeste 81%, Sul 74,1%, Nordeste 60,6% e o Norte 57,8%.
O rápido crescimento populacional nas cidades não foi acompanhado pelo crescimento industrial, esse fato gerou o desemprego e criou o subemprego (ou desemprego disfarçado), situações agravadas pela tecnologia importada que eliminou pessoas de seus trabalhos substituindo-as pelos sistemas tecnológicos. As pessoas tiveram que se integrar às atividades remuneradas incertas e não regulamentadas em lei, o que consiste o subemprego, como vendedores ambulantes, bóias frias, flanelinhas, engraxates e outras funções não menos importantes que os grandes cargos, mas que constituem a camada marginal do sistema econômico.
Desta forma, os migrantes que vieram em busca de trabalho foram surpreendidos pela forte urbanização que superou o processo industrial, pois o estado não teve renda suficiente para industrializar rapidamente as cidades.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
A vegetação e o clima da região Norte
O predomínio do clima quente e úmido resulta em floresta verde e exuberante o ano todo.
A região brasileira mais extensa é a Norte, nela existe a maior floresta equatorial do mundo, a Amazônia. Essa parte do país ainda possui grandes áreas de florestas preservadas, onde podemos encontrar coberturas vegetais bastante heterogêneas, como áreas de Cerrado, Campos e vegetação Litorânea, mas a principal é a floresta Amazônica, que abrange aproximadamente 80% da região Norte.
Apesar da aparência de homogeneidade da floresta Amazônica, a mesma possui distinções quanto à formação vegetal que varia de acordo com a altitude do relevo. Devido a esse fator, a Amazônia é classificada em quatro tipos: mata de igapó, mata de várzea, mata de terra firme e floresta semi-úmida. A cobertura vegetal da Amazônia é composta por plantas do tipo latifoliadas e perenifólias, ou seja, que possuem folhas grossas e que não caem em nenhum período do ano.
Já o clima que prevalece ao longo da região é o equatorial úmido, caracterizado por elevadas temperaturas e grande quantidade de chuvas durante todo o ano. Algumas áreas restritas não apresentam tal característica climática, como o Tocantins e partes do Pará e Roraima. Na parte sudeste do Pará e em todo Estado do Tocantins é identificado o clima tropical, com duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. Já no noroeste do Pará e leste de Roraima o clima que predomina é o equatorial semi-úmido, com períodos curtos de seca, temperaturas sempre elevadas durante todo o ano e índices pluviométricos inferiores ao clima do tipo equatorial úmido. Na região Norte, em geral, as temperaturas ficam em torno dos 26°C, com índices pluviométricos que oscilam entre 1700 e 3000 mm ao ano e baixa amplitude térmica.
Na região Norte existe uma enorme interdependência entre o clima e a vegetação, isso porque há uma influência recíproca entre os mesmos. O clima influencia na floresta, pois as temperaturas são elevadas é há abundante quantidade de chuvas, permitindo a proliferação de uma imensa diversidade de plantas, além de propiciar que elas permaneçam verdes o ano inteiro. Em contrapartida, a floresta contribui diretamente no clima, especialmente nos índices pluviométricos. Tal influência acontece pelo fato das plantas transpirarem através das folhas, quando isso ocorre formam-se gotículas de águas sobre as mesmas, então, com o processo de evaporação, a água contida nas plantas vai para a atmosfera, favorecendo a formação de chuvas.
Aproximadamente 50% da umidade que se transforma em chuvas são provenientes da floresta. Diante dessa afirmativa, percebemos que a conservação da Amazônia é indispensável para a funcionalidade do clima na região e manutenção da biodiversidade que abriga.
Apesar da aparência de homogeneidade da floresta Amazônica, a mesma possui distinções quanto à formação vegetal que varia de acordo com a altitude do relevo. Devido a esse fator, a Amazônia é classificada em quatro tipos: mata de igapó, mata de várzea, mata de terra firme e floresta semi-úmida. A cobertura vegetal da Amazônia é composta por plantas do tipo latifoliadas e perenifólias, ou seja, que possuem folhas grossas e que não caem em nenhum período do ano.
Já o clima que prevalece ao longo da região é o equatorial úmido, caracterizado por elevadas temperaturas e grande quantidade de chuvas durante todo o ano. Algumas áreas restritas não apresentam tal característica climática, como o Tocantins e partes do Pará e Roraima. Na parte sudeste do Pará e em todo Estado do Tocantins é identificado o clima tropical, com duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. Já no noroeste do Pará e leste de Roraima o clima que predomina é o equatorial semi-úmido, com períodos curtos de seca, temperaturas sempre elevadas durante todo o ano e índices pluviométricos inferiores ao clima do tipo equatorial úmido. Na região Norte, em geral, as temperaturas ficam em torno dos 26°C, com índices pluviométricos que oscilam entre 1700 e 3000 mm ao ano e baixa amplitude térmica.
Na região Norte existe uma enorme interdependência entre o clima e a vegetação, isso porque há uma influência recíproca entre os mesmos. O clima influencia na floresta, pois as temperaturas são elevadas é há abundante quantidade de chuvas, permitindo a proliferação de uma imensa diversidade de plantas, além de propiciar que elas permaneçam verdes o ano inteiro. Em contrapartida, a floresta contribui diretamente no clima, especialmente nos índices pluviométricos. Tal influência acontece pelo fato das plantas transpirarem através das folhas, quando isso ocorre formam-se gotículas de águas sobre as mesmas, então, com o processo de evaporação, a água contida nas plantas vai para a atmosfera, favorecendo a formação de chuvas.
Aproximadamente 50% da umidade que se transforma em chuvas são provenientes da floresta. Diante dessa afirmativa, percebemos que a conservação da Amazônia é indispensável para a funcionalidade do clima na região e manutenção da biodiversidade que abriga.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Vegetação no Brasil
Vegetação no Brasil - Fauna e Flora brasileira
Flora e fauna
As formações florestais cobrem mais da metade do território brasileiro. A mais importante é a floresta amazônica, a maior floresta equatorial do mundo, também chamada hiléia brasileira. Abrange toda a região Norte e parte do Centro-Oeste. Na faixa costeira, desde o sul da Bahia até Santa Catarina, encontram-se remanescentes da mata atlântica, a área florestal mais devastada do país, na qual a maior parte das árvores de médio porte foi derrubada para servir como combustível (lenha, carvão vegetal) ou para dar lugar a zonas agrícolas. De São Paulo até o Rio Grande do Sul, ocorria um tipo de floresta mais homogênea, a mata da araucária ou dos pinheirais que atualmente são encontrados em áreas muito restritas. Os babaçuais ou mata dos cocais caracterizam o litoral do Nordeste e trechos da bacia do rio Tocantins.
As caatingas são típicas da zona semi-árida do sertão nordestino, enquanto os cerrados formam grande parte da vegetação do Centro-Oeste e trechos de Minas Gerais e São Paulo. No extremo sul, ocorrem campos tipicamente herbáceos. A bacia do alto rio Paraguai é ocupada pelo chamado complexo do Pantanal, área de vegetação muito variada. Restingas, dunas e manguezais encontram-se na orla costeira.
A fauna terrestre brasileira não se destaca pelo tamanho nem pela ferocidade, como a de outras regiões do mundo tropical. Na área de florestas, encontram-se a onça, macacos, a preguiça, o caititu, serpentes (jibóia, sucuri), e aves (papagaios, araras e tucanos). É grande o número de insetos, sobretudo na Amazônia. Nas caatingas, cerrados e campos, predominam o tamanduá, o tatu, o veado, o guará, a ema e a siriema, batráquios (rãs, sapos e pererecas) e répteis (cascavel, surucucu e jararaca). Nos rios e lagos da região amazônica habitam o peixe-boi, o jacaré, o pirarucu, a tartaruga, bem como a lontra e a capivara. Algumas dessas espécies também são encontradas no Pantanal.
A fauna ornitológica brasileira é uma das mais ricas do mundo, com uma enorme variedade de espécies. Nela encontram-se numerosas aves de rapina, trepadoras, palmípedes e pernaltas, os galináceos e os columbídeos.
Flora e fauna
As formações florestais cobrem mais da metade do território brasileiro. A mais importante é a floresta amazônica, a maior floresta equatorial do mundo, também chamada hiléia brasileira. Abrange toda a região Norte e parte do Centro-Oeste. Na faixa costeira, desde o sul da Bahia até Santa Catarina, encontram-se remanescentes da mata atlântica, a área florestal mais devastada do país, na qual a maior parte das árvores de médio porte foi derrubada para servir como combustível (lenha, carvão vegetal) ou para dar lugar a zonas agrícolas. De São Paulo até o Rio Grande do Sul, ocorria um tipo de floresta mais homogênea, a mata da araucária ou dos pinheirais que atualmente são encontrados em áreas muito restritas. Os babaçuais ou mata dos cocais caracterizam o litoral do Nordeste e trechos da bacia do rio Tocantins.
As caatingas são típicas da zona semi-árida do sertão nordestino, enquanto os cerrados formam grande parte da vegetação do Centro-Oeste e trechos de Minas Gerais e São Paulo. No extremo sul, ocorrem campos tipicamente herbáceos. A bacia do alto rio Paraguai é ocupada pelo chamado complexo do Pantanal, área de vegetação muito variada. Restingas, dunas e manguezais encontram-se na orla costeira.
