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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reino Unido

A Grã-Bretanha já foi descrita como uma grande e orgulhosa nave, empenhada historicamente em distanciar-se da Europa. Na realidade, apesar de seu "esplêndido isolamento", o Reino Unido sempre esteve estreitamente ligado aos destinos do continente, o que não o impediu de cimentar sua grandeza num imenso império colonial e no domínio de todos os mares. Maior potência mundial no século XIX, conservou posteriormente seu orgulho e parte de seu esplendor, embora já não se possa dizer que "quando há névoa no canal, o continente fica isolado".
O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte é constituído pela maior ilha da Europa, a Grã-Bretanha -- situada no oceano Atlântico, diante da costa noroeste do continente -- e pela Irlanda do Norte, parte da ilha da Irlanda, além de várias ilhas e arquipélagos próximos. Com uma superfície de 244.110km2, o Reino Unido estende-se na direção norte-sul entre 40°e 61°de latitude norte. De forma irregular, a Grã-Bretanha apresenta costas muito recortadas, com profundos estuários, que na parte noroeste formam autênticos fiordes, de escavação glacial. A Grã-Bretanha está separada do continente europeu pelo canal da Mancha, ao sul, e pelo mar do Norte, a leste, que confluem no estreito de Dover ou passo de Calais, que tem somente trinta quilômetros de largura.
Entre a Grã-Bretanha e a Irlanda acha-se o mar da Irlanda; ante as costas escocesas, erguem-se, a oeste, as ilhas Hébridas (Outer e Inner Hebrides) e, ao norte, as Órcadas (Orkneys) e Shetland, pertencentes à Escócia.
A Grã-Bretanha é integrada por três países historicamente diferençados: a Escócia, que ocupa 78.783km2, no norte; o País de Gales, de 20.768km2, no oeste; e a Inglaterra, de 130.439km2, na parte central, oriental e meridional da ilha. Estão ainda unidas à coroa britânica a ilha de Man, no mar da Irlanda, e as ilhas Normandas, situadas junto à costa francesa.
A Irlanda do Norte, ou Ulster, com 14.120km2, é formada por seis condados irlandeses que, em 1921, ao se efetuar a divisão da ilha, permaneceram integrados ao Reino Unido. Situa-se no extremo nordeste da Irlanda, ou Eire, diante das costas escocesas, das quais é separada pelo canal do Norte.
No fim do século XX, o Reino Unido mantinha diversas dependências em todo o mundo: na Europa, Gibraltar (reclamada pela Espanha); na Ásia, Hong Kong (cuja cessão à China se realizaria, por acordo, em 1997); nas Antilhas, Anguilla, Bermudas, Montserrat, ilhas Virgens, ilhas Cayman e ilhas Turcas e Caicos; no Atlântico sul, ilhas Falkland (ou Malvinas, reclamadas pela Argentina) e ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha; no oceano Índico, o arquipélago de Chagos; e na Oceania, a ilha de Pitcairn. O país reclamava ainda soberania sobre uma parte da Antártica disputada pela Argentina e pelo Chile.
Geografia física
Geologia e relevo
Somente as partes norte e oeste da Grã-Bretanha podem ser consideradas montanhosas; ainda assim, trata-se de maciços muito antigos, cujas formas arredondadas e aplainadas poucas vezes alcançaram mil metros de altura. O Ben Nevis, o pico mais alto do Reino Unido, situa-se no oeste da Escócia e tem 1.343m. Na Escócia, uma faixa de planícies (lowlands), em que se concentra a população, é dominada pelos planaltos (highlands), no norte, um maciço antigo escavado pelas geleiras quaternárias e cortado em dois pela profunda fenda de Glen More, que se estende de mar a mar na direção sudoeste-nordeste.
Ao sul de Glen More, os planaltos culminam nos montes Grampianos, que descem bruscamente em direção às planícies. Estas constituem o fundo de uma fossa tectônica pela qual o mar penetra profundamente, formando os estuários do Clyde (Firth of Clyde), a oeste, e o do Forth (Firth of Forth), a leste. Ao sul das planícies erguem-se os altiplanos do sul (southern uplands), que tradicionalmente separam a Escócia da Inglaterra.
A Inglaterra, em sua maior parte, é constituída de planícies. No norte, estende-se desde as fronteiras da Escócia a cadeia Penina e, no extremo noroeste, encontra-se o maciço de Cumberland que, submetido à ação das geleiras quaternárias, constitui a chamada área dos lagos (Lake District), e culmina no monte Scafell, com 978m. O extremo sudoeste da Inglaterra é uma região de colinas, que fazem ondular a península da Cornualha.
Onde os velhos maciços ou camadas das lowlands em saliência chegam diretamente ao litoral, erguem-se costas escarpadas, como as da Cornualha e as famosas "falésias brancas de Dover" (white cliffs of Dover). A fusão dos gelos, posterior à última glaciação, fez subir o nível do mar e afogou os baixos vales, dando origem a rias, como nos estuários do Tâmisa e do Severn (ou canal de Bristol). A costa oeste da Grã-Bretanha é muito mais recortada que a oriental; seus movimentados portos, no entanto, são protegidos dos ventos e tempestades vindos do Atlântico pelas reentrâncias do litoral, por golfos (como o mar da Irlanda) e por anteparos de ilhas, como a Irlanda, as Hébridas e a ilha de Man.
