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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Países Industrializados Subdesenvolvidos


A expansão industrial dos países emergentes
Desde o início do século XIX as indústrias se concentravam em países como Japão, Estados Unidos, Canadá e, principalmente, nas nações europeias, em especial Reino Unido, Alemanha, Itália, Bélgica e França. Entretanto, a partir de 1950, o processo de industrialização ocorreu em diversos países do mundo.
Os países que realizaram o processo de industrialização após a década de 1950 são conhecidos por diferentes classificações: Países Subdesenvolvidos Industrializados, Novos Países Industrializados (NIPs), Economias Emergentes. Outro aspecto em comum entre essas nações é a dependência de tecnologia dos países desenvolvidos.
O processo de globalização foi o principal responsável pela descentralização das indústrias, onde foi proporcionado todo o aparato tecnológico para a difusão das empresas transnacionais. Nesse sentido, as empresas com sede nos países desenvolvidos, visando expandir seu mercado consumidor e obter maior lucratividade, passaram a instalar filiais em países subdesenvolvidos. Ao instalar filiais nesses países, as transnacionais se beneficiam com mão de obra barata, incentivos fiscais, abundância de matérias primas, doação de terrenos, etc. Por outro lado, os países subdesenvolvidos aumentam a geração de emprego e se industrializam.
Outro elemento importante para a industrialização dos países subdesenvolvidos foi a necessidade de reduzir as importações, ou seja, produzir para abastecer o mercado interno. Esse processo impulsionou a industrialização dos países latino-americanos, como, por exemplo, o Brasil, a Argentina e o México. Posteriormente, essas nações iniciaram o processo de internacionalização do mercado, recebendo, portanto, filiais de empresas transnacionais.
Durante a década de 1960, o processo de industrialização nos países emergentes se intensificou, destacando no cenário mundial os “Tigres Asiáticos” (Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura). Com exceção da Coreia do Sul, os outros “Tigres” receberam várias filiais de transnacionais, sendo proporcionadas vantagens para sua instalação.
A partir da década de 1980, países emergentes como a Malásia, Tailândia, Indonésia, China, Índia, Filipinas, entre outros, obtiveram elevados padrões de industrialização. Esse processo também ocorreu de forma significativa nas nações da América Latina.
Atualmente, existem empresas transnacionais que possuem matriz em países emergentes, como, por exemplo, as brasileiras Petrobras, Vale do Rio Doce, Perdigão e Sadia.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Países mais populosos do mundo


Indianos, o segundo maior contingente populacional do planeta
De acordo com dados divulgados em 2009, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o planeta Terra possui 6,8 bilhões de habitantes. Essa população está distribuída de forma muito desigual, visto que 4,1 bilhões de pessoas residem no continente asiático, correspondendo a 60,3% da população mundial.
Portanto, ao analisarmos o contingente populacional dos países, notaremos que as nações asiáticas são maioria entre as mais habitadas do planeta. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 30 países mais populosos do mundo na atualidade (2010) são:
1° China: 1.345.750.973 habitantes.
2° Índia: 1.198.003.272 habitantes.
3° Estados Unidos: 314.658.780 habitantes.
4° Indonésia: 229.964.723 habitantes.
5° Brasil: 193.733.795 habitantes.
6° Paquistão: 180.808.096 habitantes.
7° Bangladesh: 162.220.762 habitantes.
8° Nigéria: 154.728.892 habitantes.
9° Rússia: 140.873.647 habitantes.
10° Japão: 127.156.225 habitantes.
11° México: 109.610.036 habitantes.
12° Filipinas: 91.983.102 habitantes.
13° Vietnã: 88.068.900 habitantes.
14° Egito: 82.999.393 habitantes.
15° Etiópia: 82.824.732 habitantes.
16° Alemanha: 82.166.671 habitantes.
17° Turquia: 74.815.703 habitantes.
18° Irã: 74.195.741 habitantes.
19° Tailândia: 67.764.033 habitantes.
20° República Democrática do Congo: 66.020.365 habitantes.
21° França: 62.342.668 habitantes.
22° Reino Unido: 61.565.422 habitantes.
23° Itália: 59.870.123 habitantes.
24° África do Sul: 50.109.820 habitantes.
25° Mianmar: 50.019.775 habitantes.
26° Coreia do Sul: 48.332.820 habitantes.
27° Ucrânia: 45.708.081 habitantes.
28° Colômbia: 45.659.709 habitantes.
29° Espanha: 44.903.659 habitantes.
30° Sudão: 42.272.435 habitantes.
 

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Pan-africanismo


Emblema que promove a raça negra (Eu amo pessoas negras).
Pan-africanismo é o nome dado a uma ideologia que acredita que a união dos povos de todos os países do continente africano na luta contra o preconceito racial e os problemas sociais é uma alternativa para tentar resolvê-los.

A partir dessa ideologia foi criada a Organização de Unidade Africana (1963), que tem sido divulgada e apoiada, majoritariamente, por afrodescendentes que vivem fora da África.

Dentre as propostas da ideologia está a estruturação social do continente por meio de um remanejamento étnico na África, unindo grupos separados e separando grupos rivais, por exemplo, tendo em vista que isso aconteceu pela divisão continental imposta pelos colonizadores europeus. Além do resgate de práticas religiosas, como culto aos ancestrais e incentivo ao uso de línguas nativas, anteriormente proibidos pelos colonizadores.

Na realidade, o pan-africanismo é um movimento de caráter social, filosófico e político, que visa promover a defesa dos direitos do povo africano, constituindo um único Estado soberano para africanos que vivem ou não na África.

Os principais idealizadores da teoria pan-africanista foram Edward Burghardt Du Bois e Marcus Musiah Garvey.
No ano de 2002 instituiu-se de maneira oficial a União Africana em substituição à Organização da Unidade Africana. No ano seguinte, a união tomou iniciativas agressivas em relação a possíveis soluções para as crises da região, além de incentivar a integração entre os países.

O objetivo da União Africana é implantar um continente livre para a circulação de pessoas, um Parlamento continental, um tribunal pan-africano e um Banco Central, para que no futuro possa circular uma moeda única, intenções pautadas nos moldes da União Europeia.

O fortalecimento da África no século XXI requer um enorme esforço, tendo em vista que o continente é assolado pela pobreza, miséria, guerras, doenças, corrupção. Portanto, erguer esse continente é um grande desafio e por isso o agrupamento dos países pode trazer resultados positivos.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Pangéia


Configuração da Pangéia.

No início do século XX, o meteorologista alemão Alfred Wegener levantou uma hipótese que criou uma grande polêmica entre a classe científica da época. Segundo ele, há aproximadamente 200 milhões de anos, os continentes não tinham a configuração atual, pois existia somente uma massa continental, ou seja, não estavam separadas as Américas da África e da Oceania.
Essa massa continental contínua foi denominada de Pangéia, do grego "toda a Terra", e era envolvida por um único Oceano, chamado de Pantalassa.

Passados milhões de anos, a Pangéia se fragmentou e deu origem a dois megacontinentes denominados de Laurásia e Godwana, essa separação ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.

Após esse processo, esses dois últimos deram origem à configuração atual dos continentes que conhecemos. Para conceber tal teoria, Wegener tomou como ponto de partida o contorno da costa americana com a da África ,que visualmente possui um encaixe quase que perfeito. No entanto, somente esse fato não fundamentou sua hipótese científica.

Outra descoberta importante para fundamentar sua teoria foi a comparação de fósseis encontrados na região brasileira e na África, ele constatou que tais animais eram incapazes de atravessar o Oceano Atlântico, assim concluiu que os animais teriam vivido nos mesmos ambientes em tempos remotos.

Mesmo após todas as informações contidas na hipótese, a teoria não foi aceita, foi ridicularizadas pela classe científica. Sua hipótese foi confirmada somente em 1960, após 30 anos da morte de Wegener , tornando-se a mais aceita.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Parafina

A parafina é uma substância derivada do petróleo descoberta por Carl Reichenbach. Entre suas características estão a pureza e o brilho, também é usada como combustível. A parafina geralmente é de cor branca, sem cheiro e sem gosto.
Seu ponto positivo principal é o fato de não ser tóxica. Essa substância possui propriedades termoplásticas e de repelência à água, sendo usada grandemente na proteção de diversas aplicações, como em embalagens, na fabricação de velas, devido à característica de ser usada como combustível é o elemento principal. Também podemos citar o uso da parafina na fabricação de cosméticos, giz de cera, adesivos, etc.

Patrimônio: Sua função social e ambiental

Atualmente há preocupação dos estudiosos com relação à responsabilidade social e ambiental do patrimônio da célula social. Não podemos esquecer que a organização é composta por pessoas, pela riqueza e que essas pessoas movimentam esse capital. Essa dinâmica constante do patrimônio vai influenciar a comunidade e o meio ambiente natural em seu aspecto positivo ou negativo.

Assim, o patrimônio tem uma função social e ambiental. Sabemos que a riqueza da célula social é influenciada pelo entorno como, também, produz influência sobre a comunidade. Isto é axiomático. Há uma interação constante entre o ambiente e o capital da célula social. Desde o século XVIII alguns estudiosos já observavam tal interação.

FUNÇÃO SOCIAL

Schmalembach, expoente da escola reditualista da Alemanha, defendia que a azienda devia ter lucratividade e uma visão social. Dietrich, da escola aziendalista na Alemanha, defendia que a azienda devia ter uma visão social e que o lucro abusivo devia ser considerado algo indesejável.

Llena (Obra identificada na bibliografia) diz que a empresa sofre a influencia da sociedade como uma das principais instituições socioeconômicas que a integram. Entre outros aspectos se vê influenciada em:
- na estrutura organizativa
- nos processos de tomada de decisões
- em suas estruturas de poder.
Porém também a empresa pode influenciar a sociedade provocando transformações na mesma através de sua própria configuração e exigências como, por exemplo:
- a capacidade da empresa de cumprir as necessidades sociais influi nos níveis de qualidade de vida da comunidade
- a estrutura e evolução da empresa também podem influir na sociedade.
E ainda diz: Tudo isso supõe que a responsabilidade social da empresa adquire uma relevância significativa, que o despertar de maiores responsabilidades pode significar transformações importantes na sociedade atual.

A empresa inserida na comunidade é comparável a uma célula de um corpo. A célula recebe influências e influencia o organismo no qual esta inserida. Se a célula for normal ela é saudável. Se ela é anormal é doente. Sabemos que um corpo é formado por células. Se todas as células do organismo forem normais o corpo também será normal e saudável.

Há uma analogia, portanto, entre o orgânico e o social, fundamentada na lógica matemática de que o total é uma variável dependente das parcelas que o formam. Assim, também, ocorre na comunidade, se toda célula social tiver saúde patrimonial também a comunidade será saudável e próspera.

O Prof. Lopes de Sá demonstrou a preocupação social da Escola Neopatrimonialista na sua magnífica obra Teoria Geral do Conhecimento Contábil (IPAT-UNA, Belo Horizonte-MG, 1992) onde diz em sua síntese filosófica: “Quando a soma da eficácia de todos os patrimônios implicar na soma da eficácia de todas as células sociais, em regime de harmônica interação, isto implicará, logicamente, na eficácia social, o que eqüivalerá à anulação das necessidades materiais da humanidade”.

O patrimônio quando aumenta sua dinâmica por influência ambiental exógena ou endógena, com eficácia e prosperidade, adquire capacidade para auxiliar a outras células de finalidade ideal, como, por exemplo, as instituições filantrópicas, pagar melhores salários ao seu pessoal, contribuir com mais taxas e impostos ao governo, ampliar seus negócios, aumentar a expansão com filiais na comunidade onde está inserida como em outras cidades, auxiliando seu pessoal na capacitação intelectual por meio de cursos e até aperfeiçoamento no exterior. Poderá, também, em decorrência, dar mais estabilidade ao pessoal interno, as famílias destes e a terceiros que em seu ambiente se beneficiam da prosperidade patrimonial.