A fauna terrestre brasileira não se destaca pelo tamanho nem pela ferocidade, como a de outras regiões do mundo tropical. Na área de florestas, encontram-se a onça, macacos, a preguiça, o caititu, serpentes (jibóia, sucuri), e aves (papagaios, araras e tucanos). É grande o número de insetos, sobretudo na Amazônia. Nas caatingas, cerrados e campos, predominam o tamanduá, o tatu, o veado, o guará, a ema e a siriema, batráquios (rãs, sapos e pererecas) e répteis (cascavel, surucucu e jararaca). Nos rios e lagos da região amazônica habitam o peixe-boi, o jacaré, o pirarucu, a tartaruga, bem como a lontra e a capivara. Algumas dessas espécies também são encontradas no Pantanal.
A fauna ornitológica brasileira é uma das mais ricas do mundo, com uma enorme variedade de espécies. Nela encontram-se numerosas aves de rapina, trepadoras, palmípedes e pernaltas, os galináceos e os columbídeos.
Vegetações litorâneas
Vegetação rasteira típica de praias.
No Brasil existe uma imensa variedade de composição vegetal, uma delas se encontra nas áreas litorâneas do Brasil.
O conjunto de vegetações encontradas no litoral brasileiro recebe o nome de formações litorâneas ou vegetações litorâneas.
Em toda a extensão do litoral brasileiro é possível encontrar inúmeras espécies de plantas. A cobertura vegetal dispersa ao longo dos mais de 7.000 quilômetros de litoral não possui característica homogênea. A distinção vegetal identificada no litoral corresponde aos seguintes tipos:
Vegetação de praia: ocorrem vegetações do tipo arbóreo e arbustivo adaptadas a lugares com grande concentração de sal, como a salsa-da-praia, grama-da-praia, pinheirinho-da-praia, feijão-boi, jundo etc.
Vegetação de dunas: desenvolve uma vegetação rasteira, cujas raízes são extensas e profundas. Em dunas semi-fixas ocorre aroeira-vermelha, pau-de-bruge, além da capororoca, maria-mole, guamirim entre outras.
Restinga: apresenta diversas características vegetais, como espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.
Mangue: corresponde a uma cobertura vegetal que se desenvolve principalmente em baías e foz. As plantas típicas de mangues são resistentes ao alto teor de sal e à escassez de oxigênio, uma vez que são freqüentemente inundadas por águas oceânicas. Áreas de mangue desenvolvem espécies arbóreas, arbustos nos quais possuem raízes aéreas.
O conjunto de vegetações encontradas no litoral brasileiro recebe o nome de formações litorâneas ou vegetações litorâneas.
Em toda a extensão do litoral brasileiro é possível encontrar inúmeras espécies de plantas. A cobertura vegetal dispersa ao longo dos mais de 7.000 quilômetros de litoral não possui característica homogênea. A distinção vegetal identificada no litoral corresponde aos seguintes tipos:
Vegetação de praia: ocorrem vegetações do tipo arbóreo e arbustivo adaptadas a lugares com grande concentração de sal, como a salsa-da-praia, grama-da-praia, pinheirinho-da-praia, feijão-boi, jundo etc.
Vegetação de dunas: desenvolve uma vegetação rasteira, cujas raízes são extensas e profundas. Em dunas semi-fixas ocorre aroeira-vermelha, pau-de-bruge, além da capororoca, maria-mole, guamirim entre outras.
Restinga: apresenta diversas características vegetais, como espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.
Mangue: corresponde a uma cobertura vegetal que se desenvolve principalmente em baías e foz. As plantas típicas de mangues são resistentes ao alto teor de sal e à escassez de oxigênio, uma vez que são freqüentemente inundadas por águas oceânicas. Áreas de mangue desenvolvem espécies arbóreas, arbustos nos quais possuem raízes aéreas.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Vulcanismo no Brasil
Em épocas geológicas passadas, houve intensa atividade vulcânica, hoje não existem mais vulcões ativos no Brasil. Nosso país foi palco de diversas atividades vulcânicas, a mais recente ocorreu na Era Cenozóica (Terciário), levando à formação das nossas ilhas oceânicas, tais como Trindade, Fernando de Noronha, Penedo de São Pedro e São Paulo.
Na Era Mesozóica a atividade vulcânica no Brasil foi muito mais intensa, destacando-se as seguintes ocorrências: Poços de Caldas e Araxá (MG), São Sebastião (SP), Itatiaia e Cabo Frio (RJ) E Lajes (SC); Na região Sul houve um dos maiores derrames basálticos do mundo, abrangendo uma área de 1 milhão de km², que vai desde o Estado de São Paulo até o do Rio Grande do Sul, onde houve diversas manifestações podem ser observados na região de Torres, como as belíssimas falésias basálticas; Os derrames basálticos que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao fértil solo terra roxa; A Bacia Amazônica também foi afetada por atividades vulcânicas em algumas áreas.
Localização do Brasil entre as placas tectônicas
O Brasil está no centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado dos limites dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo porque não há vulcões atualmente no Brasil.
Entretanto, no nosso país há diversas evidências de manifestações vulcânicas e subvulcânicas que ocorreram ao longo do tempo geológico, desde episódios acontecidos em um passado muito distante até eventos relativamente recentes.
As Ilhas Oceânicas
Fernando de Noronha
O arquipélago de Fernando de Noronha consiste de um grupo de pequenas ilhas nas vizinhanças da Ilha de Fernando de Noronha, a principal do arquipélago. Essas ilhas estão situadas a 345 km do litoral nordeste brasileiro e correspondem aos topos de uma montanha vulcânica submersa que se ergue do assoalho oceânico situado em torno de 4.000 metros de profundidade, que faz parte da cadeia homônima desenvolvida numa zona de fraturas oceânicas orientadas na direção leste-oeste.
Ao longo da Cadeia de Fernando de Noronha em direção à costa do Ceará afloram alinhadas diversas montanhas vulcânicas submarinas arrasadas pelo mar e inteiramente cobertas por recifes de algas e areias calcárias provenientes de organismos marinhos, denominadas de guyot. O Atol das Rocas é um guyot vulcânico dessa cadeia.
Fernando de Noronha é um arquipélago em que rochas vulcânicas e subvulcânicas fortemente alcalinas e subsaturadas são expostas.
Representam dois episódios vulcânicos maiores cujos produtos constituem as Formações Remédios e Quixaba. A Formação Remédios, mais antiga (+ou-12 milhões de anos), é constituída por numerosos diques de variados tipos de rochas alcalinas.
Processos erosivos destruíram as rochas vulcânicas desse ciclo. Seguindo-se a Formação Quixaba, (+ou-3,3 a 1,7 milhões de anos), por derrames de rochas ultrabásicas nefelínicas (ankaratritos), rochas piroclásticas e raros diques de nefelinito.
Cessado o vulcanismo no final desse período, seguiu-se um ciclo erosivo que destruiu os aparelhos vulcânicos externos e entalhou a plataforma insular. Com as oscilações pleistocênicas do nível do mar, a plataforma foi coberta por depósitos de areias e cascalhos de praia, recifes de algas calcárias e areias marinhas.
Trindade
A pequenina ilha da Trindade situa-se no Oceano Atlântico Sul aproximadamente no paralelo de Vitória, Espírito Santo, afastada 1.140 km da costa e a 48 km da ilha de Martim Vaz. É o cume erodido de uma grande montanha vulcânica que faz parte de um lineamento de montes vulcânicos submarinos, o lineamento Vitória-Trindade. Repousa sobre o assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade.
Suas rochas são lavas e intrusões fortemente sódico-alcalinas e subsaturadas em sílica, e piroclastos diversos. A ilha é quase inteiramente constituída de rochas vulcânicas e subvulcânicas formadas entre o final do Plioceno e o Holoceno.
É o único local em território brasileiro em que ainda se pode reconhecer parte de um cone vulcânico extinto, o Vulcão do Paredão.
Outros edifícios vulcânicos desse lineamento situados entre Trindade - Martim Vaz e a costa foram inteiramente arrasados pelo mar, nivelados a menos de 100 m de profundidade, constituindo hoje guyots, usualmente chamados bancos, mas as ilhas, talvez por terem sua atividade vulcânica persistido por mais tempo, ainda se elevam acima da superfície oceânica.
Martin Vaz
As ilhas de Martim Vaz constituem um arquipélago formado de uma ilha principal com 600 metros de largura e 175 metros de altura, e de duas ilhas menores e de alguns rochedos. O arquipélago faz parte do lineamento Vitória-Trindade e situa-se a 48 km de distância da ilha de Trindade. Foram identificadas rochas vulcânicas alcalinas (ankaratrito e hauynito), mas suas idades ainda permanecem incertas, mas provavelmente são similares as idades obtidas em Trindade.
No Território Brasileiro há vestígios de diversos eventos vulcânicos, desde épocas geológicas passadas, até tempos mais recentes. No nosso território, está inclusive, um dos maiores eventos vulcânicos da terra, o vulcanismo mesozóico da bacia do Paraná. A atividade vulcânica no continente cessou por volta dos 10 milhões de anos, mas nas ilhas oceânicas o vulcanismo se estendeu até tempos geológicos mais recentes, onde na ilha de trindade, é ainda possível se observar claramente os restos de um edifício vulcânico extinto, o vulcão do paredão.
Para finalizar essa conclusão sobre o vulcanismo no nosso país, podemos citar o exemplo de um dos maiores desastres provocados por vulcões no mundo, que ocorreu no estreito de Sonda, no arquipélago da Indonésia, em 16 de agosto de 1883, quando o vulcão Krakatoa explodiu com tal fúria que tirou do mapa uma parte da ilha em que se localizava, destruiu cidades e vilas, matando milhares de pessoas. Em 25 de janeiro de 1925, um novo cone vulcânico emergiu da caldeira do antigo Krakatoa.
A nova ilha vulcânica foi chamada de filho de krakatoa. No século passado, o novo vulcão esteve em intensa atividade, porem sem provocar catástrofes.