No oeste da Grã-Bretanha, o País de Gales é uma região de montanhas e colinas banhada pelo mar a oeste, norte e sul, e que se limita a leste com a planície inglesa. O monte Snowdon (1.085m) constitui seu ponto culminante.
A Irlanda do Norte, diante da costa da Escócia, apresenta uma estrutura geológica semelhante. Sua planície central estende-se em torno do Lough Neagh, o maior lago do Reino Unido, e é um prolongamento das planícies da Escócia.
Clima
A característica dominante do clima no Reino Unido é sua grande dependência do oceano Atlântico. A corrente do Golfo leva enormes quantidades de água temperada tropical proveniente do golfo do México para as costas do oeste da Europa, que são assim beneficiadas por sua enorme contribuição calorífica. Os ventos dominantes do oeste acumulam sobre as ilhas Britânicas massas de ar temperado e úmido, que produzem chuvas abundantes nas encostas ocidentais das montanhas.
Embora as precipitações pluviais diminuam à medida que se avança para o sul e para o leste, até totalizarem pouco mais de 500mm sobre o estuário do Tâmisa, a atmosfera permanece úmida e brumosa na maior parte do ano. As chuvas distribuem-se por todas as estações, e a instabilidade atmosférica é constante. As temperaturas variam pouco ao longo do ano. Devido à influência oceânica, as médias oscilam, no inverno, entre 4°e 6°C, no norte e, no verão, entre 12°e 17°C no sul.
Embora no inverno caiam nevadas, em geral estas só apresentam certa importância nos planaltos da Escócia e nas maiores elevações. Nas planícies do sudeste, as temperaturas de verão permitem o cultivo de trigo, e as costas do canal desfrutam de clima relativamente ensolarado. Nas diversas partes das ilhas, os dias de nevoeiro variam entre 5 e 55 por ano. O outrora famoso fog londrino, que misturado à fumaça das fábricas constituía o smog, diminuiu muito, em decorrência das rigorosas medidas antipoluição.
Hidrografia
Os rios britânicos são curtos, mas por causa do clima úmido relativamente volumosos, com moderadas enchentes de outono-inverno. Os maiores ocorrem nas baixas do sul: o Severn (290km) e o Tâmisa (338km) são os mais longos. O primeiro desemboca no interior do profundo canal de Bristol, aberto ao Atlântico, e o segundo abre-se em amplo estuário ao desembocar no mar do Norte. Outros rios dignos de nota são o Ouse, o Trent, o Tyne. Na Irlanda do Norte, o Bann e o Mourne. O relevo moderado e as grandes descargas facilitaram a abertura de canais que interligam os rios.
Em sua maioria, os rios são de escasso desnível, e muitos deles navegáveis em grande parte de seu curso. A larga plataforma continental provoca acentuadas correntes de maré, que limpam naturalmente os estuários, facilitando o acesso aos portos. Somente no Wash, na costa leste, ocorreu apreciável assoreamento, que permitiu a instalação de pôlderes na região de Fens. Os lagos são mais numerosos nos velhos maciços e originaram-se em vales de geleiras. Na Escócia, onde são chamados lochs, há muitos deles, de forma alongada. O maior, porém, o Lough Neagh, fica na Irlanda do Norte.
Flora e fauna
A vegetação natural das ilhas Britânicas, formada principalmente por florestas de árvores caducifólias, com predominância de carvalhos, faias, freixos e olmos, reduziu-se, em grande parte, como conseqüência da exploração agropecuária. Assim, apenas uma pequena porção do território britânico é ocupada por reservas florestais, sobretudo no norte e no leste da Escócia e no sudeste da Inglaterra. Nos planaltos do norte, os solos são pobres e finos, e nos moors ou terras turfosas crescem e florescem urzes, gramíneas e tojos.
A fauna do Reino Unido, similar à do continente europeu, conquanto bem mais pobre em espécies, é protegida por leis severas, que regulamentam a caça. Ainda assim, restam-lhe poucas espécies de mamíferos, como os cervos (que só existem ainda na Escócia), lobos, raposas e coelhos.
População
O Reino Unido é um dos países mais densamente povoados do mundo. Nos século XVII e XVIII, a população britânica experimentou um crescimento contínuo, por se atenuarem as epidemias, por manter-se alta a taxa de natalidade da sociedade tradicional e ainda por cair a taxa de mortalidade após a adoção de modernas técnicas de higiene. A revolução industrial -- e agrícola -- do século XVIII permitiu a alimentação adequada da crescente população, de modo que se deu no país, pela primeira vez, o fenômeno da explosão demográfica que caracterizou a transição de algumas sociedades para a modernidade.
No começo do século XX ainda se mantinham no Reino Unido taxas de natalidade relativamente altas (média de 1900-1917: 27 por mil), enquanto as de mortalidade haviam caído para menos de 16 por mil, então entre as mais baixas do mundo. A partir da primeira guerra mundial, contudo, a taxa de natalidade baixou drasticamente -- e mais ainda na década de 1930.
