A Revolução de 1949 implantou um sistema comunista autônomo na nação chinesa.
Ao longo de sua história, a China foi um importante referencial tecnológico e cultural para várias populações asiáticas. Durante a Idade Moderna, os chineses contavam com um comércio articulado por uma imensa frota que cruzava o mundo com suas mercadorias. Essa época perdeu seu vigor na medida em que os interesses das nações estrangeiras tomaram espaço. No século XIX, a China se transformou em um território entrecortado por regiões dominadas pelas grandes nações imperialistas.
No século XX, vemos que setores significativos da população chinesa começaram a defender a consolidação de um movimento de natureza nacionalista. Em 1900, o médico Sun Yat-sen capitaneou a fundação do Kuomintang, também conhecido como Partido Nacionalista. Nessa mesma época, a Revolta dos Boxers (1898 - 1901) também teve grande contribuição para a articulação de um movimento defensor da autonomia chinesa e a expulsão dos estrangeiros.
A agitação provocada por tais movimentos acabou produzindo a Proclamação da República, em 1911. Mesmo com essa conquista e o enfraquecimento dos imperialistas após a Primeira Guerra Mundial, a China continuava não resistindo ao interesse dos estrangeiros, principalmente dos japoneses e britânicos. Com isso, os membros do Kuomintang tiveram de enfrentar a insatisfação dos chefes militares e do Partido Comunista Chinês, então criado sob a influência da Revolução Russa.
Em 1925, o governo chinês foi assumido por Chiang Kai-shek, que deu início a um vigoroso movimento contra as lideranças comunistas. Nesse momento, os comunistas foram obrigados a recuar politicamente e estabelecer um projeto revolucionário que pudesse transformar a China. Em 1934, sob a liderança de Mao Tsé-tung, os camponeses foram mobilizados para realizarem a “Longa Marcha”, que pretendia impor a distribuição de terras e a luta contra as forças imperialistas.
Após a Segunda Guerra Mundial e a derrota dos japoneses, o regime de Chiang Kai-shek tentou mais uma vez realizar a perseguição aos comunistas. Contudo, sendo considerado um “cúmplice do estrangeiro”, o governo oficial foi gradativamente derrotado pelos exércitos do Partido Comunista Chinês. Invadindo a cidade de Pequim em janeiro de 1949, o exército revolucionário impôs a criação da República Popular da China.
Sob a liderança de Mao Tsé-tung, os chineses reorganizaram o país sob a orientação expressa do ideário comunista. O novo governo traçou um plano econômico quinquenal que pretendia impulsionar a agricultura e a indústria. Paralelamente, as tropas comunistas impuseram uma terrível perseguição contra todos aqueles que não aderiram às políticas revolucionárias. No plano político internacional, os chineses optaram pela formação de um Estado socialista independente da orientação soviética.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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