‘’Sem dúvida, as erupções continuarão e o filho de krakatoa continuará aumentando de tamanho. Em algum momento, no futuro, talvez daqui a algumas centenas de anos, uma grande explosão similar à de 1883, pode ocorrer. É apenas uma questão de tempo. ’’
Na Era Mesozóica a atividade vulcânica no Brasil foi muito mais intensa, destacando-se as seguintes ocorrências: Poços de Caldas e Araxá (MG), São Sebastião (SP), Itatiaia e Cabo Frio (RJ) E Lajes (SC); Na região Sul houve um dos maiores derrames basálticos do mundo, abrangendo uma área de 1 milhão de km², que vai desde o Estado de São Paulo até o do Rio Grande do Sul, onde houve diversas manifestações podem ser observados na região de Torres, como as belíssimas falésias basálticas; Os derrames basálticos que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao fértil solo terra roxa; A Bacia Amazônica também foi afetada por atividades vulcânicas em algumas áreas.
Localização do Brasil entre as placas tectônicas
O Brasil está no centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado dos limites dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo porque não há vulcões atualmente no Brasil.
Entretanto, no nosso país há diversas evidências de manifestações vulcânicas e subvulcânicas que ocorreram ao longo do tempo geológico, desde episódios acontecidos em um passado muito distante até eventos relativamente recentes.
As Ilhas Oceânicas
Fernando de Noronha
O arquipélago de Fernando de Noronha consiste de um grupo de pequenas ilhas nas vizinhanças da Ilha de Fernando de Noronha, a principal do arquipélago. Essas ilhas estão situadas a 345 km do litoral nordeste brasileiro e correspondem aos topos de uma montanha vulcânica submersa que se ergue do assoalho oceânico situado em torno de 4.000 metros de profundidade, que faz parte da cadeia homônima desenvolvida numa zona de fraturas oceânicas orientadas na direção leste-oeste.
Ao longo da Cadeia de Fernando de Noronha em direção à costa do Ceará afloram alinhadas diversas montanhas vulcânicas submarinas arrasadas pelo mar e inteiramente cobertas por recifes de algas e areias calcárias provenientes de organismos marinhos, denominadas de guyot. O Atol das Rocas é um guyot vulcânico dessa cadeia.
Fernando de Noronha é um arquipélago em que rochas vulcânicas e subvulcânicas fortemente alcalinas e subsaturadas são expostas.
Representam dois episódios vulcânicos maiores cujos produtos constituem as Formações Remédios e Quixaba. A Formação Remédios, mais antiga (+ou-12 milhões de anos), é constituída por numerosos diques de variados tipos de rochas alcalinas.
Processos erosivos destruíram as rochas vulcânicas desse ciclo. Seguindo-se a Formação Quixaba, (+ou-3,3 a 1,7 milhões de anos), por derrames de rochas ultrabásicas nefelínicas (ankaratritos), rochas piroclásticas e raros diques de nefelinito.
Cessado o vulcanismo no final desse período, seguiu-se um ciclo erosivo que destruiu os aparelhos vulcânicos externos e entalhou a plataforma insular. Com as oscilações pleistocênicas do nível do mar, a plataforma foi coberta por depósitos de areias e cascalhos de praia, recifes de algas calcárias e areias marinhas.
Trindade
A pequenina ilha da Trindade situa-se no Oceano Atlântico Sul aproximadamente no paralelo de Vitória, Espírito Santo, afastada 1.140 km da costa e a 48 km da ilha de Martim Vaz. É o cume erodido de uma grande montanha vulcânica que faz parte de um lineamento de montes vulcânicos submarinos, o lineamento Vitória-Trindade. Repousa sobre o assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade.
Suas rochas são lavas e intrusões fortemente sódico-alcalinas e subsaturadas em sílica, e piroclastos diversos. A ilha é quase inteiramente constituída de rochas vulcânicas e subvulcânicas formadas entre o final do Plioceno e o Holoceno.
É o único local em território brasileiro em que ainda se pode reconhecer parte de um cone vulcânico extinto, o Vulcão do Paredão.
Outros edifícios vulcânicos desse lineamento situados entre Trindade - Martim Vaz e a costa foram inteiramente arrasados pelo mar, nivelados a menos de 100 m de profundidade, constituindo hoje guyots, usualmente chamados bancos, mas as ilhas, talvez por terem sua atividade vulcânica persistido por mais tempo, ainda se elevam acima da superfície oceânica.
Martin Vaz
As ilhas de Martim Vaz constituem um arquipélago formado de uma ilha principal com 600 metros de largura e 175 metros de altura, e de duas ilhas menores e de alguns rochedos. O arquipélago faz parte do lineamento Vitória-Trindade e situa-se a 48 km de distância da ilha de Trindade. Foram identificadas rochas vulcânicas alcalinas (ankaratrito e hauynito), mas suas idades ainda permanecem incertas, mas provavelmente são similares as idades obtidas em Trindade.
No Território Brasileiro há vestígios de diversos eventos vulcânicos, desde épocas geológicas passadas, até tempos mais recentes. No nosso território, está inclusive, um dos maiores eventos vulcânicos da terra, o vulcanismo mesozóico da bacia do Paraná. A atividade vulcânica no continente cessou por volta dos 10 milhões de anos, mas nas ilhas oceânicas o vulcanismo se estendeu até tempos geológicos mais recentes, onde na ilha de trindade, é ainda possível se observar claramente os restos de um edifício vulcânico extinto, o vulcão do paredão.
Para finalizar essa conclusão sobre o vulcanismo no nosso país, podemos citar o exemplo de um dos maiores desastres provocados por vulcões no mundo, que ocorreu no estreito de Sonda, no arquipélago da Indonésia, em 16 de agosto de 1883, quando o vulcão Krakatoa explodiu com tal fúria que tirou do mapa uma parte da ilha em que se localizava, destruiu cidades e vilas, matando milhares de pessoas. Em 25 de janeiro de 1925, um novo cone vulcânico emergiu da caldeira do antigo Krakatoa.
A nova ilha vulcânica foi chamada de filho de krakatoa. No século passado, o novo vulcão esteve em intensa atividade, porem sem provocar catástrofes.
‘’Sem dúvida, as erupções continuarão e o filho de krakatoa continuará aumentando de tamanho. Em algum momento, no futuro, talvez daqui a algumas centenas de anos, uma grande explosão similar à de 1883, pode ocorrer. É apenas uma questão de tempo. ’’
A Ação Integralista Brasileira
Plínio Salgado (centro), o líder da Ação Integralista Brasileira
Nesse mesmo período, novas teorias políticas surgem na Europa como um reflexo das crises advindas do período entreguerras (1919 – 1938) e a crise capitalista que culmina, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Na Europa, o facismo italiano e o nazismo alemão foram dois grandes movimentos políticos que chegaram ao poder em face às incertezas vividas naquele período.
No Brasil, a rearticulação política vivida com a Revolução de 1930 fez com que o Integralismo aparecesse como uma alternativa frente ao recente governo de Getúlio Vargas e o crescimento dos movimentos operário e comunista. Sob o comando de Plínio Salgado, a Ação Integralista conseguiu o apoio de setores médios, empresários e setores do operariado. Entendidos por muitos como um “facismo abrasileirado”, esse movimento contou com suas particularidades.
Entre as principais idéias defendidas pelos integralistas, podemos destacar o corporativismo político, a abolição do pluripartidarismo, a perseguição aos comunistas, o fim do capitalismo especulativo e a ascensão de um forte líder político. Além do conteúdo ideológico, os integralistas fizeram o uso massivo dos meios de comunicação, frases de efeito, criação de símbolos e padronização comportamental.
Os integralistas utilizavam de uma saudação comum, “Anauê”, expressão de origem indígena, para cumprimentar seus associados. Além disso, vestiam camisas verdes e adotaram a letra grega sigma (símbolo matemático para somatória) como formas que incentivariam um forte sentimento de comunhão e amor à pátria. Mesmo contando com intensas manifestações, os integralistas perderam força com a implementação do Estado Novo, no final dos anos 30.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Aclamação de Amador Bueno
Amador Bueno ao lado dos jesuítas jurando fidelidade a Portugal.
Embrenhando-se pelas matas do interior, os bandeirantes aventuravam-se em busca das drogas do sertão, a recaptura dos escravos africanos fugidos nos quilombos e a prospecção aurífera. Além dessas atividades, os bandeirantes tinham grandes lucros com o apresamento de índios destinados ao trabalho escravo nas grandes propriedades da região litorânea. A falta de escravos africanos e o valor mais baixo do escravo indígena criaram um amplo mercado consumidor desse tipo de mão-de-obra.
A comercialização desses índios escravizados desenvolveu-se a ponto dos bandeirantes passarem a estabelecer contatos com os colonizadores espanhóis da região do Rio da Prata. Toda essa rede de negócio estabelecida teve sua ação empreendida ao longo dos séculos XVI e XVII, e já representava uma importante atividade comercial no interior da colônia. Até mesmo alguns fazendeiros chegaram a se envolver com a captura e venda de mão-de-obra indígena.
Com o fim da União Ibérica, em 1640, a Coroa Portuguesa interferiu diretamente na questão da escravização indígena. Economicamente enfraquecidos com o período de dominação hispânica, Portugal proibiu a escravização dos índios. Com tal medida, a Coroa portuguesa buscava ampliar seus lucros com o comércio dos escravos africanos trazidos das regiões da costa africana.
