Os servos contavam com técnicas de plantio que limitavam a produtividade das colheitas.
Nos feudos, o desenvolvimento de técnicas agrícolas de baixa produtividade impedia a obtenção de excedentes possivelmente utilizados na realização de atividades comerciais. Ao mesmo tempo, os instrumentos de arado e a qualidade das sementes impediam colheitas expressivas. As terras férteis eram dividias entre os mansos senhoriais, pertencentes ao senhor feudal; os mansos servis, destinados à produção agrícola das populações camponesas; e o manso comum que era utilizado por todos habitantes do feudo.
A disponibilidade de terras férteis era preocupação constante entre os camponeses. Dessa forma, para prolongarem o tempo útil de uma área agrícola, realizava-se um sistema de rotação de culturas. Nesse sistema, um campo tinha dois terços de sua área ocupado por duas diferentes culturas agrícolas. A outra parcela era deixada em descanso, recuperando-se do desgaste das colheitas anteriores. A cada ano, as parcelas trabalhadas e preservadas revezavam-se entre si, aumentando o tempo útil de um determinado campo.
De fato, o comércio perdeu bastante espaço nesse contexto. No entanto, as poucas trocas comerciais que aconteciam se davam através das trocas naturais. Gêneros agrícolas eram raramente utilizados para a obtenção de ferramentas ou outros tipos de alimento em falta em determinado feudo. Somente com o incremento das atividades agrícolas e o crescimento demográfico que o quadro da economia feudal sofreu as primeiras transformações responsáveis pelo surgimento de uma classe de comerciantes burgueses.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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