Quando a célula social tem expansão de seu patrimônio há benefício social.
Quando a célula social diminui a força funcional de seu patrimônio há prejuízo social.

A tributação do governo, o aspecto legal, a falta de conhecimento do empresário e do pessoal tem levado, em nosso país, a célula social a diminuir seu patrimônio, como, também, até a desaparecer do mercado criando problemas sociais e diminuição de arrecadação por parte do próprio governo.

O maior número de células sociais no país é o de pequenas empresas e são essas que devem receber mais atenção do governo pela sua fragilidade patrimonial que possuem, carentes que são de incentivos para sua economicidade.

Quando existe uma direção e pessoal competente o patrimônio tende a ser eficaz, assim, também, pode ocorrer que uma direção e pessoal incompetente leve a célula social à estagnação e até a desaparecer do mercado.

São, ainda, poucos os empresários, todavia, que possuem consciência da responsabilidade social do patrimônio. A maioria quando auxilia a comunidade faz disto um marketing para atrair o cliente e vender mais. Necessário, se faz, é mudar a mentalidade através de novos pensamentos, com uma nova cabeça, alertam os estudiosos.

Deve haver uma mudança cultural do empresário, do pessoal e do cliente para que o patrimônio possa exercer sua função social e é necessária a inovação cultural daqueles que movimentam o patrimônio da célula social. O capital por si só não se transforma. Isto é axiomático.

Não há dinâmica patrimonial sem a influência ambiental exógena ou endógena a não ser em raras exceções. Esta mudança de mentalidade deve estar voltada também para o ambiente natural.

FUNÇÃO AMBIENTAL

Durante séculos e séculos o homem viveu em harmonia com a natureza
o que ele retirava do meio ambiente e o que ele devolvia não alterava o equilíbrio ambiental.

Com a revolução industrial (Século XVIII) iniciou a agressão a natureza. Consumiu-se de uma forma desenfreada os recursos naturais e a devolver a natureza os resíduos desse consumismo.

Houve um desenvolvimento acelerado a qualquer preço, do setor industrial, e não se mediram as conseqüências no meio ambiente natural. Hoje, aí está o que todos conhecemos: tanto a sobrevivência do homem como a do planeta estão, ambos, ameaçadas.

É interessante o que o Leonardo Boff escreve, sobre isto, em seu livro Saber cuidar: Ética do humano-compaixão pela terra. “Cuidado todo especial merece nosso planeta Terra. Temos unicamente ele para viver e morar. É um sistema de sistemas e superorganismo de complexo equilíbrio, urdido ao logo de milhões e milhões de anos. Por causa do assalto predador do processo industrialista dos últimos séculos esse equilíbrio está preste a romper-se em cadeia. Desde o começo da industrialização, no século XVIII, a população mundial cresceu oito vezes, consumindo mais e mais recursos naturais; somente a produção, baseada na exploração da natureza, cresceu mais de cem vezes. O agravamento deste quadro com a mundialização do acelerado processo produtivo faz aumentar a ameaça e, conseqüentemente, a necessidade de um cuidado especial com o futuro da Terra”. (Ver pg. 133).

Há séria ameaça de contaminação da água a nível mundial. Há séria ameaça de extinção de várias espécies de árvores, de animais, de aves, de peixes e inclusive do tubarão. Urgente se faz em reverter esse quadro de destruição pelo uso inadequado dos recursos naturais. Faz-se necessário rever nossos hábitos de consumo, de cuidado com o local onde vivemos, importa desenvolver um cuidado especial com a natureza.

“O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNU-MA), o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) elaboraram uma estratégia minuciosa para o futuro da vida sob o título:” “Cuidando ao planeta Terra” (Caring for the Earth 1991). Aí estabelecem nove princípios de sustentabilidade da Terra. Projetam uma estratégia global fundada no cuidado:

1. Construir uma sociedade sustentável.
2. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos.
3. Melhorar a qualidade da vida humana.
4. Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra.
5. Permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta Terra.
6. Modificar atitudes e práticas pessoais.
7. Permitir que as comunidades cuidassem de seu próprio meio-ambiente.
8. Gerar uma estrutura nacional para integrar desenvolvimento e conservação.
9. Constituir uma aliança global.”(Ver Boff, pg. 134)”.

Os estudiosos, preocupados com o meio ambiente, criaram a auditoria ambiental, a contabilidade do meio ambiente, a gestão ambiental etc. Hoje existem, também, organizações que se preocupam com os aspectos da produção e dos resíduos inerentes.

Dentre as organizações que se preocupam em elaborar relatórios ambientais encontram-se a The Canadian Institute of Chartered Accountants-CICA, World Industry Coucil on the Environment-WICE, Public Environmental Reporting Initiave-PERI, United Nation Innternacional Working Group of Experts on International Standards of Accounting and Reporting-UNISAR.

A cada dia que passa se intensificam os relatórios ambientais assim como a conscientização do desenvolvimento sustentável. O progresso deve ocorrer, mas sem agressão ao meio ambiente natural.

Também, há uma crescente conscientização da direção e do pessoal da célula social para não agressão à natureza.

A célula social tem uma função de preservar o meio ambiente natural onde a mesma está inserida, pois, o uso do capital não pode prejudicar a vida das pessoas, dos seres, da natureza no presente nem no futuro.

Sobre isto ensina o Prof. Lopes de Sá: (Obra identificada na bibliografia) “Estamos diante de um processo de degradação dos níveis de vida naturais que podem, em breve tempo, inviabilizar a existência do homem sobre a terra, se prosseguirem as agressões ambientais”.

Sabemos que a dinâmica patrimonial influencia o meio ambiente natural e este transforma o capital.

O Prof. Lopes de Sá leciona (Obra identificada na bibliografia) “O entorno ecológico transforma-se com o transformar da riqueza das células sociais e a riqueza das células sociais se transforma com o transformar do entorno ecológico”. E ainda diz: “... há uma inequívoca interação transformadora entre o ambiente natural e o patrimônio das células sociais”.

O patrimônio, tão como o ecológico, sujeita-se a transformação dentro das leis de interação que entre ambos existe. Há, hoje, uma conscientização a nível internacional, tão como em nível de comunidade da necessidade da preservação da natureza. Há necessidade urgente da preservação em virtude da sobrevivência do homem e do planeta terra. Existem empresas que dependem da natureza para ter economicidade e se perpetuar, tal como ocorre com as espécies na biologia.

Uma fábrica de papel que tem a madeira como matéria prima depende da existência da árvore. Ao utilizar a madeira ela deverá devolver a natureza àquilo que dela tirou plantando árvores, se não o fizer chegará o momento que haverá escassez de matéria prima, assim, prejudicará o andamento da dinâmica da riqueza e o meio ambiente natural.

Entre o fenômeno patrimonial e o fenômeno ambiental deve existir reciprocidade de eficácia.

A aplicação de recursos (fenômeno patrimonial) em açudes de decantação, onde a água poluída pela dinâmica patrimonial é despoluída (fenômeno ambiental) e é devolvida à natureza é um exemplo da reciprocidade aludida.

Para demonstrar as aplicações de recursos na comunidade e na preservação do meio ambiente criou-se um demonstrativo social.


BALANÇO SOCIAL

O balanço denominado “Social” tem por objeto demonstrar as situações decorrentes dos fenômenos circulatórios ambientais. Isto é, trata-se de peça contábil que evidencia o que a célula social agregou a comunidade, ou seja, o que pagou para o aprimoramento do pessoal, para a conservação do ambiente natural, ao governo, aos bancos, as instituições não lucrativas, o que remunerou os acionistas etc.

Ensina o Prof. César: (2000) “O balanço social é a agregação dessas informações, tendo como objetivo traduzir a contribuição das empresas em benefício da sociedade, informando-lhe seus resultados sociais, além de ser um instrumento gerencial de apoio a administração, tudo isso numa fase de evolução dos planos de contas”.E ainda diz: “O balanço social deve demostrar, claramente, quais as políticas praticadas e quais os seus reflexos no patrimônio, objetivando evidenciar a participação das mesmas no processo de evolução social”.

CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS

É fundamental uma conscientização de mudança cultural no ambiente da célula social em relação ao seu entorno e a comunidade precisa de uma transformação cultural para que a vida possa ser de melhor qualidade. Urgente se faz, também, o cuidado com a natureza.

E sobre isto ensina o Prof. Lopes de Sá: (Obra identificada na bibliografia) “Pouco adianta, para fins humanos, que estejamos a apenas demonstrar que se investiu tanto ou quanto na solução de problemas ecológicos ou em interesses sociais, se não conhecemos, pela reflexão, as bases lógicas de uma interação entre a célula social e os seus entornos, entre a empresa e o meio em que vive, entre a instituição e a sociedade”.

O Neopatrimonialismo contábil tem uma visão holística e se preocupa com a prosperidade, com eficácia, do patrimônio da célula social para que a comunidade tenha qualidade de vida e, assim, ocorre o bem estar das pessoas.

BIBLIOGRAFIA

BOFF, Leonardo, Saber cuidar Ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

CASEIRÃO, Manuel R., Auditoria Ambiental. Disponível em: < www.iscac.pt >. Acesso em: 2002.

HERCKERT, Werno. Ativo e passivo ambiental e os intangíveis. Três de Maio: Megas, 2000.

HERCKERT, Werno. Movimento ecológico. Revista Nossa Terra, Ano I, n. 9, Três de Maio, novembro de 1996.

HERCKERT, Werno. Poluição ambiental. Jornal Espaço Livre, ano IX edição n. 39, outubro de 1999.

KROETZ, César Eduardo Stevens. Contabilidade Social. Revista Contabilidade e Informação. Ijui-RS: Editora/Unijui, 01, abr/1998.

KROETZ, César Eduardo Stevens. Balanço Social, teoria e prática. Atlas: São Paulo, 2000.

LLENA, F. La responsabilidad social de la empresa. Disponível em: . Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Contabilidade ambiental - uma responsabilidade social. Disponível em: < www.crcmg.org.br>. Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Aspectos doutrinários da contabilidade aplicada ao meio ambiente natural. Disponível em: . Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Considerações gerais sobre a contabilidade aplicada ao meio ambiente natural. Disponível em: < www.lopesdesa.com.br >. Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Introdução à contabilidade aplicada ao meio ambiente natural. Disponível em: . Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Recursos naturais e empresa. Disponível em: . Acesso em: 2002.

SÁ, Antônio Lopes de. Bioética e contabilidade ambiental. Disponível em: www.lopesdesa.com.br >. Acesso em: março de 2001.

SUCUPIRA, João. A responsabilidade social das empresas. Disponível em: . Acesso em: agosto de 2001.

TORRES, Ciro. Responsabilidade social e transparências. Disponível em: . Acesso em: agosto de 2001.

URRUTIA, Manuel Bravo. La Contabilidad y el problema medioambiental. Disponível em: < www.estrucplan.com.ar>. Acesso em: 2000.
Por Werno Herckert
Colunista Brasil Escola
Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis
Membro da Associação Científica Internacional Neopatrimonialista
Membro da Corrente Científica Brasileira do Neopatrimonialismo

Pensilvânia


Philadelphia, a maior cidade da Pensilvânia.
O Estado da Pensilvânia está localizado na região centro-atlântica dos Estados Unidos, limitando-se com os Estados de Nova York ao norte e nordeste, Nova Jersey ao sudeste, Delaware, Maryland e Virgínia Ocidental ao sul, Ohio a leste, e com o Lago Erie ao extremo noroeste. A palavra Pensilvânia significa "Floresta de Penn”; William Penn foi o fundador da colônia britânica de Pensilvânia.