Sentindo-se diretamente prejudicados com tal medida, um grupo de bandeirantes paulistas organizou uma represália que expulsou os padres jesuítas, também contrários à escravidão indígena, da Vila de São Paulo. Além disso, eles tentaram aliar-se ao fazendeiro e bandeirante Amador Bueno nessa revolta contra a administração lusitana. Os bandeirantes paulistas pretendiam elevar Amador Bueno à condição de governador de São Paulo.
Amador Bueno, que temia por algum tipo de represália por parte de Portugal, não aderiu ao movimento e jurou fidelidade à Coroa. Com isso, o movimento dos bandeirantes paulistas perdeu sua sustentação e a ordem pelo fim da escravidão indígena foi mantida.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Afonso Pena
Afonso Pena
Afonso Pena se deparou com uma situação econômica relativamente estável, resultado da administração anterior de Rodrigues Alves. Embora Afonso Pena tenha desejado promover a industrialização do Brasil, teve que se render aos interesses dos cafeicultores, visto que foi através destes que o presidente foi eleito, na chamada política “café-com-leite”.
Uma das medidas de favorecimento aos produtores de café foi o Convênio de Taubaté, o qual estabelecia que, para manter o preço do produto, o Governo se comprometia a comprar todos os estoques excedentes. Afonso Pena também desenvolveu redes ferroviárias nos Estados da região Sudeste e modernizou portos para o melhor escoamento da produção do café. Para promover a entrada de mão-de-obra, seu Governo estimulou grandemente a imigração, principalmente de italianos.
Nesse período, os trabalhadores começaram a se organizar e a reivindicar melhores condições de trabalho, promovendo as primeiras greves da história brasileira. No Governo de Afonso Pena o exército passou por uma reestruturação, e em 1908 foi estabelecida a obrigatoriedade do serviço militar. O presidente veio a falecer em junho de 1909, assumindo assim, seu Vice Nilo Peçanha.
Amélia
Amélia de Leuchtenberg era filha de Eugenio de Beauharnais e de Augusta Amélia, filha de Maximiliano José, rei da Baviera. Eram seus irmãos, Augusto, que mais tarde casou-se com Maria da Glória, Maximiliano Eugênio, Theodolinde e Caroline. Após a morte da Imperatriz Leopoldina, D. Pedro mandou para a Europa como emissário especial, o Marques de Barbacena para uma difícil missão: arrumar-lhe uma nova esposa.
Ela teria que ser de uma alta linhagem, ser bonita, educada e jovem. Difícil missão porque a fama de D. Pedro na Europa não estava boa, todos comentando suas relações com a Marquesa de Santos e as humilhações imposta por ele à sua falecida esposa Leopoldina.
Mas o Marquês logrou êxito de sua missão com a aceitação de uma linda princesa da Bavária de 17 anos. Ela tinha todas as qualidades exigidas por D. Pedro. Além de ser neta do rei da Bavária pelo lado materno, era neta pelo lado paterna da Imperatriz Josephine primeira esposa de Napoleão. Seu pai era o conde de Leuchtenberg, Eugenio de Beauharnais, filho adotivo de Napoleão Bonaparte. Ela era, portanto a sua neta adotiva.
O marques de Barbacena, com sua comitiva, a princesa Amélia e seu irmão Augusto de 19 anos viajaram por terra de Munique até o litoral da Bélgica, lá tomando a fragata Imperatriz comandada pelo Vice Almirante brasileiro, Conde de Souzel.
A fragata dirigiu-se inicialmente para Portsmouth na Inglaterra para pegar a filha de D. Pedro, Maria da Glória, com 10 anos, que se encontrava na Europa para estudos.
Após uma longa viagem sem incidentes, a fragata aportou no Rio de Janeiro no dia 16 de Outubro de 1829.
No dia 17 o casal recebeu as benções nupciais da igreja e Amélia tornou-se a segunda imperatriz do Brasil. Para comemorar este fato foi criada a comenda Ordem da Rosa para condecorar militares e civis. Após dois anos de casados, a situação de D. Pedro como imperador estava ficando crítica, com movimentos de revoltas tanto na área civil como militar. Aliando estes fatos com a usurpação do trono de Portugal por D. Miguel, no dia 7 de Abril de 1831, D. Pedro abdicou em favor de seu filho Pedro II que estava com cinco anos, deixando como seu tutor, José Bonifácio e partiu juntamente com sua esposa e a filha Maria da Glória para Europa.
Amélia estava grávida de três meses de Maria Amélia e sofreu muito com enjôos na viagem. O primeiro porto a ser alcançado foi de Faial, nos arquipélagos de Açores. Após reabastecer, o navio seguiu rumo ao porto de Cherburg, França. Lá estudaram a estratégia da revolução e decidiram que o melhor lugar para estes preparativos era a Inglaterra e partiram para Londres.
No dia 31 de Novembro de 1831 nasceu Maria Amélia. D. Pedro, que havia organizado uma pequena esquadra, mal armada e caindo aos pedaços, conseguiu conquistar a cidade de Porto, mas por um preço muito alto: mais de 4.000 mortos, mais da metade de seus 7.500 homens.
Com a chegada de reforços da esquadra inglesa, seus homens conseguiram derrotar as tropas fiéis à D. Miguel que fugiu para a França, acabando também a pretensão da Princesa Ludovika de casar-se com ele. D. Amélia ajudou a criar a sua enteada Maria da Glória e também a filha de D. Pedro com a Marqueza de Santos, Isabel Maria.
Ela teria que ser de uma alta linhagem, ser bonita, educada e jovem. Difícil missão porque a fama de D. Pedro na Europa não estava boa, todos comentando suas relações com a Marquesa de Santos e as humilhações imposta por ele à sua falecida esposa Leopoldina.
Mas o Marquês logrou êxito de sua missão com a aceitação de uma linda princesa da Bavária de 17 anos. Ela tinha todas as qualidades exigidas por D. Pedro. Além de ser neta do rei da Bavária pelo lado materno, era neta pelo lado paterna da Imperatriz Josephine primeira esposa de Napoleão. Seu pai era o conde de Leuchtenberg, Eugenio de Beauharnais, filho adotivo de Napoleão Bonaparte. Ela era, portanto a sua neta adotiva.
O marques de Barbacena, com sua comitiva, a princesa Amélia e seu irmão Augusto de 19 anos viajaram por terra de Munique até o litoral da Bélgica, lá tomando a fragata Imperatriz comandada pelo Vice Almirante brasileiro, Conde de Souzel.
A fragata dirigiu-se inicialmente para Portsmouth na Inglaterra para pegar a filha de D. Pedro, Maria da Glória, com 10 anos, que se encontrava na Europa para estudos.
Após uma longa viagem sem incidentes, a fragata aportou no Rio de Janeiro no dia 16 de Outubro de 1829.
No dia 17 o casal recebeu as benções nupciais da igreja e Amélia tornou-se a segunda imperatriz do Brasil. Para comemorar este fato foi criada a comenda Ordem da Rosa para condecorar militares e civis. Após dois anos de casados, a situação de D. Pedro como imperador estava ficando crítica, com movimentos de revoltas tanto na área civil como militar. Aliando estes fatos com a usurpação do trono de Portugal por D. Miguel, no dia 7 de Abril de 1831, D. Pedro abdicou em favor de seu filho Pedro II que estava com cinco anos, deixando como seu tutor, José Bonifácio e partiu juntamente com sua esposa e a filha Maria da Glória para Europa.
Amélia estava grávida de três meses de Maria Amélia e sofreu muito com enjôos na viagem. O primeiro porto a ser alcançado foi de Faial, nos arquipélagos de Açores. Após reabastecer, o navio seguiu rumo ao porto de Cherburg, França. Lá estudaram a estratégia da revolução e decidiram que o melhor lugar para estes preparativos era a Inglaterra e partiram para Londres.
No dia 31 de Novembro de 1831 nasceu Maria Amélia. D. Pedro, que havia organizado uma pequena esquadra, mal armada e caindo aos pedaços, conseguiu conquistar a cidade de Porto, mas por um preço muito alto: mais de 4.000 mortos, mais da metade de seus 7.500 homens.
Com a chegada de reforços da esquadra inglesa, seus homens conseguiram derrotar as tropas fiéis à D. Miguel que fugiu para a França, acabando também a pretensão da Princesa Ludovika de casar-se com ele. D. Amélia ajudou a criar a sua enteada Maria da Glória e também a filha de D. Pedro com a Marqueza de Santos, Isabel Maria.
Em 20 de Setembro de 1834 - Morre D. Pedro vitimado pela tuberculose. No dia 4 de Fevereiro de 1854 morre também vítima de tuberculose a sua filha, Maria Amélia com 23 anos. Ela estava noiva do príncipe Maximilian Habsburg, sobrinho da imperatriz Leopoldina do Brasil. No dia 26 de Janeiro de 1876 morre Amélia aos 64 anos.
Apagão
Introdução
No Brasil, mais de 90% da energia é produzida nas hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia. Infelizmente, este ano, a ausência de chuvas foi das maiores das últimas décadas, prejudicando a oferta de energia. Por isso, os consumidores terão uma meta a cumprir: reduzir o consumo de energia em, no mínimo, 20%.
Reservatórios se mantêm dentro do esperado
Os níveis dos reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste estão se mantendo dentro das expectativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para que o País chegue ao final de novembro com o mínimo de água que garanta segurança para a geração de energia necessária.
De acordo com documento compilado pelo operador no final do mês de maio e apresentado ontem pelo secretário de Energia do Estado de São Paulo e membro da Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGCE), Mauro Arce, durante palestra na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), a expectativa é que nesta sexta-feira (dia 8) os reservatórios do Sudeste/Nordeste ficassem em 29,2% de sua capacidade. Como os números relativos a hoje só serão consolidados no final da noite, a referência mais próxima é o resultado de ontem, quando o nível médio das represas estava em 29,46%. Levando-se em conta que nos últimos sete dias a redução diária média foi de 0,03 ponto percentual no volume de água, a meta deve ser cumprida com folga.
