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terça-feira, 9 de março de 2010

Timothy McVeigh


Timothy McVeigh, o terrorista que chocou e escandalizou a opinião pública dos Estados Unidos.
No dia 19 de abril de 1995, um atentado terrorista atingiu boa parte de um prédio da cidade de Okahoma, nos Estados Unidos. A princípio, a notícia parecia remontar a ação de mais um grupo islâmico radical determinado a abalar as estruturas do império norte-americano. Entretanto, as autoridades da época não conseguiam chegar ao perfil de nenhum suspeito que encaixasse com essa primeira hipótese. Afinal, quem mais poderia planejar esse tipo de ação criminosa?

Escapando a qualquer tipo de expectativa, o autor desse ato terrorista era um jovem branco nova-iorquino condecorado por suas ações durante a Guerra do Golfo. Ferindo o orgulho nacionalista da grande maioria da população de seu país, Timothy James Mc Veigh foi acusado por aquela estrondosa explosão responsável por 168 mortos e 850 feridos. A partir de então, todos queriam saber quem era aquele indivíduo e quais motivações o levaram a cometer tamanha crueldade.

Nascido em 23 de abril de 1968, Timothy era o filho do meio do casal Bill e Mickey McVeigh. Sua infância teve uma seqüência comum e nenhum acontecimento indicava algum tipo de desvio ou anormalidade na personalidade do jovem Mc Veigh. Entre a infância e a adolescência conviveu bastante com seu avô paterno, que o introduziu ao mundo da caça e do contato íntimo com as armas. Logo aos treze anos de idade, Timothy foi presenteado com sua primeira arma.

No período em que cursou o Ensino Médio, McVeigh demonstrou simpatia às teorias políticas de extrema direita e aos ensinamentos de William Luther Pierce, um dos principais líderes do movimento neonazista norte-americano. Depois de concluir seus estudos, buscando unir seu radicalismo político e a paixão pelas armas, Timothy deu os primeiros passos de uma ambiciosa carreira militar. Segundo ele, sua pretensão inicial era fazer parte do popular esquadrão de elite dos Boinas-Verdes.

Contudo, seus planos iniciais foram interrompidos com a eclosão da Guerra do Golfo Pérsico, em 1991. Enviado para os campos de batalha no Oriente Médio, McVeigh se destacou como um dos mais brilhantes soldados que atuaram na famosa Operação Tempestade do Deserto. Voltando para os EUA, o jovem militar possuía as mais importantes condecorações por mérito, heroísmo e bravura. Tudo o levava a crer que seu futuro no Exército seria promissor.

Infelizmente, suas aspirações militares foram completamente frustradas quando o prestigiado militar não conseguiu passar nos testes para Boina-Verde. A partir de então, Timothy passou a freqüentar feiras de armas e a compartilhar sua frustração com relação ao governo com ex-colegas do Exército, como Terry Nichols e Michael Fortier. A desilusão política de McVeigh ganhou força maior quando, em 1993, assistiu o cerco das autoridades policiais aos integrantes do Ramo Davidiano do Sétimo Dia.

Inconformado com as restrições do governo à população civil, Timothy McVeigh resolveu montar uma bomba que explodiria o Edifício Alfred P. Murrah. Um dia antes do atentado, alugou uma caminhonete Ryder amarela e passou a noite em um motel. Com a ajuda de Terry Nichols, o terrorista instalou a bomba e preparou sua fuga em um carro Mercury 1977. Apesar dos preparativos, o terrorista foi acidentalmente preso por autoridades policias por pegá-lo dirigindo sem a placa do veículo.

Em pouco tempo, bastou o FBI realizar um simples cruzamento de dados para que o motorista irresponsável fosse identificado como autor daquele terrível atentado. Mediante a forte pressão exercida pela opinião pública, o governo federal se responsabilizou pelo processo e a condenação à pena de morte de um réu que não parecia nenhum pouco arrependido pelos seus atos. No dia 11 de junho de 2001, Timothy McVeigh cumpriu sua sentença com uma mistura de injeções letais.
Por Raineer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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