A região do Estado fora colonizada por suecos e neerlandeses, tendo passado para o controle britânico posteriormente. A Pensilvânia foi uma das treze colônias que se rebelaram na Guerra de Independência dos Estados Unidos, e, de fato, possui uma grande importância histórica para o país, uma vez que a declaração de independência e a constituição americana foram criadas em seu solo.

Um conhecido apelido do Estado é The Keystone State (O Estado da Pedra Angular), uma referência à sua localização geográfica. De fato, a Pensilvânia está situada em uma região estratégica. O Estado é o único entre as antigas treze colônias que não possui litoral. Allegheny, Monongahela, Ohio e Delaware são seus principais rios. O clima predominante na Pensilvânia é o temperado, com temperaturas médias de 21ºC no verão e -2,8ºC no inverno.

Até os anos 70, a economia do Estado era totalmente baseada na indústria siderúrgica. Embora ainda seja o maior pólo siderúrgico dos Estados Unidos, a Pensilvânia passou a diversificar sua economia depois de uma grande recessão econômica ocorrida entre os anos de 70 e 80. Atualmente, as maiores fontes de riqueza para o Estado são o comércio e a produção de alimentos industrializados, produtos químicos e eletrônicos.

Pequenos países europeus


Vaticano, o menor país do mundo
A Europa possui extensão territorial de 10,3 milhões de quilômetros quadrados, sendo dividida em 49 países. Muitos países desse continente possuem área inferior a vários estados do Brasil. Algumas dessas nações são denominadas miniestados, pois apresentam pequenas extensões territoriais e reduzidos contingentes populacional.
Mônaco, Andorra, San Marino, Malta, Liechtenstein e Vaticano são os menores e menos populosos países europeus. O Vaticano, por exemplo, é o menor país do mundo, cuja área é de apenas 0,44 km². Andorra, o maior desses miniestados, possui extensão territorial de 453 km², correspondendo a menos de um terço da cidade de São Paulo (1.523 km²). Uma característica comum entre esses países é o super povoamento, apresentando as mais altas densidades demográficas (população relativa) do planeta.
Apesar de possuírem reduzida área, esses países detêm de alto índice de desenvolvimento econômico e social. Os habitantes desses pequenos países da Europa desfrutam de excelente padrão de vida.
O turismo é bastante intenso nessas nações, em especial no Vaticano (sede da Igreja Católica Apostólica Romana), Andorra (estações de esqui), Mônaco e San Marino. Liechtenstein se destaca pela atividade industrial; Malta, por sua vez, tem a economia baseada no setor industrial e nos serviços financeiros.
Dados geográficos dos pequenos países europeus:
Andorra
Extensão territorial: 453 km².
População: 82.180 habitantes.
Densidade demográfica: 181,4 hab/km².
Liechtenstein
Extensão territorial: 160 km².
População: 35.010 habitantes.
Densidade demográfica: 218,8 hab/km².
Malta
Extensão territorial: 316 km².
População: 408.712 habitantes.
Densidade demográfica: 1.293 hab/km².
Mônaco
Extensão territorial: 2 km².
População: 32.020 habitantes.
Densidade demográfica: 16.010 hab/km².
San Marino
Extensão territorial: 61 km².
População: 31.359 habitantes.
Densidade demográfica: 514 hab/km².
Vaticano
Extensão territorial: 0,44 km².
População: 826 habitantes.
Densidade demográfica: 1.877 hab/km².
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Permafrost


Permafrost Contínua
Permafrost é um solo formado por terra, rochas e gelo que permanece congelado em toda a faixa do Ártico. Este tipo de solo ocorre em altas latitudes e em grandes altitudes também, com variação na quantidade de gelo no solo. Grande parte desse tipo de solo permanece congelada há milhares de anos, absorvendo carbono e armazenando-o como matéria orgânica.
Em todo o hemisfério norte é encontrado aproximadamente 20% de permafrost, que por causa das alterações climáticas estão derretendo e liberando todo o carbono armazenado, estimulando assim o aquecimento global. É classificado em subtipos:
Permafrost Contínua: Ocorre quando o gelo atinge quantidade significantemente superior a terra e rocha.
Permafrost Descontínua: Ocorre quando o gelo existente no solo sofre rompimentos, transformando-se em grandes blocos.
Permafrost Esporádica: Ocorre quando o gelo existente no solo se manifesta através de inúmeros rompimentos que formam pequenas placas livres umas das outras.
Permafrost Isolada: Ocorre quando há maior parte de terra e rocha numa determinada região de gelo.
Esse tipo de solo é bastante perigoso para construções e instalações, pois por causa do aumento das temperaturas que ocorrem no verão e se agravam ano após ano, o gelo está derretendo e rompendo conseqüentemente a camada de solo e rocha existente, fazendo com que haja submersão, já que o solo sem sua base tende a ceder e levar consigo tudo aquilo que está no local. Por esse motivo, a região norte não consegue se desenvolver economicamente, pois este tipo de solo afeta diretamente a energia, construções e indústrias minerais.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Pesca artesanal e comercial nos oceanos


Embarcação típica de pesca artesanal
Os oceanos são extremamente importantes para a humanidade, principalmente por causa da navegação e da pesca marítima, que são atividades desenvolvidas em todo o mundo.

Existem duas modalidades de pesca: a comercial e a artesanal.
No desenvolvimento da pesca comercial os apetrechos usados (embarcações, GPS, sonares, redes gigantes, depósitos para o armazenamento, entre outros) são sofisticados, fato que favorece o sucesso da pesca, aumentando significadamente a produtividade. A quantidade elevada de pescado proporciona a comercialização de um grande estoque de peixes. Apesar da eficiência da pesca comercial, muitas vezes a mesma provoca problemas de caráter ambiental, por abater peixes e crustáceos de todos os tamanhos, alguns muito pequenos, sem contar que as quantidades são exorbitantes. Esse fato compromete a proliferação das espécies, desencadeando um desequilíbrio no ambiente marinho.

Em contrapartida, na pesca artesanal o que se percebe é a utilização de instrumentos rudimentares e tradicionais, constituídos por embarcações de pequeno porte sem recursos tecnológicos e redes fabricadas pelos próprios pescadores. Nessa categoria de pesca, quase sempre a produtividade é modesta e serve como fonte de alimento para a família do pescador, quando há excedente, o mesmo é vendido na comunidade local. A pesca artesanal no Brasil é praticada em toda extensão do litoral do país.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Petrodólar


Os principais “atores” do termo “petrodólar”.
O termo petrodólar representa as relações comerciais estabelecidas entre um país comprador de petróleo, que paga em dólar, e outro que vende o petróleo, principal fonte energética do mundo. O termo pode ser definido também como os capitais obtidos pelos países exportadores de petróleo.

A palavra petrodólar foi criada pelo professor de Economia da Universidade Georgetown, Ibrahim Oweiss, em 1973. Para ele, era necessária a criação de um termo que caracterizasse a crise do petróleo instaurada naquele momento, fator que ocasionou o aumento dos valores do barril desse combustível fóssil, desencadeando um intenso fluxo de capitais em direção às economias dos países produtores.

Os fatos apresentados ocorriam em razão da grande influência da moeda americana, o dólar, que foi e continua sendo a referência para as transações comerciais e cambiais executadas no mundo, no entanto, isso tem mudado, uma vez que o euro tem se despontado no cenário mundial.

Hoje, os grandes produtores de petróleo que integram a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não se restringem a vender somente em dólar, mas também por outras moedas consolidadas, tirando assim o “status” da moeda americana.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Petróleo


Plataforma de exploração de petróleo
Substância oleosa e inflamável, o petróleo é a principal fonte de energia na atualidade. O fato de o mesmo ser um recurso esgotável, aliado ao seu grande valor econômico, fizeram com que o combustível se tornasse um elemento causador de grandes mudanças geopolíticas e socioeconômicas em todo o mundo.

Acredita-se que o petróleo tenha se formado há milhões de anos em razão da decomposição dos seres que compõem o plâncton, decomposição esta causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias. Assim, esses seres decompostos teriam se acumulado no fundo dos mares e lagos.

Composto principalmente por hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, o petróleo é um óleo menos denso que a água, com coloração que pode variar desde o castanho claro até o preto. Além de servir como base para a fabricação da gasolina, principal combustível para automóveis, vários outros produtos, como gás natural, GLP, nafta, querosene, lubrificantes, etc., são derivados do petróleo.

Por ser a principal fonte energia do planeta, o petróleo já foi motivo de algumas guerras, como a Primeira Guerra do Golfo, a Guerra Irã-Iraque, a luta pela independência da Chechênia e a invasão estadunidense no Iraque, em 2003. Sem dúvida, a existência de petróleo é um sinônimo de riqueza e poder para um país. O combustível se tornou ainda mais valorizado após a criação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que nasceu com o fim de controlar preços e volumes de produção e pressionar o mercado.

Atualmente, os dez maiores produtores de petróleo do mundo são: Rússia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, México e Inglaterra.

Petróleo por Alimentos

Petróleo por Alimentos (Oil for Food) foi um programa idealizado pela ONU, em 1996, o qual estabelecia a venda do petróleo iraquiano em troca de alimentos, medicamentos e coisas de caráter humanitário. O propósito da ONU era tentar ajudar o Iraque a garantir as necessidades básicas de seu povo, prejudicados pelas sanções econômicas internacionais decorrentes da primeira Guerra do Golfo, em 1990.
Inicialmente, o Iraque não aceitou o programa, porém em maio de 1996, voltou atrás e assinou um memorando para sua implementação. Assim, o dinheiro ganho através do petróleo era depositado em uma conta não acessível pelo governo iraquiano, uma parte servia para pagar indenizações decorrentes da invasão do Kuwait e outra para pagar as despesas da ONU com as forças de coalizão, o resto ficava com o governo na compra de bens humanitários.
O programa está encerrado desde 2003, devido principalmente ao escândalo de que Sadam Hussein desviava o dinheiro do petróleo, e com isso, subornava vários políticos estrangeiros ligados à ONU, para acabar com as sanções ao Iraque e a se opor aos interesses norte-americanos.

Planejamento Familiar


O planejamento familiar é essencial para as famílias.
Na década de 60, a taxa de fecundidade no Brasil era de 6,3 filhos por mulher. Na década de 70, esse número caiu para 5,8; e em 2000, para 2,3. A tendência da maioria dos países, especialmente os desenvolvidos, é de redução da taxa de natalidade. Na Europa, por exemplo, as taxas de natalidade são muito pequenas: 1,2 na Itália, 1,26 na França, 1,3 na Alemanha, etc.

Na Conferência Internacional  da ONU Sobre População e Desenvolvimento (CIPD) realizada no Cairo em 1994, foi conferido papel primordial à saúde e aos direitos sexuais dos indivíduos, deixando de lado os objetivos puramente demográficos. Isso mostra a tendência mundial em realizar o planejamento familiar para assim poder garantir direitos considerados básicos à vida digna.

Realizado pelo casal, o planejamento familiar compreende analisar, planejar e tomar as melhores decisões em relação a quantos filhos o casal terá e quando isso deverá acontecer. Os métodos contraceptivos pelos quais o casal pode executar o planejamento familiar são pílulas, preservativos, diafragma, espermicidas, etc.

O planejamento familiar é importante para a criança e para os pais. Para a criança, porque esse conjunto de ações proporciona todas as condições básicas de sobrevivência da mesma, como saúde, educação e moradia, etc. Para os pais, pois eles podem preparar-se melhor para oferecer uma vida e um futuro mais estável para sua família, além de não comprometerem suas carreiras profissionais com o nascimento de um filho. Fora esses benefícios, o planejamento familiar evita abortos e o abandono de crianças.