No Nordeste, apesar de a situação ser mais grave, em razão de haver praticamente apenas o rio São Francisco como fonte para alimentar as reservas, e este estar com seu volume de água muito abaixo da média, o nível das reservas chegou ontem a 26,70%, enquanto a estimativa ideal para hoje foi fixada pelo ONS em 26,60%.
Nos últimos sete dias, também, a média diária de redução do volume de água naquela região foi de 0,07 ponto percentual, o que indica que a meta também deve ser cumprida.
Vale observar, porém, que o nível dos reservatórios pode variar em maior ou menor proporção em razão de chuvas, evaporação natural e aumento ou redução do consumo de energia a cada dia.
Apagão é inevitável se chuva for abaixo de 75% da média
A cota de redução no consumo de energia, a ser cumprida por todos os consumidores desde 1 de junho, continua dependente de um dos fatores que causaram a crise de energia - as chuvas. A meta de redução de 20% só terá resultado para os reservatórios das usinas se chover pelo menos 75% da média entre junho e novembro. Caso contrário, os apagões serão inevitáveis.
O comportamento atípico das chuvas este ano, que ficaram bem abaixo da média histórica, frustrou o planejamento energético. Em maio, choveu apenas 71% no Sudeste e 40% no Nordeste em relação ao esperado.
A crise energética evidenciou um problema até então encarado com timidez ou indiferença pelo poder público em todos os níveis: a iminente crise da água, resultado da superexploração e falta de preocupação ambiental com os mananciais. Má distribuição da água, desmatamento, desperdício e conflitos de uso são alguns dos problemas que tornam a escassez de água, não mais uma preocupação de ambientalistas e técnicos alarmistas, mas reconhecida até pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seu pronunciamento sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, ele alertou sobre a necessidade de preservação das fontes naturais.
Essa situação é resultado de um padrão de desenvolvimento sem planejamento, que consome muita água e energia e não protege os mananciais. A distribuição dos recursos hídricos no país maximiza o problema, já que 68% da água brasileira está na região Norte, onde vive apenas 7% da população. Ao contrário, as regiões Sudeste e Nordeste concentram 43% e 29% da população, respectivamente, mas contam com somente 7% (SE) e 3% (NE) da disponibilidade hídrica.
A produção de água é uma das funções das florestas, mas 70% da população brasileira vive no Domínio da Mata Atlântica, cuja vegetação foi reduzida pelo desmatamento a menos de 8% da cobertura original. Por isso, a fonte está secando e as medidas conservacionistas são urgentes.
Além de manter as águas subterrâneas (lençol freático), a vegetação serve para proteger os corpos d´água, através das matas ciliares - faixa de mata de, no mínimo, 30 metros de cada lado dos rios, determinada pela lei.
Elas formam uma barreira física, que filtra a água, impedindo a chegada de sedimentos e agrotóxicos. Além disso, colaboram para a manutenção da temperatura da água e conseqüentemente para a manutenção da vida aquática.
Considerada uma das três bacias brasileiras em situação mais crítica - junto com as dos rios Paraíba do Sul e São Francisco-, a Bacia do Piracicaba, na região de Campinas, em São Paulo, teve seu crescimento econômico ligado justamente à abundância hídrica. O resultado é uma população de cerca de 4 milhões de pessoas, irrigação, indústrias que usam muita água como insumo (cervejarias, refinarias etc.), poluição por esgotos, além da perda de um terço de sua água, que é bombeada para o Sistema Cantareira, para abastecer mais 3 milhões de pessoas na Grande São Paulo. A conseqüência é o risco, a curto prazo, de racionamento de água na região.
Energia a gás
Substituir equipamentos industriais movidos a energia elétrica por outros a gás natural é a saída mais rápida neste momento de crise. E pode ser um bom negócio. A Brasilamarras, do Rio, fabricante de correntes para navios, passou seu forno de elétrico para gás. A conversão é recente e não permite cálculos, mas o professor do Programa de Energia da USP, Edmilson Moutinho dos Santos, diz que a transformação de equipamentos elétricos dá uma economia à indústria de até 15%.
A Ultragaz teve um aumento de 100% nas consultas nos últimos 60 dias apenas do setor de construção civil, interessado em projetos de aquecimento a gás, diz Alexandre Branco Callero, gerente comercial. Uma missão do governo argentino se encontrou com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, para dizer que o país pode vender 650 MW além dos 2 mil MW contratados.
Plano de racionamento ameaça cerca de 180.000 empregos
Depois da paralisação das linhas de produção, o corte de vagas é visto como o segundo efeito mais drástico e provável da crise energética. Uma entre cada cinco grandes indústrias do país deverá demitir pessoal por causa do plano de racionamento. E mais de 65% decidiram reduzir ou abandonar os projetos de investimentos, segundo pesquisas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Ainda conforme a pesquisa, mais de 40% das pequenas e micro empresas acham que há alto risco de dispensa, contra 19,5% das grandes empresas - com mais de 500 empregados. O levantamento ouviu 401 indústrias nos dias 24 e 25 de maio.
A instabilidade no setor foi confirmada também pelo presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), Joseph Couri. Segundo ele, a crise ameaça o emprego de 180.000 trabalhadores, ou 20% dos 912.000 funcionários do setor.
Para reduzir o risco de desemprego no setor, o Simpi entregou para o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, uma pauta de reivindicações que será levada para a Câmara de Gestão da Crise de Energia, o chamado ministério do apagão, em Brasília (DF). As reivindicações incluem a isenção tributária para compra de geradores nacionais e importados e a abertura de uma linha de crédito para financiamento da compra.
Fernando Henrique Cardoso afirma que 'se não chover o país vai parar'
"Se não chover, o país vai parar." A frase dita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso resume a situação da crise energética no país. FHC admitiu ainda que o governo brasileiro deveria ter percebido a escassez de energia antes de chegar à atual situação. "Deveríamos ter sido alertados e também alertado antes à população. É realmente injustificável. Por enquanto, a crise é temporária, mas se não chover no ano que vem, não saberemos o que fazer", disse ao Jornal do Brasil.
"E não vamos pensar que poderemos resolver o problema com as termoelétricas porque nosso sistema é basicamente hidrológico."
O presidente anunciou que está pensando em reeditar a medida provisória que cria a Câmara da Gestão da Crise Energética para não prejudicar os consumidores. Na tentativa de reverter o mal-estar criado pela medida, ele determinou à Advocacia Geral da União que convoque entidades de defesa do consumidor para corrigir decisões que tenham aparecido "como se fossem ferir o Código".
"Apesar de haver um apoio grande da população, há um certo mal-estar em relação ao Código de Defesa do Consumidor. É importante que os consumidores não sejam prejudicados", declarou o presidente.
A medida provisória do racionamento foi duramente criticada pelo judiciário e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob a alegação de que é inconstitucional. "Talvez as medidas não tenham sido bem explicadas, bem compreendidas ou talvez elas não sejam razoáveis", admitiu o presidente.
Enquanto isso, o governo continua estudando uma maneira de fazer com que a cobrança da sobretaxa na conta de luz se torne permanente. De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, David Zylbersztajn, quem consome mais energia deve pagar mais. "Podemos estudar uma tarifa mais cara para quem utiliza mais energia", afirmou Zylbersztajn, que integra o chamado Ministério do Apagão.
Racionamento pode durar até maio de 2002
A Câmara de Gestão da Crise Energia (CGCE) analisa a extensão do plano de racionamento de eletricidade até maio de 2002, para permitir a plena recomposição dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A proposta, que já foi considerada pelo presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, foi defendida pelo deputado Eliseu Resende (PFL-MG) frente ao presidente da CGCE, Pedro Parente. "O próprio governo está entendendo que o racionamento deve durar um ano.
Tanto que não fixou prazo", afirmou.
"Pedro Parente, com razão, não quis definir uma data final, mas tudo indica que o racionamento terá de abranger o período das chuvas e terminar só em abril ou em maio do ano que vem", completou Resende, ex-ministro dos Transportes e da Fazenda, ao deixar o Palácio do Planalto. Em princípio, a CGCE manteria o plano de racionamento de 1º de junho ao final de novembro, quando começa o período de chuvas na maior parte do País.
A decisão, entretanto, levará em conta a redução de consumo verificada nos cinco meses e também o início da geração de novas usinas. Rezende, por sua vez, defende que o racionamento seja suspenso somente no final do período de chuvas, depois de comprovada a produção adicional de energia. O deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) acrescentou que as restrições ao consumo podem apenas ser aliviadas quando as chuvas começarem.
"Mesmo que comece a chover intensamente, a redução do consumo tem de continuar, para podermos passar pelo próximo período de estiagem", declarou o Resende. "Somente o racionamento por um ano permitiria a recuperação dos níveis dos reservatórios.
" O ex-ministro foi informado por Parente que o governo deverá anunciar, dentro de dois meses, o programa de elevação da oferta de energia. Esse plano inclui obras de instalação de usinas termoelétricas e hidrelétricas, e a expansão de linhas de transmissão.
O programa ainda está em formulação pelo Ministério de Minas e Energia, pela Petrobrás e pela Eletrobrás. Na opinião de Resende, ainda não há necessidade de incluir as regiões Sul e Norte no racionamento de energia, cujas hidrelétricas mantêm seus reservatórios acima dos níveis de segurança.
