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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Egito Antigo - Antigo Império


A unificação do rei Menés e as Pirâmides de Gizé: dois fatos que marcam o Antigo Império.


A história política do Antigo Egito conta com diferentes períodos que estão intimamente ligados à sua história imperial. Contudo, antes que possamos perceber a instalação de um governo de caráter centralizado nesta região, devemos observar que os egípcios organizaram seu cenário político de uma outra maneira. Ainda durante o final do Neolítico, as populações egípcias estiveram organizadas em diversas comunidades agrícolas.

Cada uma dessas comunidades era conhecida como um nomo, uma espécie de aldeia chefiada por um nomarca. Com o crescimento populacional e a construção de grandes obras hidráulicas, a região do Vale do Rio Nilo passou a ser dividia em dois diferentes reinos: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. A composição desses dois reinos sofreu um processo de unificação política chefiada por Menés (ou Narmer), na época, rei do Alto Egito.

Deixando esses dois reinos sob o seu domínio, Menés se transformou no primeiro faraó do Egito Antigo, colocando todos os nomarcas sob o seu domínio. Além disso, o processo de unificação transformou a cidade de Tinis na primeira capital do império. Anos mais tarde, Mênfis ocupou essa posição. Em grande parte desse período, o governo egípcio tinha caráter pacifista ao não entrar em atrito com outras civilizações próximas.

Nesse quadro de grande estabilidade política, ocorreu a execução de diversas obras de irrigação e a construção de pirâmides. Entre os anos de 2600 a.C. e 2700 a.C. ocorreu a construção das conhecidas pirâmides de Gizé, atribuídas à ação dos faraós Quéfren, Quéops e Miquerinos. Para que fosse viável a realização de projetos tão grandiosos, o Estado faraônico instituía um sistema de servidão coletiva que submetia toda população egípcia ao trabalho nos campos e nas cidades.

Por volta de 2300 a.C. o próspero quadro que vigorou durante boa parte do Antigo Império ruiu com uma série de problemas climáticos e convulsões sociais. A fome, as epidemias e uma série de tensões político-sociais. Entre essas disputas, destacamos a ação dos nobres e nomarcas que se associaram contra o poder do Faraó. Dessa forma, o poder voltou a se esfacelar, o que facilitou a invasão de povos asiáticos na região do Delta do Nilo. Assim, o Antigo Império se findou.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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