Planetas Gasosos


Júpiter, um planeta gasoso que ocupa o primeiro lugar em tamanho entre os planetas.
Planetas gasosos são enormes planetas constituídos por grandes volumes de materiais gasosos, com essa característica temos no sistema solar: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Júpiter encontra-se na condição de maior planeta do sistema solar, possui várias cores formadas a partir de gases, sendo 85% de hidrogênio. No universo existe uma abundância desse elemento, principal responsável pela formação das estrelas. As camadas do planeta são compostas por hélio em forma líquida e hidrogênio molecular, sua atmosfera se formou com hidrogênio e hélio gasoso.

Saturno é um dos maiores planetas do sistema solar, superado somente por Júpiter, sua principal característica é a presença de anéis cintilantes que são visíveis da Terra. O planeta em questão possui um significativo percentual de hidrogênio em sua composição, além do hélio em menor quantidade. O interior possui um núcleo repleto de gelo e rochas, em volta é possível identificar uma extensa porção de hidrogênio metálico e outra camada com gases variados.

Urano é um planeta gasoso, embora seu núcleo seja constituído por gelo e rochas. Sua atmosfera consiste na junção de hidrogênio e hélio, essa camada responde por aproximadamente 15% da massa que forma o planeta.

Netuno tem sua formação baseada na composição de elementos como rocha fundida, água, amônia líquida e metano, além da junção de gases quentes constituídos por hidrogênio, hélio, água e metano, o último é determinante na coloração azulada do planeta.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Planetas Terrestres


Mercúrio é um dos planetas terrestres.
Planetas terrestres são aqueles formados principalmente por rochas e metais, apresentam uma superfície sólida sem a incidência de anéis, como é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Mercúrio é o menor planeta do sistema solar, seu núcleo é constituído por metal denso, especialmente ferro. Em razão de sua proximidade com o Sol a temperatura pode alcançar 427ºC, o lado oposto pode atingir -173ºC. Para realização do movimento de rotação são necessários 58 dias (terrestres) e translação 87 dias, sua atmosfera é formada por hélio, sódio e oxigênio.

Vênus é o planeta mais reluzente, superado em emissão de luz somente pela Lua, na Terra é conhecido como Estrela d’Alva. A atmosfera é composta por gás carbônico que favorece a ocorrência de um grande efeito estufa promovido pela densidade da mesma que eleva a temperatura a 460ºC. Um dia é maior que um ano, pois o movimento de rotação requer 243 dias (terrestre) enquanto que o de translação requer 224 dias.

Terra é o único planeta que abriga formas de vida, suas características possibilitam a formação e proliferação de seres vivos. Existem particularidades restritas a esse planeta, como concentração de água, ocorrência de placas tectônicas, eficiente campo magnético e uma atmosfera equilibrada em relação aos elementos que compõem a mesma. A composição terrestre se divide em 34,6% (ferro), 29,5% (oxigênio), 15,2% (silício), 12,7% (magnésio), 2,4% (níquel), 1,9% (enxofre) e 0, 0,5% de (titânio). Esses elementos estão distribuídos nas principais camadas: núcleo, manto e crosta.
Esse planeta realiza vários movimentos, com destaque maior para o de rotação e de translação que respondem pela sucessão dos dias e dos anos.

Marte é um planeta terrestre que detém uma superfície composta principalmente por basalto vulcânico, elevada quantidade de óxido de ferro, além de oxigênio e silício. Sua atmosfera é constituída especialmente por gás carbônico, nitrogênio, argônio e oxigênio, a temperatura média gira em torno de – 59ºC. A duração de 1 dia é de 24 horas e 36 minutos, de um ano é 687 dias (terrestres).
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Plutão é Rebaixado a Planeta Anão

O número de planetas no Sistema Solar volta a ser oito. Pois aquele que há sete décadas ficou conhecido como o nono e o mais distante planeta em órbita do sol, hoje é apenas um “planeta anão”.

Na 26º assembléia geral da União Astronômica Internacional (UAI), realizada em Praga, na República Tcheca, foi decido que o “Planeta” Plutão a partir de agora (24 de agosto de 2006) será “Planeta Anão”.
Isso se deve ao fato de que Plutão não é o objeto dominante em sua órbita.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

Fonte: Agência Fapesp

Poeira Cósmica


Visualização da poeira cósmica.
Poeira cósmica ou interestrelar corresponde a fragmentos de carbono ou silicatos de tamanho reduzido que podem ser visualizados somente com o uso do microscópio, esses não ultrapassam um mícron (milésima parte do milímetro) de diâmetro, sua forma é irregular, devido a isso é denominado de grão interestrelar.

É possível definir poeira cósmica como um contíguo de matéria e radiação que ocupa as lacunas do espaço interestrelar.

No meio interestrelar a temperatura oscila de acordo com o estabelecimento de fontes quentes que se apresentam no local, em contrapartida existem áreas extremamente frias. Grande parte da matéria interestrelar (99%) é constituída por gases, sendo que desse total, 90% é composto por hidrogênio atômico ou molecular, incluindo aproximadamente 9% de hélio e 1% de outros componentes mais pesados em relação ao último elemento.
Por Eduardo de Freitas
Graduado  em Geografia
Equipe Brasil Escola

Política e Meio Ambiente

A crise ambiental vem suscitando mudanças na política. Não apenas as preocupações ecológicas cresceram enormemente nos debates e nos programas de políticos e de partidos, como também novas propostas surgiram. Até mais ou menos a década de 60 era o raro partido político, em qualquer parte do mundo, que tivesse alguma preocupação com a natureza. Hoje esse tema ganha um certo destaque nos programas, nas promessas eleitorais, nos discursos e algumas vezes até na ação dos diversos partidos, em muitas partes do mundo.
Multiplicaram-se os ecologistas, as organizações e os movimentos ecológicos, assim como os partidos denominados verdes que defendem uma política voltada basicamente para uma nova relação entre a sociedade e a natureza.
Como infelizmente é comum em nossa época mercantilizada, também no movimento “verde” há muito oportunismo: às vezes a defesa do meio ambiente resulta em promoção pessoal e mesmo em altos ganhos. Ë o caso das empresas que visam apenas ao lucro  com a venda de produtos ditos naturais. Podemos lembrar ainda os constantes shows musicais cuja renda se destinaria aos indígenas ou aos seringueiros da Amazônia - que em geral até hoje nunca viram um centavo desses milhões de dólares. Apesar de tudo isso, não se pode ignorar a renovação que a problemática ambiental ocasionou nas idéias políticas.
Até alguns anos atrás falava-se em progresso ou desenvolvimento e aparentemente todo mundo entendia e concordava. O que provocava maiores polêmicas eram os meios para chegar a isso: para alguns o caminho era o capitalismo, para outros o socialismo; certas pessoas diziam que um governo democrático era melhor para se alcançar o progresso, outras afirmavam que só um regime forte e autoritário poderia colocar ordem na sociedade e promover o desenvolvimento. Mas o objetivo era basicamente o mesmo: o crescimento acelerado da economia, a construção de um número cada vez maior de estradas, hospitais, edifícios, aeroportos e escolas, a fabricação de mais e mais automóveis, a extensão sem fim dos campos de cultivo.
A natureza não estava em questão. O único problema de fato era a quem esse desenvolvimento beneficiária: à maioria ou a minoria da população.
Usando uma imagem, podemos dizer que o progresso era um trem no qual toda a humanidade viajava, embora alguns estivessem na frente e outros atrás, alguns comodamente sentados e outros de pé. Para os chamados conservadores (isto é, a “direita”), isso era natural e inevitável: sempre existiriam os privilegiados e os desfavorecidos. Para os denominados progressistas ( ou seja, a “esquerda”), essa situação era intolerável e tornava necessário fazer uma reformulação para igualar a todos. Mas todas as pessoas concordavam com a idéia de que o trem deveria continuar no seu caminho, no rumo do “progresso”; havia até discussões sobre a melhor forma de fazer esse trem andar mais rapidamente.
A grande novidade da crise ambiental é que ela suscitou a seguinte pergunta: Para onde o trem está indo? E a resposta parece ser: Para um abismo, para um catástrofe. De fato, ao enaltecer o progresso durante séculos, imaginava-se que a natureza fosse infinita: poderíamos continuar usando petróleo, ferro, manganês, carvão, água, urânio, etc. à vontade, sem problemas. Sempre haveria um novo espaço a ser ocupado, um novo recurso a ser descoberto e explorado. A natureza, vista como um mero recurso para a economia, era identificada com o universo, tido como infinito.
Mas hoje sabemos que a natureza que permite a existência da vida e fornece os bens que utilizamos - a natureza para os homens, afinal - ocorre somente no planeta Terra, na superfície terrestre. E ela não é infinita; ao contrário, possui limites que, apesar de amplos, já começam a ser atingidos pela ação humana. Não há espaço, atmosfera, água, ferro, petróleo, cobre, etc. para um progresso ilimitado ou infinito. É necessário portanto repensar o modo de vida, o consumo, a produção voltada unicamente para o lucro e sem nenhuma preocupação com o futuro da biosfera. Essa é a grande mensagem que o movimento ecológico trouxe para a vida política.

Poluição de Águas Continentais


Rio Poluido com lixo sólido
As perspectivas futuras para as águas continentais são bastante negativas. Muitos são os estudos que buscam contemplar informações sobre a quantidade e qualidade da água disponível, a ONU, por exemplo, elaborou uma série de estudos para obter um parecer concreto da real situação no quadro hídrico do planeta, e através desse ficou comprovado que ao passar do tempo ocorre de forma crescente um comprometimento das águas para o consumo humano, para a manutenção de animais e para a irrigação na agricultura.

Atualmente vários fatores e seguimentos distintos contribuem para o processo de escassez, desse que é o recurso indispensável a todo ser vivo, dentre os principais estão a atividade industrial que utiliza os rios para escoar os seus rejeitos e as mineradoras, além da agricultura que faz uso de diversos insumos agrícolas (fertilizantes, inseticidas, herbicidas e etc.) com intuito de aumentar a produção para atender o mercado externo, ou seja, exportação.
Uma parte dos insumos agrícolas é levada pela enxurrada da chuva que chega a rios e córregos inserindo várias substâncias tóxicas, essas mesmas substâncias são absorvidas pelo solo atingindo o lençol freático.

Das substâncias comumente encontradas como agentes poluidores estão: restos de petróleo e derivados, chumbo, mercúrio e metais pesados, que são largamente usados em indústrias e na extração de minérios.


Outro centro de difusão de poluição são os centros urbanos, que diariamente, em todo o planeta, principalmente nos países pobres, lançam esgotos domésticos sem nenhum tipo de tratamento, o esgoto vai atingir rios e córregos, além do lençol freático, que estão nas proximidades das cidades. Isso acontece em vários lugares, no entanto, a incidência é mais comum em pequenas cidades que não possuem centros de tratamento do esgoto doméstico.

O desmatamento é um fator direto que agrava a questão da escassez da água, uma vez que ao retirar a cobertura vegetal para a ocupação urbana ou rural, o solo fica exposto à água da chuva e vento, com isso o solo vai sendo depositado nos mananciais provocando o assoreamento dos rios, esse processo promove mudanças climáticas e compromete a vida aquática.
Os garimpos, que têm suas atividades às margens de rios, provocam a dispersão de minerais pesados, como o mercúrio, poluindo as águas que são consumidas por comunidades.
Os portos realizam limpeza de cinco em cinco anos jogando uma imensa quantidade de dejetos, os aterros sanitários são grandes agentes poluidores de águas, principalmente do lençol freático, pois milhões de toneladas de lixo acumulados liberam um líquido (chorume) que é absorvido pelo solo e atinge as reservas subterrâneas de água.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Poluição Hídrica


Rio poluído
A poluição hídrica, também conhecida como poluição das águas, é caracterizada pela introdução de qualquer matéria ou energia responsável pela alteração das propriedades físico-químicas de um corpo d’água. Os principais responsáveis por esse tipo de poluição são os lançamentos de efluentes industriais, agrícolas, comerciais e esgotos domésticos, além de resíduos sólidos diversos. Isso compromete a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, afetando a saúde de espécies animais e vegetais em vários pontos do planeta.