Construção de novas usinas hidrelétricas
O Programa Emergencial de Aumento de Energia no País prevê ampliação ou construção de 20 novas hidrelétricas para aumentar a potência do País em cerca de 6.900 megawatts (MW). O programa, com investimentos de 2001 a 2003, foi anunciado pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, na audiência pública conjunta da Comissão de Infra-Estrutura do Senado e Comissão Especial Mista sobre Crise de Energia Elétrica.
Segundo Jorge, já neste ano as hidrelétricas com obras em andamento deverão acrescentar 1.116 MW à atual potência instalada. Para 2002, a previsão é de um acréscimo de cerca de 3.000 MW, e, para 2003, de outros 2.400 MW.
O programa prevê, ainda, a construção de 41 usinas termoelétricas, com capacidade total de geração de 14.000 MW. Diz o ministro que 15 dessas usinas estão com obras iniciadas e devem ampliar a geração de energia em 5.475 MW. As demais teriam capacidade máxima de geração de 8.000 MW. Ele explicou que até o final de 2003 as termoelétricas a gás colocarão no sistema um mínimo de 10.000 MW de potência a mais. As importações deverão ter um incremento de 2.770 MW até o final de 2003, com compras concentradas na Argentina e uma pequena parte proveniente do Paraguai e Uruguai. O Brasil já importa 1.050 MW da Argentina.
Está prevista a construção de 5.707 quilômetros de linhas de transmissão, além de investimentos em energia eólica, programas de co-geração e investimentos em pequenas centrais hidrelétricas com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contrato de garantia de compra da energia por parte da Petrobrás (o chamado PPA).
Nos termos do programa, que já está nas mãos do presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), ministro Pedro Parente, essas obras, viabilizadas, acrescentarão aproximadamente 16.500 MW médios à capacidade do País.
Apagões
O ministro Pedro Parente informou ainda que a Câmara pretende colocar em consulta pública um plano para uma necessidade hipotética de "apagões". Uma comissão da GCE já estuda como poderiam ser feitos os desligamentos sem prejudicar serviços essenciais. Insistindo em que o governo não espera realizar cortes generalizados, o presidente da câmara ressaltou que a apresentação de um plano permitiria uma discussão com a sociedade e, se for necessário aplicá-lo, ninguém seria pego de surpresa.
Sobre a possibilidade de decretação de um feriado - às segundas-feiras ou sextas-feiras -, o ministro José Jorge explicou que essa medida deve ser usada somente como complementação do plano de racionamento do consumo de energia. Segundo ele, se fosse adotada de forma isolada, seria necessário fazer "um semanão", porque apenas um dia por semana de corte não seria suficiente para reduzir o consumo do País em 20%.
José Jorge fez essas afirmações em resposta ao deputado Marcos Cintra (PL-SP), que perguntou se a GCE estudava a possibilidade de adotar o feriadão, e comentou que ela seria uma medida razoável, porque, segundo o deputado, evitaria distorções que um corte linear de 20% poderia provocar.
Segundo Cintra, o feriadão já foi adotado em outros países, como o Japão, e há cálculos de que os feriados poderiam propiciar uma economia de energia de 30% ao País.
O recado energético de Brasília tem o seguinte teor: ou você corta de boa vontade 20% do consumo com eletricidade em casa ou o governo é que vai cortar sua luz. O governo informou à sociedade a lista de medidas que podem ajudar o país a enfrentar a maior crise de energia de sua história. Segundo o plano, quem consome até 100 quilowatts/hora por mês (30% dos lares brasileiros) não precisa economizar nada. Acima dessa faixa, a redução é obrigatória e os que não aderirem ao pacote correm o risco de ter a luz cortada - por três dias na primeira infração, e seis dias em caso de reincidência. Para deixar claro que não está brincando, o governo impôs um tarifaço punitivo. Contas superiores a 200 quilowatts/hora por mês pagarão 50% a mais sobre o que exceder esse patamar. Haverá uma segunda sobretaxa, de 200%, para as contas acima de 500 quilowatts. Traduzindo o eletriquês, o plano do governo quer que você fique no escuro espontaneamente e ainda assim pague mais pela pouca luz a que!
terá direito.
Cortar 20% da luz equivale a abrir mão de todos os seus eletrodomésticos e lâmpadas durante quase cinco horas, todos os dias. Num mês, significa manter tudo apagado por seis dias, quase uma semana. A vantagem da proposta do governo sobre um apagão permanente de cinco horas diárias é que agora cabe a cada cidadão a tarefa de decidir como e o que vai cortar. Cada um promove o próprio apagão. E aqui é preciso prestar muita atenção: na maioria dos casos é praticamente impossível reduzir 20% da conta apenas eliminando o desperdício. Será preciso cortar na carne. Observe o quadro da página 127, que trata do gasto de energia de um apartamento de três quartos com suíte, varanda e dependências completas de empregada. Nele moram um casal, seus dois filhos e uma empregada doméstica que dorme no local.
O imóvel possui onze ambientes no total e consome 565 quilowatts hora por mês. De acordo com o programa do governo, os donos desse apartamento precisam economizar 113 quilowatts. O quadro apresenta uma forma racional de fazer isso, mas ela passa por deixar, ao menos temporariamente, o freezer desligado, entre outros eletrodomésticos.
Como todo projeto emergencial, esse foi anunciado de improviso, sem que os detalhes operacionais estivessem devidamente definidos. Um exemplo disso: para definir os 20%, o governo vai usar como base a média de consumo das pessoas no imóvel nos meses de maio, junho e julho do ano passado. E quem não morava naquela residência? Vale a despesa do morador anterior? E se o apartamento é novo? Todas essas perguntas não têm resposta no momento e serão discutidas na fase de implantação do programa. Outro tema importante: o governo tem o direito legal de punir as pessoas que não reduzirem a despesa cortando a luz? Já há advogados argumentando que o tema irá parar na Justiça.
A situação atual é a seguinte. Entre os maiores consumidores de energia, alguns se prepararam para a crise. É o caso da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), dona de uma usina termelétrica, que produz 15% da energia que consome e está aumentando a capacidade para 22%. A cervejaria Kaiser associou-se a produtores de energia para garantir o fornecimento. Investiu 12 milhões de dólares no projeto. Suas duas principais fábricas podem funcionar independentemente do sistema público de energia. A rede de supermercados Pão de Açúcar compra geradores desde 1998 e, a partir desta semana, as gôndolas serão menos iluminadas.
Outras companhias foram menos previdentes. Deixaram o tempo passar e, embora estejam apavoradas, agora enfrentam algumas barreiras, como a falta de geradores no mercado. Mais do que isso, nem há turbinas para montar termelétricas a toque de caixa. Por isso, a atitude mais sensata parece ser mesmo a economia brava. "O Brasil está no meio de uma operação de guerra", diz Roberto Hukai, consultor e professor do curso de pós-graduação em energia na Universidade de São Paulo.
O apagão no Brasil...
Três décadas no limite. Desde o começo dos anos 70, o Brasil convive com o risco de apagões. Nesses trinta anos, já foram registrados mais de cinqüenta blecautes. O mais importante foi o de 1999, quando faltou luz durante quatro horas. A falta de energia por alguns minutos no ano é normal em todo o mundo. Em média, cada casa fica até dez horas sem luz por ano no Brasil.
O apagão não é só no Brasil
Dois grandes apagões estão bem guardados na memória dos americanos. O maior aconteceu em novembro de 1965 e atingiu oito Estados da região nordeste do país, incluindo a cidade de Nova York. Cerca de 25 milhões de pessoas tiveram a luz cortada por doze horas. Surpreendidas, mais de 700.000 ficaram presas nos túneis do metrô. Por sorte, ninguém saiu ferido. A polícia não registrou incidentes graves e as manchetes do dia seguinte louvaram a capacidade dos nova-iorquinos de triunfar na adversidade. Em julho de 1977 outro blecaute atingiu Nova York. Dessa vez a história foi outra: as 25 horas em que faltou energia marcaram a cidade. Uma onda de saques irrompeu nos bairros pobres. Centenas de lojas foram depredadas e incendiadas. Mais de 4.000 pessoas acabaram na cadeia.
Diante da crise energética que estamos passando, não nos resta outra alternativa a não ser economizarmos os 20% de gastos com energia estabelecidos pelo governo ou então, correremos o risco de ficarmos totalmente no escuro. Embora tenham feito muitas críticas sobre o apagão e a racionalização da energia em nosso país, é necessário que isto aconteça, pois, devido à falta de chuva, o aumento no consumo de energia por parte da população e a falta de investimentos nas hidrelétricas depois da privatização, o nosso país está á beira de um caos.
Se não conscientizarmos de que o Brasil passa por uma forte crise energética, não será possível reverter esse quadro.
A massa populacional está revoltada, mas as reservas que temos, realmente estão escassas, não é um jogo político. Estamos próximos de eleições para presidente, isso acontecerá no próximo ano. Será que nossos governantes seriam tão imbecis de massacrar o povo justamente agora que precisam de seus votos? Acho que não. O planeta todo está em crise, os responsáveis são todos que depredam a natureza, talvez ela esteja revoltada e está devolvendo o que recebe como tratamento.
Agora só nos restam esperamos que chova e que o homem realmente repense no que tem feito até agora para que nosso planeta esteja nesta situação. Quem sabe assim evitaremos outras catástrofes muito mais graves do que um simples apagão.
No Brasil, mais de 90% da energia é produzida nas hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia. Infelizmente, este ano, a ausência de chuvas foi das maiores das últimas décadas, prejudicando a oferta de energia. Por isso, os consumidores terão uma meta a cumprir: reduzir o consumo de energia em, no mínimo, 20%.
Reservatórios se mantêm dentro do esperado
Os níveis dos reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste estão se mantendo dentro das expectativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para que o País chegue ao final de novembro com o mínimo de água que garanta segurança para a geração de energia necessária.