Pouco antes da segunda guerra mundial produziu-se uma elevação, mas em meados da década de 1960 começou a cair de novo, até ao ponto de, no começo da década de 1990, a taxa de natalidade aproximar-se bastante da taxa de mortalidade, que se mantinha quase constantemente por volta de 12 por mil. A expectativa de vida ao nascer, de 74 anos em média no início dessa década, era uma das mais altas do mundo. A população britânica, no final do século XX, era fundamentalmente madura, ou seja, os grupos de idades médias eram os mais numerosos.
Movimentos migratórios
Durante muitas gerações o Reino Unido foi um importante país e emigração. A partir do início do século XX, vários milhões de britânicos emigraram para os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, principalmente, num movimento migratório contínuo. Entretanto, desde a década de 1930 ganhou força uma corrente imigratória para o Reino Unido, integrada principalmente por britânicos que regressavam dos domínios e colônias, mas também por europeus procedentes da Europa central, Itália, Irlanda e outros países.
Nos últimos anos da década de 1950 e primeiros da de 1960 produziu-se uma entrada considerável de imigrantes de cor, procedentes das Índias Ocidentais, Paquistão, Índia e outros países, que foi sentida como uma verdadeira "invasão" por parte de muitos britânicos. Como resultado aprovaram-se leis fortemente restritivas da imigração. Apesar disso, nas últimas décadas do século os negros e mestiços constituíam uma minoria importante nas grandes cidades, onde freqüentemente desempenhavam trabalhos recusados pela população autóctone. O fenômeno deu origem a focos de racismo e conflitos raciais.
As migrações internas, no Reino Unido, não são de grande envergadura. Ao longo de muitas décadas, porém, tem-se desenrolado uma característica corrente populacional no sentido norte-sul. No sul da Inglaterra são mais abundantes as indústrias de criação recente, dinâmicas, com oferta de empregos mais qualificados, assim como as oportunidades no setor terciário, o que motiva ininterrupto deslocamento da população em idade de trabalho, sobretudo na área da Grande Londres, o que aumenta paulatinamente seu peso populacional em relação ao conjunto do Reino Unido.
Ao mesmo tempo, boa parte da população aposentada deseja passar seus últimos anos em climas mais favoráveis, de maneira que se agrupa nas estações balneárias do canal da Mancha, como Brighton, e em boa parte procura países europeus mais ensolarados, como a Espanha, França ou Itália.
Línguas
Mais de um quarto da população de Gales pode expressar-se em galês, língua céltica majoritária nas áreas rurais. Outros idiomas célticos que sobrevivem, mas já em fase de desaparecimento, são o manquês (manx), falado por poucas pessoas na ilha de Man, e o gaélico escocês, que se refugiou nas ilhas mais afastadas. Também se perdeu quase totalmente o gaélico antigamente usado no norte da Irlanda.
O idioma inglês tem suas raízes nos dialetos germânicos utilizados por anglos, saxões e outros povos que invadiram a ilha no século V. Depois da conquista normanda desenvolveu-se na Inglaterra uma linguagem de estrutura anglo-saxônica e vocabulário em grande parte francês, já que este último idioma era falado pelos conquistadores normandos, convertidos em classe dominante. Dessa superposição provém o inglês moderno, que com o tempo se estendeu não só pelas ilhas Britânicas como pelas diversas dependências e colônias, inclusive como segunda língua fora da esfera cultural anglo-saxônica, até chegar a ser o idioma mais difundido no mundo.
Distribuição geográfica da população.
A população britânica é uma das mais urbanizadas do mundo. Mais de 90% dos britânicos habitam em cidades e, dos 10% que vivem nos núcleos considerados rurais, mais da metade trabalha também nas cidades. O fenômeno do êxodo rural no Reino Unido alcançou sua máxima intensidade ao longo do século XIX.
Boa parte do território britânico é pouco povoada: os planaltos da Escócia e as zonas montanhosas do norte da Inglaterra e de Gales contam-se entre as escassas áreas despovoadas da Europa ocidental. Pelo contrário, a população concentra-se em grandes aglomerados urbanos. A maioria dos habitantes da Escócia vive no vale central, na área de Glasgow e na vizinha Edimburgo. Dois terços da população galesa residem na bacia carbonífera e no vale de Glamorgan, em menos da décima parte da superfície. Quase a metade da população da Inglaterra habita nas aglomerações de Londres, Manchester, Leeds, Birmingham, Liverpool e Newcastle. Belfast concentra boa parte da população da Irlanda do Norte.
Uma eficaz política de ordenação territorial, posta em prática desde o fim da segunda guerra mundial, impôs o descongestionamento dos superpovoados centros urbanos e fez deslocar parte da população para cidades-satélites de criação recente ou para centros urbanos menores e preexistentes na periferia das grandes cidades. Por isso, a maior parte das grandes cidades aparentemente perdeu população nos últimos decênios, embora as grandes áreas urbanizadas se tenham estendido ainda mais.

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