Os prejuízos desse processo são imensos, além de comprometer a qualidade da água para abastecimento, ocorre a morte de espécies aquáticas, além da proliferação de doenças como a febre tifoide, meningite, cólera, hepatites A e B, entre outras. Outros fatores negativos da poluição hídrica são: odor, grande concentração de mosquitos e eutrofização (quando o esgoto é lançado nos meios aquosos, o excesso de nutrientes provoca o crescimento de algas, impedindo a passagem da luz e a transferência do oxigênio atmosférico para o meio aquático).

Lançamento de efluente sem tratamento
Os nitratos presentes nos fertilizantes e os dejetos humanos e animais também contaminam as águas subterrâneas, que abastecem diversas populações. Isso ocorre principalmente nas áreas de intensa atividade agrícola, industrial e nos locais que não possuem saneamento básico.

O saneamento básico não foi uma preocupação dos políticos ao longo da história, muitos países, principalmente os em desenvolvimento, apresentam baixas porcentagens de saneamento ambiental. No Brasil, por exemplo, mais da metade do esgoto não passa por tratamento antes de ser despejado em rios, lagos e mananciais.

Algumas medidas para minimizar a poluição hídrica são:
- Maiores investimentos para instalação de estações de tratamento de esgoto;
- Intensificação na fiscalização de indústrias;
- Educação ambiental para a população em geral;
- Utilização de produtos químicos na agricultura menos agressivos ao meio ambiente.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Poluição Marinha


Vazamento de um navio petroleiro
A poluição marinha ocorre porque tanto os mares quanto os oceanos recebem diariamente, em todo o mundo, uma infinidade de poluentes como esgoto doméstico, industriais, lixo sólido que são levados pelos rios que deságuam no mar.
Estimativas revelam através de cálculos que cerca de 14 bilhões de toneladas de lixo são acumuladas nos oceanos todos os anos. Outra prática que contribui para a poluição marinha são os navios petroleiros e os oleodutos, o primeiro pode causar contaminação das águas quando ocorrem vazamentos e após ter retirado o produto permanecem alguns resíduos, então é realizada uma lavagem nos tanques do navio e a água suja com petróleo é jogada no mar, o segundo acontece quando o encanamento do oleoduto se rompe produzindo vazamentos, esse tipo de poluição marinha é chamada de ‘maré negra’.

A imensa quantidade de substâncias lançadas nos oceanos produz o aparecimento de organismos que prejudicam o desenvolvimento da vida marinha e também compromete o percentual de alimentos.

Um modelo de poluição extremamente degradante ocorre no litoral japonês, mar do Norte, uma das áreas de maior concentração industrial do mundo, esse litoral é receptor de milhões de toneladas dos mais variados tipos de lixo, embora os oceanos tenham a capacidade de se regenerar, a quantidade é tão grande que fica praticamente impossível haver uma recomposição, pois muito dos detritos lançados não são biodegradáveis.
O elevado nível de concentração de substâncias compromete a produção de oxigênio e de plânctons, que são responsáveis por produzir cerca de 40% do nosso oxigênio.


É importante salientar que os oceanos não são separados, isso significa que as poluições estão “globalizadas”, assim como os impactos.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Poluição Oceânica


O esgoto é um dos principais agentes poluidores das águas marinhas.
A natureza tem capacidade de se reconstruir e refazer, no caso dos oceanos isso não é diferente, no entanto, nas últimas três décadas as águas marinhas ingressaram em um intenso processo de poluição, os níveis se elevaram de tal forma que os Oceanos e mares já não conseguem se regenerar.

As águas dos oceanos e mares são contaminadas e poluídas principalmente pelos dejetos introduzidos pelos rios que, em sua maioria, deságuam no litoral, desse modo a poluição pode ser emitida em grandes distâncias, porém seus reflexos são percebidos em áreas costeiras.

A poluição oceânica é oriunda principalmente de esgotos e produtos químicos e tóxicos, além do petróleo, que provocam sérios prejuízos à fauna e microfauna, como plânctons, e também ao homem.

Todos os dias os oceanos e mares recebem milhões de toneladas de substâncias poluentes, a origem desses são especialmente das cidades costeiras, dejetos vindos de áreas centrais carregados pela água dos rios.
É grande o número de agentes poluidores das águas marinhas como o esgoto doméstico, industrial, resíduos agrotóxicos, sem contar os lixos sólidos das mais variadas formas como pneus, garrafas de refrigerante, latas e muitos outros tipos de materiais, que aos poucos são dispersos pelo oceano.

Quando há uma grande quantidade de poluição, as praias ficam sujas e impróprias para o lazer e pesca, pois as águas ficam contaminadas por coliformes fecais, além de outras bactérias nocivas aos seres humanos e à fauna marinha. Outro fator é quanto à pesca, uma vez que são lançados poluentes no litoral, principalmente resíduos químicos (cloro, mercúrio, cromo e chumbo) que contaminam todo o ambiente, dessa forma os alimentos dos peixes, por exemplo, ficam infectados e esses transmitem para os animais que posteriormente servirão de alimentos aos seres humanos que também poderão contrair alguns males.

Recentemente, a revista científica Science propagou um panorama dos impactos provocados pela ação antrópica nos oceanos e mares do mundo, o estudo, que deu origem aos dados da divulgação, foi realizado por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), a partir da pesquisa foi constatado que 41% de toda área marinha já sofreu impactos.

Para elaboração da pesquisa foram usados 17 pontos, que tomaram como base diversos fatores e em variados ecossistemas marinhos, como recifes de corais, colônias de algas, plataformas continentais e oceanos profundos.
O mapa das regiões mais afetadas está localizado respectivamente na costa leste da América do Norte, no mar Mediterrâneo e no mar da China oriental e também do sul, as áreas que sofrem menos impactos estão ao redor dos pólos.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Poluição por derramamento de petróleo


Região contaminada por petróleo.
O petróleo é uma substância líquida encontrada na natureza e utilizada para inúmeras finalidades como para a obtenção de combustíveis, medicamentos, solventes, óleos lubrificantes e outros. Há três mil anos o petróleo já era utilizado na construção de castelos e embarcações, na preparação de múmias, na cura de doenças de pele, na iluminação e em outras práticas que, por meio destas, foi conhecido e usado como fonte para outras atividades.

Por ser matéria-prima de uma extensa variedade de produtos importantíssimos para a vida do homem atual, o petróleo é cada vez mais retirado da natureza, mas por causa da distância entre os locais de retirada e os locais de utilização do mesmo é que surgem problemas ambientais como o de derramamento de petróleo.

O derramamento de petróleo normalmente acontece por causa de embarcações despreparadas, águas turbulentas que levam as embarcações contra pedras, plataformas furadas, explosões de poços, tanques com capacidade inferior ao conteúdo existente e outros. Ao entrar em contato com o mar, o petróleo contamina as águas provocando a morte dos seres vivos existentes, como peixes e corais. Também contamina o solo fazendo com que a área localizada se torne improdutiva e tóxica.

Normalmente, o derramamento de petróleo ocorre em maior grau nas águas como conseqüência de acidentes ocorridos no transporte do mesmo. Dessa forma, as águas além de não sustentar a vida não servem ainda para consumo dos seres humanos, pois forma-se uma película sobre ela impossibilitando-a de ser utilizada e ainda quando chega à costa provoca também grandes prejuízos.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Poluição química no campo


Aplicação de agrotóxico em lavoura.
A poluição química ocorre por meio da presença de produtos químicos que são prejudiciais, os resultados provenientes dessa contaminação podem aparecer de forma imediata ou posteriormente, isso depende do tipo do poluente.

A poluição química é provocada por dois tipos de poluentes que são classificados em biodegradáveis, como detergentes, inseticidas, fertilizantes entre outros, e os persistentes, como DDT (dicloro-difenil-tricloroetano), mercúrio e outros que causam sérios problemas a partir da contaminação.

Na produção agropecuária a contaminação química é mais evidente devido à utilização de insumos agrícolas como fertilizantes, inseticidas e herbicidas. O uso de substâncias químicas na produção agropecuária se difundiu a partir dos anos 60, com objetivo de alcançar uma produção de melhor qualidade e assim obter uma boa aceitação no mercado.

A contaminação ocorre no solo e nas águas, quando os fertilizantes e os agrotóxicos são conduzidos através das águas da chuva, uma parte penetra no solo que atinge o lençol freático contaminando o aqüífero, a outra parte é levada pela enxurrada até os mananciais, como córregos, rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo. Com a contaminação, os animais silvestres e domésticos ingerem sementes e frutos das lavouras, além de consumir água contaminada no curso fluvial. Outro agravante é a contaminação humana, o homem utiliza a água que ficou sujeita à poluição provocada pela produção agrícola.

Outro problema que acontece no solo proveniente da poluição química é em relação à quebra da cadeia de microfauna (minhocas, formigas, besouro, fungos, bactérias) presente no litossolo que favorece a fertilidade do mesmo por meio da interatividade entre os organismos. O solo contaminado destrói esses seres vivos, perde a fertilidade tornando-se estéril, sendo necessária uma aplicação cada vez maior de insumos agrícolas.

Em um primeiro momento, o uso de agrotóxicos e fertilizantes ficou restrito somente aos países desenvolvidos, somente nos anos 60 atingiu as nações subdesenvolvidas que promoveu uma verdadeira revolução na produção agrícola, mas lembrando que são negativos os reflexos derivados dessa prática.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Poluição Visual

A grande quantidade de elementos destinados à comunicação visual, como cartazes publicitários, anúncios, placas, pichações, outdoors, entre outros, geram desconforto visual para a população. Esse processo é caracterizado como poluição visual. Esse tipo de poluição está presente de forma mais intensa nos grandes centros urbanos.

O modelo econômico capitalista, com os atuais padrões de produção, promove o incentivo exacerbado ao consumo. As propagandas publicitárias são uma forma de instigar a população ao consumismo. Realizando de forma explícita a alienação da população, com anúncios cada vez mais chamativos e atrativos. No entanto, essas propagandas espalhadas pela cidade atuam de forma prejudicial, escondendo a arquitetura original da cidade, gerando cansaço visual e até desencadeando acidentes no trânsito devido ao desvio de atenção dos motoristas e pedestres.



Placas e anúncios que geram a poluição visual
A redução de áreas verdes e a intensificação de anúncios, outdoors, cartazes, placas e outros elementos que causam a poluição visual, reduzem de forma significativa a qualidade de vida da população urbana. Isso ocorre devido ao desconforto gerado pela quantidade de anúncios e a falta de harmonia entre eles, havendo um amontoado de propagandas que modificam as características das cidades.

Apesar de tantos transtornos gerados pela poluição visual, poucas providências são tomadas para solucionar esse problema. Um dos motivos é que a própria população muitas vezes não percebe os prejuízos e a agressão causados por esse processo.
Diferentemente dos outros tipos de poluição, como atmosférica, das águas, do solo e sonora, que geram problemas mais perceptíveis, a poluição visual gera transtornos, principalmente psicológicos, que muitas vezes não são notados pelas pessoas.