De acordo com documento compilado pelo operador no final do mês de maio e apresentado ontem pelo secretário de Energia do Estado de São Paulo e membro da Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGCE), Mauro Arce, durante palestra na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), a expectativa é que nesta sexta-feira (dia 8) os reservatórios do Sudeste/Nordeste ficassem em 29,2% de sua capacidade. Como os números relativos a hoje só serão consolidados no final da noite, a referência mais próxima é o resultado de ontem, quando o nível médio das represas estava em 29,46%. Levando-se em conta que nos últimos sete dias a redução diária média foi de 0,03 ponto percentual no volume de água, a meta deve ser cumprida com folga.
No Nordeste, apesar de a situação ser mais grave, em razão de haver praticamente apenas o rio São Francisco como fonte para alimentar as reservas, e este estar com seu volume de água muito abaixo da média, o nível das reservas chegou ontem a 26,70%, enquanto a estimativa ideal para hoje foi fixada pelo ONS em 26,60%.
Nos últimos sete dias, também, a média diária de redução do volume de água naquela região foi de 0,07 ponto percentual, o que indica que a meta também deve ser cumprida.
Vale observar, porém, que o nível dos reservatórios pode variar em maior ou menor proporção em razão de chuvas, evaporação natural e aumento ou redução do consumo de energia a cada dia.
Apagão é inevitável se chuva for abaixo de 75% da média
A cota de redução no consumo de energia, a ser cumprida por todos os consumidores desde 1 de junho, continua dependente de um dos fatores que causaram a crise de energia - as chuvas. A meta de redução de 20% só terá resultado para os reservatórios das usinas se chover pelo menos 75% da média entre junho e novembro. Caso contrário, os apagões serão inevitáveis.
O comportamento atípico das chuvas este ano, que ficaram bem abaixo da média histórica, frustrou o planejamento energético. Em maio, choveu apenas 71% no Sudeste e 40% no Nordeste em relação ao esperado.
A crise energética evidenciou um problema até então encarado com timidez ou indiferença pelo poder público em todos os níveis: a iminente crise da água, resultado da superexploração e falta de preocupação ambiental com os mananciais. Má distribuição da água, desmatamento, desperdício e conflitos de uso são alguns dos problemas que tornam a escassez de água, não mais uma preocupação de ambientalistas e técnicos alarmistas, mas reconhecida até pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seu pronunciamento sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, ele alertou sobre a necessidade de preservação das fontes naturais.
Essa situação é resultado de um padrão de desenvolvimento sem planejamento, que consome muita água e energia e não protege os mananciais. A distribuição dos recursos hídricos no país maximiza o problema, já que 68% da água brasileira está na região Norte, onde vive apenas 7% da população. Ao contrário, as regiões Sudeste e Nordeste concentram 43% e 29% da população, respectivamente, mas contam com somente 7% (SE) e 3% (NE) da disponibilidade hídrica.
A produção de água é uma das funções das florestas, mas 70% da população brasileira vive no Domínio da Mata Atlântica, cuja vegetação foi reduzida pelo desmatamento a menos de 8% da cobertura original. Por isso, a fonte está secando e as medidas conservacionistas são urgentes.
Além de manter as águas subterrâneas (lençol freático), a vegetação serve para proteger os corpos d´água, através das matas ciliares - faixa de mata de, no mínimo, 30 metros de cada lado dos rios, determinada pela lei.
Elas formam uma barreira física, que filtra a água, impedindo a chegada de sedimentos e agrotóxicos. Além disso, colaboram para a manutenção da temperatura da água e conseqüentemente para a manutenção da vida aquática.
Considerada uma das três bacias brasileiras em situação mais crítica - junto com as dos rios Paraíba do Sul e São Francisco-, a Bacia do Piracicaba, na região de Campinas, em São Paulo, teve seu crescimento econômico ligado justamente à abundância hídrica. O resultado é uma população de cerca de 4 milhões de pessoas, irrigação, indústrias que usam muita água como insumo (cervejarias, refinarias etc.), poluição por esgotos, além da perda de um terço de sua água, que é bombeada para o Sistema Cantareira, para abastecer mais 3 milhões de pessoas na Grande São Paulo. A conseqüência é o risco, a curto prazo, de racionamento de água na região.
Energia a gás
Substituir equipamentos industriais movidos a energia elétrica por outros a gás natural é a saída mais rápida neste momento de crise. E pode ser um bom negócio. A Brasilamarras, do Rio, fabricante de correntes para navios, passou seu forno de elétrico para gás. A conversão é recente e não permite cálculos, mas o professor do Programa de Energia da USP, Edmilson Moutinho dos Santos, diz que a transformação de equipamentos elétricos dá uma economia à indústria de até 15%.
A Ultragaz teve um aumento de 100% nas consultas nos últimos 60 dias apenas do setor de construção civil, interessado em projetos de aquecimento a gás, diz Alexandre Branco Callero, gerente comercial. Uma missão do governo argentino se encontrou com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, para dizer que o país pode vender 650 MW além dos 2 mil MW contratados.
Plano de racionamento ameaça cerca de 180.000 empregos
Depois da paralisação das linhas de produção, o corte de vagas é visto como o segundo efeito mais drástico e provável da crise energética. Uma entre cada cinco grandes indústrias do país deverá demitir pessoal por causa do plano de racionamento. E mais de 65% decidiram reduzir ou abandonar os projetos de investimentos, segundo pesquisas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Ainda conforme a pesquisa, mais de 40% das pequenas e micro empresas acham que há alto risco de dispensa, contra 19,5% das grandes empresas - com mais de 500 empregados. O levantamento ouviu 401 indústrias nos dias 24 e 25 de maio.
A instabilidade no setor foi confirmada também pelo presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), Joseph Couri. Segundo ele, a crise ameaça o emprego de 180.000 trabalhadores, ou 20% dos 912.000 funcionários do setor.
Para reduzir o risco de desemprego no setor, o Simpi entregou para o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, uma pauta de reivindicações que será levada para a Câmara de Gestão da Crise de Energia, o chamado ministério do apagão, em Brasília (DF). As reivindicações incluem a isenção tributária para compra de geradores nacionais e importados e a abertura de uma linha de crédito para financiamento da compra.
Fernando Henrique Cardoso afirma que 'se não chover o país vai parar'
"Se não chover, o país vai parar." A frase dita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso resume a situação da crise energética no país. FHC admitiu ainda que o governo brasileiro deveria ter percebido a escassez de energia antes de chegar à atual situação. "Deveríamos ter sido alertados e também alertado antes à população. É realmente injustificável. Por enquanto, a crise é temporária, mas se não chover no ano que vem, não saberemos o que fazer", disse ao Jornal do Brasil.
"E não vamos pensar que poderemos resolver o problema com as termoelétricas porque nosso sistema é basicamente hidrológico."
O presidente anunciou que está pensando em reeditar a medida provisória que cria a Câmara da Gestão da Crise Energética para não prejudicar os consumidores. Na tentativa de reverter o mal-estar criado pela medida, ele determinou à Advocacia Geral da União que convoque entidades de defesa do consumidor para corrigir decisões que tenham aparecido "como se fossem ferir o Código".
"Apesar de haver um apoio grande da população, há um certo mal-estar em relação ao Código de Defesa do Consumidor. É importante que os consumidores não sejam prejudicados", declarou o presidente.
A medida provisória do racionamento foi duramente criticada pelo judiciário e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob a alegação de que é inconstitucional. "Talvez as medidas não tenham sido bem explicadas, bem compreendidas ou talvez elas não sejam razoáveis", admitiu o presidente.
Enquanto isso, o governo continua estudando uma maneira de fazer com que a cobrança da sobretaxa na conta de luz se torne permanente. De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, David Zylbersztajn, quem consome mais energia deve pagar mais. "Podemos estudar uma tarifa mais cara para quem utiliza mais energia", afirmou Zylbersztajn, que integra o chamado Ministério do Apagão.
Racionamento pode durar até maio de 2002
A Câmara de Gestão da Crise Energia (CGCE) analisa a extensão do plano de racionamento de eletricidade até maio de 2002, para permitir a plena recomposição dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A proposta, que já foi considerada pelo presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, foi defendida pelo deputado Eliseu Resende (PFL-MG) frente ao presidente da CGCE, Pedro Parente. "O próprio governo está entendendo que o racionamento deve durar um ano.
Tanto que não fixou prazo", afirmou.
"Pedro Parente, com razão, não quis definir uma data final, mas tudo indica que o racionamento terá de abranger o período das chuvas e terminar só em abril ou em maio do ano que vem", completou Resende, ex-ministro dos Transportes e da Fazenda, ao deixar o Palácio do Planalto. Em princípio, a CGCE manteria o plano de racionamento de 1º de junho ao final de novembro, quando começa o período de chuvas na maior parte do País.
A decisão, entretanto, levará em conta a redução de consumo verificada nos cinco meses e também o início da geração de novas usinas. Rezende, por sua vez, defende que o racionamento seja suspenso somente no final do período de chuvas, depois de comprovada a produção adicional de energia. O deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) acrescentou que as restrições ao consumo podem apenas ser aliviadas quando as chuvas começarem.
"Mesmo que comece a chover intensamente, a redução do consumo tem de continuar, para podermos passar pelo próximo período de estiagem", declarou o Resende. "Somente o racionamento por um ano permitiria a recuperação dos níveis dos reservatórios.
" O ex-ministro foi informado por Parente que o governo deverá anunciar, dentro de dois meses, o programa de elevação da oferta de energia. Esse plano inclui obras de instalação de usinas termoelétricas e hidrelétricas, e a expansão de linhas de transmissão.
