Cerâmica representando membros da civilização mochica.
ECONOMIA
Espalhados entre os vales da região andina, esse povo ocupou as áreas de Moche, Virú, Pacasmayo e Chicama, estabelecendo uma intensa atividade agrícola sustentada graças ao regular ciclo de cheias que fertilizavam o solo à beira dos rios da região. Além de fixarem-se na região com a intensa atividade agrícola, os mochicas também se destacaram pela tecnologia empregada nesse tipo de tarefa.
Suas obras de engenharia se destacavam, principalmente, pela construção de canais, reservatórios e aquedutos que entendiam significativamente o potencial produtivo das terras habitadas pelos mochicas. Na região do vale do Chacama foram encontrados vestígios de um canal de irrigação com mais de 120 quilômetros de extensão. Em Ascope outras pesquisas arqueológicas descobriram um aqueduto com 15 metros de altura e 1,4 quilômetros de comprimento.
A impressionante disponibilidade de recursos hídricos resultava em colheitas abundantes e com grande variabilidade de gêneros agrícolas. Os mochicas tinham entre seus principais alimentos, o feijão, a abóbora, o milho e o amendoim. Para completar sua dieta ainda praticavam a pesca e a caça. Para garantir e comemorar o sucesso nas colheitas, esse povo prestava adoração ao deus Ai-Paec, que garantia o período de chuvas necessário para a preparação das terras cultiváveis.
SOCIEDADE
A organização social dos mochicas era patriarcal. As mulheres tinham um papel limitado ao espaço da casa. A maioria da população era composta por camponeses que sustentavam todo o restante da população. Uma heterogênea classe social intermediária contava com a presença de nobres, militares e trabalhadores especializados. O topo da pirâmide social mochica era ocupado por um pequeno grupo de líderes políticos e sacerdotes.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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