Políticas Públicas devem ser criadas com o objetivo de solucionar o problema da poluição visual. Alguns municípios aplicam normas que proíbem a excessiva quantidade de anúncios espalhados pela cidade, determinando que lojas e outros pontos comerciais adéquem suas fachadas de forma que proporcionem um local agradável para a população que transita por esses espaços.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

População Mundial


A Terra abriga aproximadamente 6,5 bilhões de habitantes.
A realização de estudos sobre a população é de suma importância, esse pode ocorrer em níveis regionais ou globais, o primeiro se refere à busca por informações sobre os habitantes de um município, estado ou país, o segundo é mais abrangente, pois estabelece um agrupamento de informações, pois se trata de pesquisas que levam em consideração aspectos populacionais de vários países, continentes e o número total de pessoas no mundo.

Conhecer as populações quanto ao número e suas condições socioeconômicas se faz necessário para implantação de projetos e medidas que atendam a realidade de uma determinada população. O censo, ao ser realizado, tem como objetivo conhecer o número de habitantes, os índices de crescimento vegetativo, índices de natalidade, índices de mortalidade, qualidade de vida, distribuição de renda entre outros, tais informações servem para que os governos realizem os orçamentos anuais direcionados aos serviços públicos, como educação, saúde, infra-estrutura, geração de emprego e muitas outras.

No ano de 2007, algumas estimativas revelaram que a população mundial já passou dos 6,5 bilhões de pessoas, existem perspectivas de que até o ano de 2050 o número de habitantes deva atingir 9 bilhões. O número de habitantes deve ser analisado por diversos motivos, especialmente para se ter conhecimento sobre os recursos oferecidos pelo planeta (água, minérios, combustíveis, solos férteis etc), além disso, é importante destacar as questões de distribuição de renda, disponibilidade de alimentos e as limitações da natureza.

O procedimento usado para analisar todos os aspectos populacionais ocorrem por meio da estatística. População corresponde ao conjunto de habitantes que vivem em um determinado lugar, que pode ser um bairro, cidade, estado, país, continente, no qual são realizados questionários para obter informações acerca de distintos temas.

Através desse tipo de procedimento é possível saber o número de habitantes, estrutura etária, número de habitantes por casa, a divisão dos cidadãos por sexo, além de dados como número de TVs, que contribui para conhecer o grau de consumo dos habitantes e a distribuição de renda.

Para conhecer a configuração de uma população cada país possui um órgão responsável por catalogar e cruzar as informações e publicar as mesmas para o governo, pessoas e empresas interessadas. No Brasil, o órgão responsável é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que realiza anualmente o censo para conceber dados temáticos da população brasileira.

O número total de uma população em diferentes níveis, como um bairro, município, estado, país, é denominado de população absoluta, quando um país apresenta um número elevado é chamado de populoso. Em relação ao número de habitantes os países mais populosos no mundo atualmente são respectivamente: China 1,3 bilhões, Índia 1,1 bilhões, Estados Unidos 301 milhões, Indonésia 234 milhões, Brasil 190 milhões, Paquistão 196 milhões, Bangladesh 150 milhões, Rússia 141 milhões, Nigéria 135 milhões e Japão com 127 milhões de habitantes.

O elevado número de habitantes do planeta não se encontra distribuído de forma eqüitativa, uma vez que a Ásia é o continente mais populoso com aproximadamente 3,9 bilhões de pessoas enquanto que a Oceania possui somente 31 milhões de habitantes, no mundo existem vastas áreas sem ou com pouca ocupação demográfica, geralmente são lugares desérticos, áreas frias ou florestas.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Por que as estrelas piscam?


As estrelas no céu
As estrelas piscam no céu noturno por causa de turbulências ocorridas na atmosfera, de uma forma simplista a imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu.

Quando há um desequilíbrio na atmosfera (agitação), a luz da estrela recebe um desvio para vários rumos diferentes. Então a visualização da estrela recebe pequenas alterações em seu brilho e no lugar onde está situada, e com isso começa a piscar.

O fato de o telescópio Hubble ser tão eficaz é devido à sua permanência na órbita do espaço, acima da superfície do planeta, desviando-se da refração da luz esse captura imagens de melhor qualidade.

Em contrapartida as estrelas que não piscam a olho nu, na verdade não são estrelas e sim planetas. A sua imagem pode ser vista devido ao seu tamanho e proximidade da Terra.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Por que o Brasil adotou a utilização das Rodovias ao invés de ferrovias?

Entre 1870 e 1920, o Brasil viveu a “Era das ferrovias”, o crescimento médio das ferrovias era de 6.000 km por década. Até a década de 50, o transporte ferroviário era valorizado, de certa forma, pelo governo brasileiro e o sindicato dos ferroviários era muito forte.

Na época de seu mandato, Juscelino Kubitschek preferiu investir nas rodovias ao invés das ferrovias, devido ao interesse político que existia na época em trazer a indústria automobilística para o País. A partir daí, essa política continuou nas décadas de 60, 70 e 80.
Quando os militares assumiram o poder, quase que pararam com o transporte ferroviário por completo, para assim assegurar o seu domínio e deter o sindicato.
Atualmente, essa não é uma questão fácil de resolver. A indústria automobilística, de petróleo, pneus, etc., representa uma forte influência sobre o governo brasileiro, impedindo o desenvolvimento das ferrovias, pois isto poderia prejudicar seus interesses.