O programa ainda está em formulação pelo Ministério de Minas e Energia, pela Petrobrás e pela Eletrobrás. Na opinião de Resende, ainda não há necessidade de incluir as regiões Sul e Norte no racionamento de energia, cujas hidrelétricas mantêm seus reservatórios acima dos níveis de segurança.
Construção de novas usinas hidrelétricas
O Programa Emergencial de Aumento de Energia no País prevê ampliação ou construção de 20 novas hidrelétricas para aumentar a potência do País em cerca de 6.900 megawatts (MW). O programa, com investimentos de 2001 a 2003, foi anunciado pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, na audiência pública conjunta da Comissão de Infra-Estrutura do Senado e Comissão Especial Mista sobre Crise de Energia Elétrica.
Segundo Jorge, já neste ano as hidrelétricas com obras em andamento deverão acrescentar 1.116 MW à atual potência instalada. Para 2002, a previsão é de um acréscimo de cerca de 3.000 MW, e, para 2003, de outros 2.400 MW.
O programa prevê, ainda, a construção de 41 usinas termoelétricas, com capacidade total de geração de 14.000 MW. Diz o ministro que 15 dessas usinas estão com obras iniciadas e devem ampliar a geração de energia em 5.475 MW. As demais teriam capacidade máxima de geração de 8.000 MW. Ele explicou que até o final de 2003 as termoelétricas a gás colocarão no sistema um mínimo de 10.000 MW de potência a mais. As importações deverão ter um incremento de 2.770 MW até o final de 2003, com compras concentradas na Argentina e uma pequena parte proveniente do Paraguai e Uruguai. O Brasil já importa 1.050 MW da Argentina.
Está prevista a construção de 5.707 quilômetros de linhas de transmissão, além de investimentos em energia eólica, programas de co-geração e investimentos em pequenas centrais hidrelétricas com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contrato de garantia de compra da energia por parte da Petrobrás (o chamado PPA).
Nos termos do programa, que já está nas mãos do presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), ministro Pedro Parente, essas obras, viabilizadas, acrescentarão aproximadamente 16.500 MW médios à capacidade do País.
Apagões
O ministro Pedro Parente informou ainda que a Câmara pretende colocar em consulta pública um plano para uma necessidade hipotética de "apagões". Uma comissão da GCE já estuda como poderiam ser feitos os desligamentos sem prejudicar serviços essenciais. Insistindo em que o governo não espera realizar cortes generalizados, o presidente da câmara ressaltou que a apresentação de um plano permitiria uma discussão com a sociedade e, se for necessário aplicá-lo, ninguém seria pego de surpresa.
Sobre a possibilidade de decretação de um feriado - às segundas-feiras ou sextas-feiras -, o ministro José Jorge explicou que essa medida deve ser usada somente como complementação do plano de racionamento do consumo de energia. Segundo ele, se fosse adotada de forma isolada, seria necessário fazer "um semanão", porque apenas um dia por semana de corte não seria suficiente para reduzir o consumo do País em 20%.
José Jorge fez essas afirmações em resposta ao deputado Marcos Cintra (PL-SP), que perguntou se a GCE estudava a possibilidade de adotar o feriadão, e comentou que ela seria uma medida razoável, porque, segundo o deputado, evitaria distorções que um corte linear de 20% poderia provocar.
Segundo Cintra, o feriadão já foi adotado em outros países, como o Japão, e há cálculos de que os feriados poderiam propiciar uma economia de energia de 30% ao País.
O recado energético de Brasília tem o seguinte teor: ou você corta de boa vontade 20% do consumo com eletricidade em casa ou o governo é que vai cortar sua luz. O governo informou à sociedade a lista de medidas que podem ajudar o país a enfrentar a maior crise de energia de sua história. Segundo o plano, quem consome até 100 quilowatts/hora por mês (30% dos lares brasileiros) não precisa economizar nada. Acima dessa faixa, a redução é obrigatória e os que não aderirem ao pacote correm o risco de ter a luz cortada - por três dias na primeira infração, e seis dias em caso de reincidência. Para deixar claro que não está brincando, o governo impôs um tarifaço punitivo. Contas superiores a 200 quilowatts/hora por mês pagarão 50% a mais sobre o que exceder esse patamar. Haverá uma segunda sobretaxa, de 200%, para as contas acima de 500 quilowatts. Traduzindo o eletriquês, o plano do governo quer que você fique no escuro espontaneamente e ainda assim pague mais pela pouca luz a que!
terá direito.
Cortar 20% da luz equivale a abrir mão de todos os seus eletrodomésticos e lâmpadas durante quase cinco horas, todos os dias. Num mês, significa manter tudo apagado por seis dias, quase uma semana. A vantagem da proposta do governo sobre um apagão permanente de cinco horas diárias é que agora cabe a cada cidadão a tarefa de decidir como e o que vai cortar. Cada um promove o próprio apagão. E aqui é preciso prestar muita atenção: na maioria dos casos é praticamente impossível reduzir 20% da conta apenas eliminando o desperdício. Será preciso cortar na carne. Observe o quadro da página 127, que trata do gasto de energia de um apartamento de três quartos com suíte, varanda e dependências completas de empregada. Nele moram um casal, seus dois filhos e uma empregada doméstica que dorme no local.
O imóvel possui onze ambientes no total e consome 565 quilowatts hora por mês. De acordo com o programa do governo, os donos desse apartamento precisam economizar 113 quilowatts. O quadro apresenta uma forma racional de fazer isso, mas ela passa por deixar, ao menos temporariamente, o freezer desligado, entre outros eletrodomésticos.
Como todo projeto emergencial, esse foi anunciado de improviso, sem que os detalhes operacionais estivessem devidamente definidos. Um exemplo disso: para definir os 20%, o governo vai usar como base a média de consumo das pessoas no imóvel nos meses de maio, junho e julho do ano passado. E quem não morava naquela residência? Vale a despesa do morador anterior? E se o apartamento é novo? Todas essas perguntas não têm resposta no momento e serão discutidas na fase de implantação do programa. Outro tema importante: o governo tem o direito legal de punir as pessoas que não reduzirem a despesa cortando a luz? Já há advogados argumentando que o tema irá parar na Justiça.
A situação atual é a seguinte. Entre os maiores consumidores de energia, alguns se prepararam para a crise. É o caso da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), dona de uma usina termelétrica, que produz 15% da energia que consome e está aumentando a capacidade para 22%. A cervejaria Kaiser associou-se a produtores de energia para garantir o fornecimento. Investiu 12 milhões de dólares no projeto. Suas duas principais fábricas podem funcionar independentemente do sistema público de energia. A rede de supermercados Pão de Açúcar compra geradores desde 1998 e, a partir desta semana, as gôndolas serão menos iluminadas.
Outras companhias foram menos previdentes. Deixaram o tempo passar e, embora estejam apavoradas, agora enfrentam algumas barreiras, como a falta de geradores no mercado. Mais do que isso, nem há turbinas para montar termelétricas a toque de caixa. Por isso, a atitude mais sensata parece ser mesmo a economia brava. "O Brasil está no meio de uma operação de guerra", diz Roberto Hukai, consultor e professor do curso de pós-graduação em energia na Universidade de São Paulo.
O apagão no Brasil...
Três décadas no limite. Desde o começo dos anos 70, o Brasil convive com o risco de apagões. Nesses trinta anos, já foram registrados mais de cinqüenta blecautes. O mais importante foi o de 1999, quando faltou luz durante quatro horas. A falta de energia por alguns minutos no ano é normal em todo o mundo. Em média, cada casa fica até dez horas sem luz por ano no Brasil.
O apagão não é só no Brasil
Dois grandes apagões estão bem guardados na memória dos americanos. O maior aconteceu em novembro de 1965 e atingiu oito Estados da região nordeste do país, incluindo a cidade de Nova York. Cerca de 25 milhões de pessoas tiveram a luz cortada por doze horas. Surpreendidas, mais de 700.000 ficaram presas nos túneis do metrô. Por sorte, ninguém saiu ferido. A polícia não registrou incidentes graves e as manchetes do dia seguinte louvaram a capacidade dos nova-iorquinos de triunfar na adversidade. Em julho de 1977 outro blecaute atingiu Nova York. Dessa vez a história foi outra: as 25 horas em que faltou energia marcaram a cidade. Uma onda de saques irrompeu nos bairros pobres. Centenas de lojas foram depredadas e incendiadas. Mais de 4.000 pessoas acabaram na cadeia.
Diante da crise energética que estamos passando, não nos resta outra alternativa a não ser economizarmos os 20% de gastos com energia estabelecidos pelo governo ou então, correremos o risco de ficarmos totalmente no escuro. Embora tenham feito muitas críticas sobre o apagão e a racionalização da energia em nosso país, é necessário que isto aconteça, pois, devido à falta de chuva, o aumento no consumo de energia por parte da população e a falta de investimentos nas hidrelétricas depois da privatização, o nosso país está á beira de um caos.
Se não conscientizarmos de que o Brasil passa por uma forte crise energética, não será possível reverter esse quadro.
A massa populacional está revoltada, mas as reservas que temos, realmente estão escassas, não é um jogo político. Estamos próximos de eleições para presidente, isso acontecerá no próximo ano. Será que nossos governantes seriam tão imbecis de massacrar o povo justamente agora que precisam de seus votos? Acho que não. O planeta todo está em crise, os responsáveis são todos que depredam a natureza, talvez ela esteja revoltada e está devolvendo o que recebe como tratamento.
Agora só nos restam esperamos que chova e que o homem realmente repense no que tem feito até agora para que nosso planeta esteja nesta situação. Quem sabe assim evitaremos outras catástrofes muito mais graves do que um simples apagão.
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