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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Teatro grego


As máscaras serviam para expressar as sensações da personagem no teatro grego.

O teatro, enquanto exercício do espírito humano, não pode ser definido rigidamente por meio do estudo de um período ou civilização específica. A ideia de se representar o vivido ou alguma situação ficcional está intrinsecamente ligada ao momento em que o homem se viu tentado a transmitir uma determinada experiência ou sensação. Contudo, entre os povos de toda a Antiguidade, não podemos deixar de salientar a especial contribuição dos povos gregos ao desenvolvimento desta instigante arte.

Segundo alguns estudiosos, a gênese do teatro grego tem relação com a realização das Dionistíacas, uma série de celebrações religiosas feitas em homenagem a Dionísio, deus do vinho. Com o tempo, as danças, gestos, músicas e poesias preparadas com o intuito de se falar sobre a mitologia dos deuses acabaria por transformar a encenação em uma prática cultural à parte. Dessa forma, o teatro nasceria através do culto aos deuses e passaria a falar de outras situações experimentadas no mundo cotidiano.

Entre os atenienses, o teatro ganhou uma caracterização especial ao reforçar a existência de suas instituições e justificar as ações que marcaram o desenvolvimento do imperialismo ateniense. Logo após a apresentação de uma peça teatral, os atenienses costumavam exibir as riquezas obtidas através da cobrança de tributos imposta aos seus aliados. Dessa forma, o teatro se transformava em um importante palco onde o triunfo ateniense era aplaudido por seus políticos, anciãos, soldados e eleitores.

Os gregos costumavam organizar festivais onde diferentes peças teatrais eram encenadas. Cada autor tinha o direito de inscrever até três peças que, costumeiramente, eram encenadas com a utilização de máscaras. A atuação só era feita pelos homens, que também realizavam a interpretação dos papéis femininos. Em certa altura, o teatro grego passou a se subdividir em duas modalidades: a tragédia, que valorizava os infortúnios dos homens e dos deuses; e a comédia, que tratava o cotidiano de forma jocosa.

Ésquilo (525 – 456 a.C.) foi um autor reconhecido pelo elogio às conquistas de Atenas e a homenagem aos deuses justiceiros. Em Os persas ele discorre sobre os principais acontecimentos ligados às guerras Greco-pérsicas e realiza uma crítica à prepotência do rei Xerxes. As peças de Ésquilo foram inovadoras ao promover a utilização de diálogos, máscaras e coros que conferiam maior dramaticidade às suas histórias. Este escritor também foi responsável pela criação de Oréstia e Os Sete contra Tebas.

Sófocles (496 – 406 a.C.), autor das obras Édipo Rei, Antígona e Electra, privilegiou a luta dos heróis contra o destino e a influência que os deuses possuíam na vida dos homens. Em Édipo Rei temos a história de um protagonista que mata seu pai e se casa com a própria mãe sem ter ciência do que ocorria. Com as peças de Sófocles, as encenações passaram a contar com a presença de um terceiro interlocutor no palco. Dessa forma, o número de personagens em uma história aumentava.

O escritor Eurípedes (445 – 386 a.C.) tinha forte espírito crítico e tratava com pessimismo as situações envolvendo a vida cotidiana e os costumes de seu povo. As personagens que surgem nas obras As Troianas, Medeia, Andrômaca e Hipólito geralmente discutem as paixões e a miséria do homem. Por acreditar que as mulheres eram mais sujeitas a esse tipo de situação, temos no legado teatral desse autor uma forte presença da figura feminina.

Por meio do teatro de comédia e pelo desenvolvimento dos textos críticos e satíricos, a cultura grega ficou conhecida. Aristófanes (445 – 386 a.C.) foi um dos mais proeminentes autores desse gênero teatral e se destacou pelo trabalho realizado em peças como As nuvens, A paz e As vespas. Dotado com forte senso crítico, esse autor do teatro grego era suficientemente ousado para dirigir seu humor contra importantes figuras políticas e divindades do mundo grego.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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