Portugal 2

Outros êxitos contribuíram para assegurar a independência do reino e despertar o interesse inglês por uma aliança, expressa em 1386 pelo Tratado de Windsor. Casou-se então D. João com Filipa, filha do duque de Lancaster, pretendente ao trono de Castela, por ser casado com uma filha de D. Pedro I o Cruel. A paz com Castela, porém, só se concluiria em 1411.
O fato mais significativo, no entanto, do longo reinado de D. João I, foi em 1415 à tomada de Ceuta, cidade do norte da África que servia de base aos piratas mouros que ameaçavam as primeiras incursões marítimas portuguesas. Participou dessa conquista o infante D. Henrique, um dos filhos do rei D. João I e notável incentivador da expansão marítima, então em seu albores.
Seguiram-se D. Duarte, que tentou em vão à conquista de Tânger, e D. Afonso V, durante cujo reinado se deu a ascensão da casa de Bragança, então proprietária de cerca de um terço do território português. Em 1481, assumiu o trono D. João II, cognominado o "Príncipe Perfeito", monarca enérgico e cioso de suas prerrogativas reais. Durante seu reinado, Diogo Cão descobriu a foz do rio Congo, em 1482, e quatro anos depois Bartolomeu Dias dobrou o cabo da Boa Esperança, no sul da África. Abria-se assim o caminho marítimo para as Índias, na época o objetivo máximo das navegações portuguesas.
Em 1494 foi assinado com a Espanha, e sob a arbitragem do papa espanhol Alexandre VI, o Tratado de Tordesilhas, que fixou a linha de demarcação das futuras colônias dos dois países.
Com a morte de D. João II, em 1495, sucedeu-lhe seu primo, o duque de Beja, D. Manuel I o Venturoso. Em cujo reinado, que durou até 1521, D. Manuel teve a glória de ver concretizado o sonho de alcançar a Índia por mar -- façanha realizada por Vasco da Gama, que em 1498 atingiu Calicut. Dois anos depois Pedro Álvares Cabral chegou à costa do Brasil e daí se dirigiu para a Índia, onde os portugueses estabeleceram um império comercial cuja maior figura foi Afonso de Albuquerque.
Ao buscar uma aproximação com a Espanha, devido à necessidade de defender seus interesses ultramarinos comuns, D. Manuel nutria a esperança de unir toda a península sob o cetro de Avis, para o que se casou com Isabel, filha dos reis da Espanha. Como condição para o enlace, foi-lhe exigido "purificar" Portugal dos judeus. Convertidos ao cristianismo, esses "cristão-novos" ou marranos, todavia, em 1506 foram massacrados em Lisboa, após o que se refugiaram na Holanda.
O filho de D. Manuel, D. João III -- que, para o Brasil, foi "o Colonizador" -- instalou em Portugal a Inquisição (o primeiro auto-de-fé realizou-se em 1540). Sucedeu-lhe seu neto D. Sebastião, levado pelos jesuítas ao fanatismo religioso e obcecado pela idéia de uma cruzada contra a África moura. A grande expedição que preparou foi inteiramente desbaratada em 4 de agosto de 1578, na batalha de Alcácer Quibir, em que o jovem monarca, de apenas 24 anos, desapareceu. Como nunca se acharam vestígios de seu corpo, surgiu daí o mito de seu regresso, e da tendência mística correspondente, o sebastianismo, que chegou até o século XX.
Ascendeu então ao trono seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que reinaria apenas dois anos. Com sua morte, em 1580, surgiu o problema sucessório, pois era celibatário e com ele findava a linha direta de Avis. Não faltaram pretendentes, entre os quais Filipe II, da Espanha (neto, por linha materna, de D. Manuel I). Ao morrer D. Henrique, Filipe ordenou a invasão de Portugal pelo duque de Alba. A resistência dos partidários de D. Antônio, prior do Crato (filho bastardo de um irmão de D. João III), foi dominada, e Filipe II tornou-se rei de Portugal, como Filipe I, reinando de 1580 a 1598.
União Ibérica (1580-1640). Os compromissos assumidos por Filipe II da Espanha no sentido de respeitar a autonomia portuguesa não foram respeitados por seus sucessores Filipe III (II de Portugal, que reinou de 1598 a 1621) e Filipe IV (III de Portugal, rei de 1621 a 1640).
O ressentimento português contra a dominação espanhola -- Filipe III e Filipe IV nem sequer se dignaram visitar o país -- aumentou com os prejuízos comerciais acarretados pelas guerras da Espanha e os impostos cobrados para custeá-las.
Na verdade, contudo, a administração de Portugal foi mantida separada da Espanha e poucos espanhóis foram nomeados para cargos portugueses. Duas insurreições -- uma em 1634 e outra em 1637 -- fracassaram, mas em 1640 a situação revelou-se propícia, pois a Espanha se achava em guerra com a França e às voltas com uma revolta interna, na Catalunha, que o conde-duque de Olivares pretendeu sufocar com tropas portuguesas. Assumia a chefia do movimento de libertação, que eclodiu a 1º de dezembro, o duque de Bragança. Duas semanas depois, expulsas as guarnições espanholas, foi ele coroado rei de Portugal, com o nome de D. João IV, que reinou de 1640 a 1656.
Dinastia de Bragança (1640-1910).
A ascensão da dinastia de Bragança foi confirmada pelas Cortes em janeiro de 1641. Em face da ameaça de invasão espanhola, D. João IV enviou missões a vários países em busca de auxílio. Em 26 de maio de 1644, em Montijo, os espanhóis foram derrotados e suas tentativas de invasão fracassaram. O auxílio da Inglaterra, em homens e armas, veio após o casamento, em 1662, de D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV, com o rei inglês Carlos II. Depois de novas vitórias portuguesas (Ameixial, em 1663, e Montes Claros, em 1665), foi finalmente concluída a paz e reconhecida pela Espanha à restauração da independência de Portugal, firmada com o Tratado de Lisboa, em 1668.
Há esse tempo reinava D. Afonso VI (1656-1683), monarca infeliz, que sofria das faculdades mentais e viu-se traído pela esposa, Marie de Savoie-Nemours.
Esta conseguiu a anulação do casamento e logo contraiu núpcias com o irmão do rei, D. Pedro, declarado regente. D. Afonso foi lançado à prisão, e o irmão subiu ao trono como D. Pedro II. Em seu reinado, de 1683 a 1706, Portugal começou a recuperar-se dos esforços e tensões das lutas contra a Espanha, e a sentir os efeitos da descoberta de ouro no Brasil. Assinou-se, nesse período, com a Grã-Bretanha, o Tratado de Methuen (1703), pelo qual a troca de vinho do Porto por tecidos de lã ingleses se tornou a base do comércio anglo-luso, em prejuízo da incipiente manufatura têxtil portuguesa.
No reinado de D. João V, de 1706 a 1750, Portugal alcançou notável prosperidade. O quinto, imposto cobrado sobre as pedras e metais preciosos do Brasil, proporcionava à monarquia uma fonte de riqueza independente. As Cortes, que desde 1640 já se vinham reunindo irregularmente, não mais foram convocadas: o governo passou a ser exercido por ministros nomeados pelo rei, pessoalmente pouco interessado na administração. Construíram-se academias, bibliotecas, palácios, igrejas suntuosas. Em 1716 o arcebispo de Lisboa tornou-se patriarca e o rei recebeu do papa o título de S. M. Fidelíssima. No fim do reinado, no entanto, em grande parte devido à incompetência dos ministros, o país entrou em fase de estagnação.
A recuperação dar-se-ia no reinado seguinte, de D. José I, de 1750 a 1777. D. José nomeou como primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, depois conde de Oeiras e marquês de Pombal, que logrou uma ascendência completa sobre o monarca e instaurou no reino um regime de despotismo esclarecido. Realizou amplas reformas no comércio de açúcar e diamantes, fundou a indústria da seda, em 1755 enfrentou com eficácia a crise causada pelo terremoto que devastou Lisboa e criou no Algarve a Companhia da Pescaria do Atum e da Sardinha e a Companhia do Grão-Pará e Maranhão, que monopolizou o comércio com o norte do Brasil.
Veio depois o estabelecimento da Junta de Comércio, com poderes para restringir os privilégios gozados por mercadores ingleses a partir dos tratados de 1654 e 1661, e a criação da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, assim como a reforma, em 1772, da Universidade de Coimbra. Os métodos de Pombal, no entanto, eram arbitrários e, por vezes, cruéis. Em 1759 expulsou dos domínios portugueses os padres jesuítas e perseguiu alguns membros da nobreza. A ditadura pombalina encerrou-se com a morte do rei e a ascensão ao trono de sua filha, D. Maria I, em 1777. Após a renúncia de Pombal, deu-se o retorno dos jesuítas, e o Tratado de Santo Ildefonso selou a paz com a Espanha, que em 1762 invadira Portugal.
Decorridos 15 anos de seu reinado, D. Maria I enlouqueceu. Seu filho -- o futuro D. João VI -- começou então a governar em seu nome e em 1799 tornou-se príncipe-regente. Nesse mesmo ano, em novembro, Napoleão Bonaparte tomava o poder na França. Dois anos depois, a Espanha, instigada pelos franceses, invadiu Portugal. Pela Paz de Badajoz, firmada em junho de 1801, Portugal perdeu a cidade de Olivença.
Nos anos seguintes, o país esteve sob forte pressão para romper suas relações com o Reino Unido. Em 1806 Napoleão decretou o bloqueio continental, pelo qual pretendia fechar os portos europeus aos navios ingleses. Portugal procurou manter-se neutro, mas pelo tratado secreto franco-espanhol de Fontainebleau, firmado em outubro de 1807 por Napoleão e Carlos IV da Espanha, projetara-se o desmembramento da nação portuguesa.
Seguiu-se a invasão francesa de Portugal, comandada pelo general Andoche Junot, ex-embaixador da França em Lisboa.
Na manhã de 27 de novembro de 1807 o príncipe-regente, acompanhado da família e da corte, embarcava na esquadra portuguesa que, escoltada por navios ingleses, levou-o para o Brasil. Junot declarou deposta a dinastia de Bragança, mas já em agosto de 1808 desembarcava na baía do Mondego, à frente de 13.500 soldados britânicos, Sir Arthur Wellesley (futuro duque de Wellington), que no mesmo mês alcançou as vitórias de Roliça e Vimeiro. Pela Convenção de Sintra, assinada depois, permitiu-se a Junot retirar-se de Portugal com suas tropas.
Em 1808, uma segunda invasão francesa, comandada pelo marechal Nicolas-Jean de Dieu Soult, resultou na ocupação temporária e saque da cidade do Porto. Diante da aproximação de Wellesley, mais uma vez os franceses se retiraram. Em agosto de 1810 deu-se a terceira invasão francesa. Comandava-a o marechal André Masséna, acompanhado do marechal Michel Ney e do general Junot. Novas vitórias foram alcançadas por Wellington, em Bussaco e Torres Vedras. Em março de 1811, Masséna ordenou a retirada, sob perseguição das forças anglo-lusas, e em abril os franceses cruzaram a fronteira, deixando definitivamente o território português. A paz com a França foi assinada em maio de 1814.
Portugal esteve representado no Congresso de Viena, embora sem desempenhar papel relevante. Já os tratados anglo-portugueses assinados entre 1809 e 1817 tiveram certa influência sobre o futuro da África. Os esforços ingleses para obter a colaboração de Portugal na supressão do tráfico de escravos resultaram no tratado de 22 de janeiro de 1815 e na convenção adicional de 1817, em que eram reconhecidas as reivindicações portuguesas sobre parte considerável do continente africano.
Constitucionalismo. As campanhas napoleônicas haviam causado grandes danos em Portugal. A ausência da família real e a presença de um comandante estrangeiro (o inglês William Carr Beresford) à frente do Exército português, associadas à agitação revolucionária e influências liberais, produziram um ambiente de descontentamento e inquietação.
Em dezembro de 1815 o Brasil foi elevado à categoria de reino unido ao de Portugal e Algarve e D. João VI -- que subira ao trono em março de 1816, em conseqüência do falecimento de sua mãe -- não demonstrava a menor intenção de regressar a Portugal. Em 1817, Beresford debelou uma conspiração em Lisboa e fez executar o líder maçônico general Gomes Freire de Andrade.
A agitação cresceu. E quando o próprio Beresford viajou ao Brasil a fim de advogar a volta do rei, em agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução constitucionalista, que se propagou e levou à formação, em Lisboa, da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino. Oficiais britânicos foram expulsos do Exército, e convocou-se a Assembléia Constituinte, que elaborou uma constituição democrática.
Em julho de 1821, D. João VI, depois de vencer a relutância em voltar a atravessar o Atlântico, desembarcou em Lisboa. Jurou manter a constituição, mas sua esposa, D. Carlota Joaquina, e seu segundo filho, D. Miguel, negaram-se a fazê-lo. O filho mais velho, D. Pedro, ficara, por decisão paterna, à frente do governo brasileiro. Os constitucionalistas portugueses, em desacordo com o desejo brasileiro de não retornar à antiga situação de colônia, procuraram obrigar D. Pedro a voltar. Ele preferiu permanecer, proclamou a independência do Brasil e, em setembro de 1822, tornou-se imperador com o título de D. Pedro I.
Tais acontecimentos possibilitaram a D. Miguel, irmão de D. Pedro I, apelar para as forças absolutistas na tentativa de derrubar os constitucionalistas.
A insurreição, em 30 de abril de 1824, quase teve êxito: D. João VI chegou a ser levado pelo corpo diplomático para bordo de uma nau inglesa. Com o fracasso da revolta, conhecida como a "abrilada", D. João VI foi restaurado e D. Miguel teve de exilar-se em Viena.
Em 1825 Portugal reconheceu a independência do Brasil. O rei assumiu pro forma o título de imperador e cedeu-o, mais tarde, a D. Pedro. Quando, em março de 1826, o rei morreu, criou-se um problema sucessório. O conselho da regência reconheceu D. Pedro I, imperador do Brasil, como legítimo rei de Portugal como D. Pedro IV. Este abdicou em favor da filha D. Maria da Glória, então com sete anos de idade, mas condicionou a abdicação ao casamento da menina com seu tio D. Miguel e ao juramento por este da carta constitucional que ele, D. Pedro, outorgara.
Tal solução desagradou aos absolutistas.
Preferiam uma renúncia incondicional por parte de D. Pedro. Em outubro de 1827, D. Miguel prestou juramento e foi designado regente. Em fevereiro de 1828 desembarcou em Lisboa e seus partidários começaram a perseguir os liberais. Houve uma reunião das Cortes em Lisboa (em março a Câmara dos Deputados fora dissolvida por D. Miguel) e, em julho, foram declarados nulos os atos de D. Pedro, inclusive a carta constitucional. D. Miguel foi proclamado rei de Portugal.
A ilha Terceira, nos Açores, tornou-se o centro da causa liberal. Ali, em junho de 1829, foi criada uma regência em nome de D. Maria da Glória. Em 1831, D. Pedro abdicou ao trono brasileiro e seguiu para a Europa, a fim de organizar a campanha contra o irmão.
Em julho de 1832 as forças liberais desembarcaram perto do Porto, que não tardaram a ocupar. O resto do país, porém, ficou ao lado de D. Miguel, que durante um ano sitiou os liberais no Porto. No entanto, o entusiasmo dos miguelistas arrefeceu; o duque da Terceira (Antônio José de Sousa Manuel) e o capitão inglês Charles Napier, que assumiu o comando da esquadra liberal, realizaram um bem-sucedido desembarque no Algarve, em junho de 1833.
O duque da Terceira avançou sobre Lisboa, tomada em julho, e em maio do ano seguinte D. Miguel capitulou em Évora-Monte, de onde seguiu, mais uma vez, para o exílio. D. Pedro morreu em setembro de 1834. D. Maria da Glória tornou-se rainha como D. Maria II. Tinha por principal objetivo defender a carta constitucional contra os que exigiam uma constituição democrática como à de 1822. Em setembro de 1836 os democratas assumiram o poder, passando a ser conhecidos como "setembristas".
Os líderes dos partidários da carta rebelaram-se e foram exilados, mas, em 1842, com a frente setembristas desunida, a carta foi restaurada por Antônio Bernardo da Costa Cabral. Certas reformas feitas por Costa Cabral, na indústria e na saúde pública, causaram uma revolta popular -- a Revolução de Maria da Fonte (assim chamada por ter dela participado, real ou imaginariamente, uma minhota com esse nome, mas de identificação duvidosa) -- que se alastrou rapidamente e pôs fim a seu governo.
Portugal ficou dividido entre os setembristas, que ocupavam o Porto, e o marechal-duque de Saldanha (general João Carlos de Saldanha), que então gozava da confiança da rainha, em Lisboa. Saldanha negociou a intervenção dos membros da Quádrupla Aliança (formada em 1834 pelo Reino Unido, França, Espanha e Portugal), e uma força conjunta anglo-espanhola obteve a rendição do Porto, em junho de 1847. A guerra civil terminou nesse mesmo mês, com a assinatura da Convenção de Gramido.
Saldanha governou até 1849, quando Costa Cabral voltou ao poder, para ser novamente derrubado em abril de 1851 e ceder lugar uma vez mais a Saldanha, que permaneceu no governo durante cinco anos, período que permitiu a pacificação do país.
Sucedeu a D. Maria II, em 1853, seu filho mais velho do segundo matrimônio (com Fernando de Saxe-Coburgo), D. Pedro V, um príncipe inteligente e nostálgico. Revelou-se monarca consciencioso e capaz, merecedor da estima e admiração gerais. Seu reinado, porém, viu-se entristecido pelas epidemias de cólera e febre amarela que assolaram Lisboa. Em 1861 o próprio rei foi vitimado pela febre tifóide. Foi calmo o reinado de seu irmão, D. Luís I, embora nos últimos anos se fizessem notar avanços dos republicanos.
Com a morte de D. Luís I, em 1889, e a acessão ao trono de D. Carlos I, eclodiu séria disputa com o Reino Unido. Este, pelo tratado de 1815, reconhecera as possessões portuguesas na África. Posteriormente, a Alemanha e a Bélgica entraram na corrida colonial e, na Conferência de Berlim, em 1885, adotou-se a definição de "ocupação efetiva" como base para a posse de territórios coloniais. Em Lisboa tomara impulso um movimento colonialista segundo o qual se reivindicava o território que se estendia, latitudinalmente, de Angola a Moçambique. Tal reivindicação em 1886 foi reconhecida pela França e Alemanha.
Apesar de um protesto britânico formulado em 1888 por Robert Arthur Tolbot Gascoyne-Cecil, terceiro marquês de Salisbury, o ministro do Exterior português, Henrique de Barros Gomes, enviou o major Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto ao Shiré, na Niassalândia (atual Malaui), a fim de consumar sua anexação. Serpa Pinto, no entanto, envolveu-se em luta com tribos que se achavam sob proteção britânica e em janeiro de 1890 um ultimato inglês exigiu a retirada portuguesa. Em meio a grande excitação popular, Barros Gomes teve de ceder, o que acarretou a renúncia do governo.
O incidente causou profundo ressentimento em Portugal, não só contra a antiga aliada como também contra a monarquia, que em janeiro de 1891 se viu ameaçada por uma revolução republicana no Porto. Em outubro de 1899, porém, quando o Reino Unido se achava na iminência de um conflito no Transvaal, uma declaração secreta (Tratado de Windsor), posteriormente tornada pública, confirmou os antigos tratados de aliança.
Enquanto isso, a situação financeira permanecia grave e o republicanismo continuava a fazer progressos. Em 1906 assumiu a chefia do governo o monarquista João Franco, que tentou reformar as finanças e a administração, mas foi acusado de fazer ao rei, ilegalmente, adiantamentos de dinheiro. Esse escândalo foi seguido de boatos de conspiração que culminaram, em 1º de fevereiro de 1908, com o assassinato de D. Carlos I e seu herdeiro, D. Luís Filipe, em Lisboa.
O regicídio -- não se sabe se perpetrado por fanáticos ou agentes de sociedades secretas -- foi aplaudido pelos republicanos, que já se preparavam para o assalto final à monarquia.
No breve reinado de D. Manuel II, de 1908 a 1910, os políticos monarquistas, com sua desunião, contribuíram para apressar a queda do regime. As eleições de agosto de 1910 deram maioria aos republicanos em Lisboa e no Porto. A 3 de outubro o assassínio de um líder republicano, o médico Miguel Bombarda, proporcionou o pretexto para um levante já previamente organizado. No dia seguinte, civis, soldados e marinheiros iniciaram a revolução, cuja principal figura foi Antônio Machado dos Santos. Um dia depois estava vitoriosa. D. Manuel II fugiu por mar para Gibraltar e daí para o Reino Unido. Em 1932, morreu, e seu corpo foi trasladado para Portugal.
República. O regime recém-instalado formou um governo provisório, sob a presidência do escritor Joaquim Fernandes Teófilo Braga. Este pôs em vigor uma nova lei eleitoral, que concedia o direito de voto a todos os portugueses adultos e procedeu à eleição de uma Assembléia Constituinte, que em junho de 1911 iniciou seus trabalhos. A constituição foi aprovada em 20 de agosto e quatro dias depois assumia suas funções o primeiro presidente eleito, Manuel José de Arriaga Brum da Silveira.
Embora fosse frustrada, em outubro de 1911, uma invasão monarquista tentada por Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, o maior perigo para o novo regime provinha de suas dissensões internas. No momento, achava-se relativamente integrado em seus ataques ao monarquismo e perseguição à igreja. Ainda em outubro as ordens religiosas foram expulsas e suas propriedades confiscadas; aboliu-se o ensino de religião nas escolas primárias e a igreja foi separada do estado.
As condições sob as quais católicos e monarquistas eram presos tiveram repercussão no exterior, mas só gradualmente essa legislação foi modificada.
Novas universidades foram fundadas em Lisboa e no Porto, mas o trabalho de destruição revelou-se mais fácil que o de construção e não tardou que os republicanos se dividissem em evolucionistas (moderados), liderados por Antônio José de Almeida, unionistas (centristas), chefiados por Manuel Brito Camacho, e democratas (ala esquerda), sob a liderança de Afonso Augusto da Costa. Vários republicanos importantes, contudo, não tinham partido. A agitação da vida política republicana representava escassa melhoria em relação ao regime monárquico, e em 1915 o Exército começou a mostrar descontentamento.
O general Joaquim Pereira Pimenta de Castro formou um governo militar e permitiu aos monarquistas reorganizarem-se, mas uma revolução democrática, em 14 de maio, levou-o à prisão e confinamento nos Açores. O presidente Arriaga renunciou e foi substituído por Teófilo Braga e, quatro meses depois, por Bernardino Luís Machado Guimarães. Este foi deposto em dezembro de 1917 pela revolução do major Sidônio Bernardino Cardoso da Silva Pais, que instituiu um regime "presidencialista" de direita, com ele próprio no poder. Seu governo teve fim abrupto, uma vez que Pais foi assassinado em 14 de dezembro de 1918.
Após a presidência provisória do almirante João do Canto e Castro Silva Antunes, os democratas voltaram ao poder, com a eleição de Antônio José de Almeida.
Ao irromper a primeira guerra mundial, Portugal proclamou, em 7 de agosto de 1914, sua fidelidade à aliança inglesa. No mês seguinte partiu uma primeira expedição para reforçar as colônias africanas e ocorreram choques no norte de Moçambique, na fronteira com Tanganica, hoje integrada à Tanzânia, e no sul de Angola, na fronteira com o Sudoeste Africano, hoje Namíbia. Em fevereiro de 1916, Portugal confiscou os navios alemães surtos nos portos portugueses e em março o ministro da Alemanha em Lisboa entregou ao governo português a declaração de guerra de seu país.
Em 1917 uma força expedicionária portuguesa, comandada pelo general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, foi enviada à frente ocidental.
Pelo Tratado de Versalhes, de 1919, Portugal recebeu 0,75% da indenização pagável pela Alemanha mais a área de Quionga, na África oriental, capturada por forças portuguesas. O presidente Antônio José de Almeida completou seu mandato em outubro de 1923, mas os ministérios vinham-se sucedendo rapidamente.
Os movimentos revolucionários tornaram-se mais freqüentes à medida que o Partido Democrático perdia a coesão. No Exército, notavam-se sinais de impaciência com a agitação política. Embora os democratas alcançassem nítida maioria nas eleições de 1925 e Manuel Teixeira Gomes passasse a presidência a Bernardino Luís Machado Guimarães sem incidentes, eclodiu, em fevereiro de 1926, um levante militar em Lisboa.
A revolta foi sufocada, mas no fim de maio o comandante José Mendes Cabeçadas Júnior e o general Manuel de Oliveira Gomes da Costa rebelaram-se em Braga. Bernardino Machado foi deposto e formou-se um governo provisório.
Período salazarista. Inicialmente, Cabeçadas chefiou o governo provisório, com Gomes da Costa como ministro da Guerra. Este, contudo, destituiu Cabeçadas, considerado excessivamente ligado a sua classe política. Gomes da Costa, por sua vez, foi deposto poucas semanas depois, e seu ministro do Exterior, general Antônio Oscar de Fragoso Carmona, assumiu a chefia do governo, em julho de 1926. Em março de 1928, Carmona foi eleito presidente da república, cargo que ocupou até a morte, em abril de 1951.
Após uma tentativa revolucionária, em fevereiro de 1927, que resultou em considerável derramamento de sangue, o governo de Carmona não sofreu mais qualquer oposição séria. O regime militar tinha por programa simplesmente a restauração da ordem. Para remediar a precária situação financeira do país, propôs-se obter um empréstimo da Liga das Nações, mas as condições oferecidas incluíam a supervisão das finanças, o que foi encarado como atentatório à soberania nacional. Conseqüentemente, o empréstimo foi rejeitado, e Carmona convidou Antônio de Oliveira Salazar para ocupar o cargo de ministro das Finanças, em 1928.
Salazar, professor de economia da Universidade de Coimbra, assumiu o controle total de toda a receita e despesa, ao mesmo tempo em que empreendia uma revisão completa da administração do país; como ministro das Finanças, de 1928 a 1940, conseguiu uma série ininterrupta de saldos orçamentários que restauraram o crédito financeiro nacional; como primeiro-ministro, a partir de 1932, iniciou o processo pelo qual, no ano seguinte, passou a fazer cumprir a nova constituição; como ministro das Colônias, em 1930, preparou o Ato Colonial para a administração do império colonial português; e, como ministro do Exterior, de 1936 a 1947, guiou Portugal na solução das dificuldades causadas pela guerra civil espanhola e, na segunda guerra mundial, manteve a neutralidade compatível com a aliança anglo-portuguesa.
Em maio de 1940 foi assinada uma concordata com o Vaticano, que esclarecia a posição da Igreja Católica em Portugal. Restituiu-se à igreja a posse da maioria das propriedades que tinha antes de 1910, restabeleceu-se o ensino religioso nas escolas oficiais, autorizou-se o funcionamento de colégios religiosos particulares e os casamentos religiosos passaram a ser reconhecidos. Quando Carmona morreu, Salazar, de acordo com a constituição, assumiu as funções presidenciais, que exerceu até a posse do general Francisco Higino Craveiro Lopes, em agosto de 1951.
O regime instituído por Salazar, corporativista e autoritário, passou a ser conhecido pela denominação de Estado Novo. A partir das eleições de 1934, todos os lugares da Assembléia Nacional cabiam a partidários do governo, embora em três ocasiões houvesse uns poucos candidatos oposicionistas.
Em 1954 as tentativas da Índia de absorver Goa foram repelidas e em julho de 1955 o governo indiano rompeu relações com Portugal. A Organização das Nações Unidas (ONU), a que Portugal só se filiara em 1955, não definiu de modo categórico a situação dos encraves e a 18 de dezembro de 1961 tropas da Índia invadiram Goa, Damão e Diu. No dia seguinte os portugueses capitularam. Séria ameaça aos restantes territórios ultramarinos configurou-se com a rebelião que irrompeu nos anos seguintes em Angola, Moçambique e Guiné Portuguesa (hoje Guiné-Bissau), obrigando a metrópole a manter grandes contingentes armados naquelas áreas.
 No fim da década de 1960, havia aproximadamente 120.000 soldados portugueses aquartelados naquelas três "províncias ultramarinas", na tentativa de conter a expansão dos movimentos nativistas, de orientação ideológica diversa. Na Guiné Portuguesa, o problema militar tornou-se particularmente crítico. Em face de pressões da ONU, Lisboa procurou promover o desenvolvimento econômico dos territórios africanos, com obras como a construção da gigantesca represa de Cabora Bassa, em Moçambique. Nem isso, porém, nem tampouco o apoio da África do Sul à política colonialista portuguesa, ditado pela importância estratégica de Angola e Moçambique, puderam conter a insurreição.
Em janeiro de 1961 um grupo de insurretos anti-salazaristas, chefiados por Henrique Carlos da Mata Galvão, apoderou-se do transatlântico português Santa Maria, quando navegava no Caribe. Constou que o ataque fora planejado para coincidir com levantes em Angola e outras colônias portuguesas, mas nenhuma rebelião se concretizou e os insurretos obtiveram asilo político no Brasil. Em janeiro de 1962, uma revolta militar de pequenas proporções, a primeira contra Salazar, foi esmagada em Beja. Em 1958, Craveiro Lopes foi substituído na presidência da república pelo almirante Américo de Deus Rodrigues Tomás.

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